Revista

BRASIL-EUROPA

Correspondência Euro-Brasileira©

 

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Catedral de Trondheim. Noruega. Foto A.A.Bispo 2012 ©

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Fotos A.A.Bispo, Trondheim (2012) ©Arquivo A.B.E.




 

Revista Brasil-Europa - Correspondência Euro-Brasileira 139/13 (2012:5)
Prof. Dr. A.A.Bispo, Dr. H. Hülskath (editores) e Conselho Científico
da
Organização de estudos de processos culturais e estudos culturais nas relações internacionais (reg. 1968)
- Academia Brasil-Europa de Ciência da Cultura e da Ciência -

e institutos integrados

© 1989 by ISMPS e.V. © Internet-edição 1998 e anos seguintes © 2012 by ISMPS e.V. Todos os direitos reservados
ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501

Doc. N°2931




Reconstruindo o que nunca houve
A maior catedral (neo-)gótica do Norte europeu
sob a perspectiva da Unidade na Diversidade
de elementos não mais compreendidos do sistema logocêntrico


125 da morte de Heinrich Ernst Schirmer (1814-1887)

 
Catedral de Trondheim. Noruega. Foto A.A.Bispo 2012 ©

Aquele que visite Trondheim sobretudo à procura de sua famosa catedral, conhecida em toda a Europa e mesmo fora dela como a maior igreja gótica do Norte, impressiona-se ao deparar-se com monumento de tal grandiosidade e magestade. Trata-se de uma obra de arquitetura, cantaria e plástica que surpreende pela unidade em forma e em estilo, assim como pela profusão de suas esculturas que, sobretudo na sua fachada, superam em número a de outras famosas catedrais, mesmo a de Reims.
Catedral de Trondheim. Noruega. Foto A.A.Bispo 2012 ©

Trondheim. Noruega. Foto A.A.Bispo 2012 ©
Vista à distância, da colina da fortaleza, o observador surpreende-se com o contraste desse monumento arquitetônico de pedra com as outras edificações norueguesas do passado, em geral modestas e construídas em madeira, das quais um exemplo de valor histórico-arquitetônico é, entre as construções religiosas, a Bakke Kirke (1715).

A impressão que ganha do externo do monumento intensifica-se no seu interior. Este, pelas suas qualidades espaciais e atmosféricas, criadas pela luz que penetra pelo grande vitral em rosácea, pode ser comparado àquele das maiores catedrais européias.

Aquele que entra na catedral surpreende-se por encontrar, no longínquo Norte, em região marcada pela Reformação, tal obra magna de uma arquitetura que historicamente possui tão fortes vínculos com a simbólica mariana.

Questões que se levantam da leitura da arquitetura

Se não estiver previamente preparado, o observador, apesar da sua admiração por esse monumento catedralício, passa aos poucos a sentir um certo mal-estar causado por dúvidas na sua capacidade de apreciação e leitura. Pergunta-se como seria possível explicar tal unidade, tal perfeição de formas e de execução construtiva. Tem a impressão, também, de já ter visto a catedral em outro lugar, lembrando-se de construções britânicas, sem poder, porém, determinar com certeza o local.

Catedral de Trondheim. Noruega. Foto A.A.Bispo 2012 ©
A essas constatações soma-se a preocupação derivado do fato de não conseguir encontrar uma coerência lógica interna na programação escultural da sua magnífica fachada, sentindo dificuldades para reconhecer a ordenação das figuras segundo critérios teológicos conhecidos da linguagem plástica do passado.

Por mais que se esforce em analisar a ordenação das figuras, não consegue perceber relações de sentido entre representações de Adão e Eva, bispos, santos, anjos e figuras do Velho e do Novo Testamento, colocadas que são lado a lado.

Inicialmente, o observador procura em si próprio a causa dessa dificuldade de leitura, aos poucos, porém, passa a questionar a
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lógica da própria obra, uma falta de compreensão da antiga hermenêutica por parte daquele que as configurou. Supondo aqui um trabalho posterior de ordenação de figuras, inclusive por perceber diferenças estilísticas nas figuras representadas, algumas delas estranhamente modernas, é premido a procurar maiores informações a respeito da história da catedral e de sua construção.
Constata, então, que as suas dúvidas, o seu mal-estar não eram
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infundados, e que, apesar de suas remotas origens históricas, encontra-se perante um monumento do século XIX, terminado no XX. Não se trata, assim, de um monumento gótico, mas sim de uma extraordinária expressão do neo-gótico.

Compreende, assim, a sensação inquietante que teve e que o faz lembrar daquela que envolve o observador em catedrais neo-góticas de outros países do mundo, em especial também do mundo extra-europeu, como por exemplo a catedral de São Paulo.

Também a catedral de Trondheim apresenta-se como obra por demais acabada, por demais perfeita, por demais marcada por unidade estilística, sem ter, porém, as qualidades que indicam antigas compreensões de sentido vigentes na Idade Média e que se refletem na programática visual.

O Neo-gótico em Trondheim e o neo-gótico em regiões extra-européias

Há, naturalmente, uma considerável diferença entre o maior monumento gótico do Norte da Europa e catedrais neo-góticas no mundo extra-europeu, como a de São Paulo. As regiões alcanças pelos europeus à época dos Descobrimentos vinculam-se à Idade Média apenas na sua época mais tardia e de transição à Renascença.

A construção de uma catedral gótica em regiões extra-européias não pode ser justificada, como na Europa, com o argumento de revalorização do próprio passado histórico no sentido mais imediato do termo, uma vez que as nações assim resultantes ainda não existiam na Idade Média.

A justificativa apenas pode basear-se no sentido mais abstrato e mais amplo de restauração, ou seja, o de reconstrução não de um estilo, mas sim de uma cultura cristã que teria tido a sua expressão máxima na Idade Média européia. Esse anelo restaurador é próprio de épocas de glorificação do passado, de historização romântica em atitude negativa perante desenvolvimentos posteriores ou situações atuais. Tem-se, assim, um conflito entre concepções de restaurações e reconstruções, de história e mesmo de identidades e de nação. (Veja e.o.http://www.revista.brasil-europa.eu/128/Cor-no-Gotico.html)

A demolição de uma igreja de passado colonial para a construção de uma monumental catedral neogótica, como em São Paulo, significa, na perspectiva atual, destruição de patrimônio arquitetônico secular, estreitamente vinculado à própria história da colonização e, portanto, do país.

A catedral de São Paulo representou não um transplante arquitetônico, mas sim uma reconstrução de um passado que, se concretamente o país nunca teve: foi um passado da sua cultura no seu desenvolvimento no Ocidente, o que apenas pode ser realizado a partir de imagens idealizadas a partir de exemplos da época na Europa.

Se nos países europeus o problema conflitante de concepções históricas e culturais não se coloca com essa evidência, uma vez que possuiram Idade Média na própria história a que podem remontar de forma mais imediata, a sensibilidade aguçada pela situação plena de paradoxos do neo-gótico extra-europeu chama a atenção a questões culturais relacionadas com as obras restaurativas do século XIX e que nem sempre são percebidas nas suas dimensões.

O caso de Trondheim, em especial, traz à consciência relações entre o neo-gótico como expressão de impulsos restauradores e reconstrutores românticos com concepções de nação. Manifesta um intento de valorização de um passado que remonta às origens de uma nação de identidade cristã em época de reconscientização de nacionalidade no século XIX.

Catedral de Trondheim. Noruega. Foto A.A.Bispo 2012 ©

Cristianização, referenciações históricas e nação

A história medieval da catedral de Trondheim documenta de forma exemplar as relações entre as peregrinações e os centros religiosos com o desenvolvimento da consciência histórica e nacional. As suas origens remontam à sepultura do rei Olav Haraldsson (995-1030), visto como herói da cristianização do Norte.

Ainda que seus objetivos tenham sido antes político-pragmáticos de poder e seus métodos pouco compatíveis com preceitos cristãos como em geral hoje compreendidos, foi santificado já um ano após ter caído na batalha de Stiklestad, em 1030. Tornando-se, assim, o primeiro santo do país, a sua sepultura tornou-se local procurado por peregrinos. Assim, como em muitos outros casos em processos cristianizadores, construiu-se logo uma modesta capela sôbre o seu túmulo.

Os reis seguintes, procurando maior legitimação à autoridade e fundamentar os elos do povo com o Estado, apoiaram o culto. Já entre 1070 e 1090, sob Olav III. Kyrre (ca. 1050-1093), a capela foi substituída por uma igreja mais solidamente construída. A partir de 1152,  essa igreja passou por sucessivas reformas e ampliações.

Devido a muitos incêndios que a assolaram em diversas ocasiões nos séculos XIV, XV e XVI, a igreja foi repetidamente destruída e reconstruída. A situação econômica precária do século XVI, porém, impediu que fosse totalmente reconstruída após o incêndio de 1531, apenas relevantando-se a apsis. No início do século XVIII, por fim, um incêndio maior destruiu-a até os fundamentos, sendo os trabalhos de reconstrução também destruídos por raio e incêndio antes de serem terminados.

Reconstrução da catedral no século XIX: projeto de dimensões européias

Constatando-se que uma das colunas da catedral estava pronta a ruir-se, o Departamento de Assuntos Eclesiásticos do Govêrno procurou caminhos para dar uma solução definitiva ao edifício. Um papel de particular importância coube ao jovem Heinrich Ernst Schirmer (1814-1887), que foi encarregado de realizar estudos destinados à restauração da catedral no início da década de 40.

Nascido em Leipzig, falecido em Giessen, Schirmer foi construtor da catedral de Oslo e várias outras igrejas e edifícios na Noruega.

Os seus trabalhos desenvolveram-se em época marcada por tendências românticas e neo-góticas na arquitetura em muitas nações européias. Ainda que superando as possibilidades financeiras locais, o seu entusiasmo pelo projeto transformou a tarefa de reconstrução da catedral em ideal acalentado por amplos círculos da população.

Nesse sentido, a reconstrução da catedral pode ser comparada àquela da retomada e do término de outras igrejas em países europeus no século XIX, em particular a da catedral de Colonia. Inseriu-se, assim, em amplo contexto internacional caracterizado por similares tendências historicistas.

Os trabalhos foram acompanhados por viagens de estudos a várias cidades européias, em particular para o estudo de catedrais na Alemanha, Inglaterra e Bélgica. A preocupação de Schirmer era a de constatar tendências estilísticas e estudar in loco monumentos do passado medieval que poderiam servir de modêlo ou dar impulsos a seus projetos.

A polêmica que acompanhou a decisão de reconstruir-se a catedral segundo o projeto de Schirmer demonstra os problemas de concepção da história e do sentido do trabalho restaurador relativos ao neo-gótico. A seus planos se opuseram justamente aqueles que desejavam uma restauração segundo estudos histórico-arqueológicos, apesar da precariedade das fontes, não uma construção baseada em imagem-ideal a partir de suposições.

A restauração do que nunca houve. Historicismo e destruição do histórico

Os trabalhos iniciados por Schirmer foram prosseguidos a partir de 1872 por Christian Christie (+1906). Já pertencente a uma fase posterior das tendências neo-góticas no contexto internacional, esse mestre-construtor desenvolveu estudos próprios relativos ao estilo gótico. Vindo de encontro aos críticos, procurou aproximar-se das fontes históricas. Sob a sua direção, reconstruiu-se o coro, o octógono, a cobertura da nave central e parte da nave ocidental.

Procurando a reconstrução mais próxima possível de um suposto original românico-gótico, sem maior respeito pelas reformas estilísticas dos séculos posteriores, em particular do Barroco, o seu trabalho foi dirigido ao intuito de criar uma unidade estilística no todo, destruindo, porém, os traços de seu desenvolvimento no decorrer dos séculos. Roubando-lhe a sua historicidade, demoliu partes mais propriamente históricas construídas nos séculos XVI, XVII e XVIII, entre elas formas de telhado do Barroco e que hoje seriam de valor histórico-artístico. Para êle, essas partes perturbavam a unidade do conjunto.

Seguindo correntes de pensamento orientadas segundo Eugène Viollet-le-Duc  (1814-1879), principal nome de representante da concepção de uma "igreja ideal", Christian Christie criou uma catedral que nunca houve, ou seja, a sua restauração levou a um resultado que jamais tinha sido antes alcançado.

Para alcançar tal unidade, o mestre-de-obras realizou construções que não possuiam qualquer fundamento em documentos históricos, entre elas a do telhado de cobre em forma de capacete na torre principal da catedral, em 1901, e que se tornou uma das características do edifício.

A crítica crescente a seu procedimento levou a que fosse despedido, em 1905, permanecendo, porém, nessa posição até falecer, em 1906. Os trabalhos tiveram prosseguimento sob a direção dos arquitetos Henrik Bull e Olaf Nordhagen, inaugurando uma fase de maior preocupação com os elos culturais noruegueses da construção.

Iniciada assim no Romantismo, o término da catedral, em particular a sua fachada, decorreu em época marcada pelo nacionalismo. Os trabalhos remontantes ao plano de Schirmer de reconstrução da catedral de Tronheim ou Nidaros foram terminados apenas em 2001.


Peter Andreas Munch (1810-1863). História e estudos culturais a serviço do nacional

É particularmente significativo a atuação de um historiador - Peter Andreas Munch (1810-1863) - na realização de exposições de H. E. Schirmer para a elucidação e propagação dos projetos.

Nascido em Christiana, o historiador Peter Andreas Munch interessou-se desde criança pela antiga cultura nórdica e as sagas, em particular a Heimskringla (Veja http://www.revista.brasil-europa.eu/132/Snorri_Sturluson.html). Os seus estudos abrangeram diferentes áreas de conhecimentos, incluindo história, estudos de escrita, geografia e de mitos.

O procedimento de Munch testemunha uma fase dos estudos culturais em que os pesquisadores sentiam-se obrigados a dedicar-se a várias esferas do conhecimento no intuito de reconstrução de uma cultura percebida como nacional. Não a especialização, mas a reconstrução ampla de uma cultura na sua história representava o principal esforço, de modo que tanto a filologia como a pesquisa de mitos e tradições submetiam-se à história. Tratava-se, assim, de uma reconstrução no sentido de uma edificação da vida nacional com base no conhecimento de sua história.

Conceitos fundamentais do seu procedimento eram os de povo ou de raíz, compreendidos como corpos coletivos garantidos por elos culturais internos, nos quais  se integravam elementos de todas as esferas da vida.

Uma das preocupações centrais dessa "escola histórica norueguesa" foi a de encontrar o lugar do povo norueguês no contexto escandinavo ou germânico, demonstrando as suas caracteristicas denotadoras de singularidade individuadora.

A catedral de Trondheim surge, nesse contexto, como um monumento do Historismo de particular significado para o estudo de transformações do edifício cultural de remotas origens no decorrer da Reforma e do Historismo. Essas transformações manifestam-se sobretudo no conjunto de figuras da fachada da catedral, submetidas a uma unidade do todo, mas não revelando, na sua disposição, ordenações de sentidos numa lógica interna conhecida de outras igrejas medievais.

O direcionamento da atenção á leitura antes literal das Escrituras com a transformação reformatória favoreceu uma perda de compreensão de sentidos ocultos, de estruturas internas e de imagens subjacentes aos textos, Uma compreensão antes dirigida ao campo de tensões entre o Velho e o Novo deu lugar a uma perspectiva antes linear do decorrer histórico. (Veja http://www.revista.brasil-europa.eu/138/Estudos-e-Esclarecimento.html)

Essa transformação possibilitou que "Velhos" e "Novos", justos da Antiga Aliança passassem a ser considerados em linearidade histórica com com apóstolos e santos da Nova Aliança, destruindo um sistema imagológico caracterizado pela tensão entre tipos e anti-tipos.

O Historismo do século XIX, procurando românticamente em época de intensificação de consciência nacional retornar às raízes e reconstruir uma idealizada cultura nacional de remoto passado, criou uma unidade na diversidade de elementos desintegrados da antiga ordenação.

As relações de Unidade e Diversidade que se manifestam na catedral de Tronheim diferem, assim, daquelas do antigo sistema de imagens. Tendo sido este logocêntrico como resultado da sua própria ordenação interna, agora desintegrada, a Unidade que se percebe na reconstrução historicista da catedral de Trondheim deve ser compreendida como resultante de um outro princípio criador de unidade, o que, em época do movimento nacionalista, apenas pode ter sido aquele do Nacional.

Grupo de estudos sob a direção de

Antonio Alexandre Bispo



Todos os direitos relativos a texto e imagens reservados. Reproduções apenas com a autorização explícita do editor.

Indicação bibliográfica para citações e referências:
Bispo, A.A. "Reconstruindo o que nunca houve. A maior catedral (neo-)gótica do Norte europeu
sob a perspectiva da Unidade na Diversidade de elementos não mais compreendidos do sistema logocêntrico
". Revista Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira 139/13 (2012:5). http://www.revista.brasil-europa.eu/139/Trondheim-Catedral.html





  1. Observação: o texto aqui publicado oferece apenas um relato suscinto de trabalhos. Não tendo o cunho de estudo ou ensaio, não inclui aparato científico. O seu escopo deve ser considerado no contexto geral deste número da revista. Pede-se ao leitor que se oriente segundo o índice desta edição e o índice geral da revista (acesso acima). Pede-se ao leitor, sobretudo, que se oriente segundo os objetivos e a estrutura da Organização Brasil-Europa, visitando a página principal, de onde obterá uma visão geral e de onde poderá alcançar os demais ítens relativos à Academia Brasil-Europa de Ciência da Cultura e da Ciência (culturologia e sociologia da ciência), a seus institutos integrados de pesquisa e aos Centros de Estudos Culturais Brasil-Europa: http://www.brasil-europa.eu


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