Colonias portuguesas e revisionismo colonial alemão: E. G. Jacob. Revista BRASIL-EUROPA 130/11, Bispo, A.A. (Ed.). Academia Brasil-Europa. Organização de estudos culturais em relações internacionais





Revista

BRASIL-EUROPA

Correspondência Euro-Brasileira©

 


Aquele que procure considerar a literatura alemã concernente a temas do mundo de língua portuguesa no intuito de estudar o desenvolvimento do pensamento nesse ramo de estudos depara-se com nomes poucos conhecidos. Um deles é Ernst Gerhard Jacob, autor de livros difundidos até um passado relativamente recente.


Surge como autor por excelência de "traços básicos" (Grundzüge) do desenvolvimento histórico de continentes e países. É autor, assim, de livro dedicado a traços gerais da História da África, utilizado por vezes como obra introdutória (Grundzüge der Geschichte Afrikas, Darmstadt: Wissenschaftliche Buchgesellschaft 1966). Publicou também livro com traços gerais da História de Portugal e de suas antigas províncias ultramarinas, ainda manuseado por leitores que se interessam por países africanos de língua portuguesa (Grundzüge der Geschichte Portugals und seiner Übersee-Provinzen, Darmstadt: Wissenschaftliche Buchgesellschaft 1969). Também para pesquisadores de assuntos brasileiros na Alemanha o seu nome não é desconhecido, sobretudo devido à obra em que oferece traços básicos da História do Brasil (Grundzüge der Geschichte Brasiliens, Darmstadt: Wissenschaftliche Buchgesellschaft, 1974).


Ernst Gerhard Jacob surge também como especialista em questões relativas aos Descobrimentos e à história das navegações, como o indica uma seleção comentada de documentos relativos a Colombo (Christoph Columbus-Bordbuch, Briefe, Berichte, Dokumente, Bremen: Schünemann 1956; Berlim, Darmstadt, Wien: Deutsche Buch-Gemeinschaft, 1968). Ainda em 1991, esse livro serviu de base para uma nova publicação, com introdução de Friedemann Berger, em dois volumes, editada em Leipzig.


Ernst Gerhard Jacob reelaborou a tradução de Robinson Crusoe para o alemão de A. Tuhten, de 1886, para uma série de ampla divulgação popular (Leipzig: Philipp Reclam jun. 1958; Universal-Bibliothek 2194-2196a). Como especialista em Daniel Defoe (1660-1731), escreveu o postfácio da tradução de relato do ano da peste de Londres, de 1665 (Ein Bericht vom Pestjahr, London 1665: Beobachtungen oder Erinnerungen der bemerkenswertesten Ereignisse, öffentlicher wie privater, beinhaltend, die sich in London während der letzten großen Heimsuchung im Jahre 1665 zutrugen. Niedergeschrieben von einem Bürger, die die ganze Zeit in London verbrachte. Nie zuvor veröffentlicht. Übersetzt von Ernst Betz, mit einem Nachwort von Ernst Gerhard Jacob, Bremen: Carl Schünemann 1965).


História colonial alemã da África: sob o signo de von Carnap-Quernheimb (1826-1910)


Para localizar Ernst Gerhard Jacob na literatura de interesse para a história colonial, parece ser significativo o fato de ter escrito verbete sobre Georg Hans von Carnap-Quernheimb na Nova Biografia Alemã (Jacob, Ernst Gerhard, „Carnap-Quernheimb, Ernst Karl Georg Hans Leonhard von“, in: Neue Deutsche Biographie 3, 1957,151). Esse pesquisador explorou o litoral do Leste da África em 1885 e 1888 foi um dos líderes da expedição alemã ao Togo. Com esses e outros feitos, entre êles o da chefia de estações de pesquisa em Sansane-Mangu e Jaunde (Camarões), além de participação em outras expedições e em combates contra rebeldes, Carnap-Quernheimb tornou-se um dos nomes mais influentes na história da presença alemã na África.


A partir desse trabalho de Ernst Gerhard Jacob, o leitor atual pode procurar caminhos para compreender o importante papel desempenhado por esse autor como especialista em questões coloniais à época do regime nacionalsocialista. Essa tentativa apenas pode ser um esboco, pois tornar-se-ia necessário levantar as suas publicações e examinar com mais pormenores as suas atividades durante o período. A dificuldade aqui reside no fato de muitas dessas obras terem sido proibidas e excluídas de bibliotecas após o término da Guerra.


A "Koloniale Schuldlüge" no revisionismo colonial - Heinrich Schnee (1871-1949)

Nascido em Grimma, filho de um comerciante, Ernst Gerhard Jacob estudou na Universidade de Leipzig, doutorando-se em 1929. As suas publicações indicam a corrente de pensamento em que se inseriu relativamente à discussão sobre as colonias alemãs perdidas na Primeira Guerra Mundial e, nesse contexto, os seus elos com a história e a política colonial de Portugal. Assim, já em 1929 publicou "Vozes da Suécia, Holanda e Portugal acerca da 'mentira da culpa colonial' (Stimmen aus Schweden, Holland und Portugal über die 'Koloniale Schuldlüge', Leipzig: Jambo 1929).


O emprêgo do conceito de "Koloniale Schuldlüge" indica a proximidade a Heinrich Schnee (1871-1949), autor de obra do mesmo nome, publicada alguns anos antes (Die Kolonialschuldüge, Munique: Süddeutsche Monatshefte, 1927). Heinrich Schnee havia sido governador da África Alemã do Leste. Era membro do partido nacionalsocialista, tendo sido presidente, até 1933, da Liga dos Alemães do Estrangeiro (Bund der Auslandsdeutschen); foi presidente da Sociedade Colonial Alemã (DKG, 1930-1936) antes de sua assimilação no Reichskolonialbund (RKB).


Schnee era, assim um dos mais destacados nomes no empenho de despertar a opinião pública para a recuperação dos antigos territórios coloniais alemães. Significativamente, Henrich Schnee foi o prefaciador de uma das principais obras de Ernst Gerhard Jacob, a "Política Colonial Alemã em documentos, pensamentos e vultos dos últimos cinquenta anos", obra volumosa, de 608 páginas, com ilustrações, mapas e tabelas (Deutsche Kolonialpolitik in Dokumenten, Gedanken und Gestalten aus den letzten fünfzig Jahren, Leipzig: Dieterich'sche Buchhandlung, 1938).


No ano da tomada de poder dos nacionalsocialistas, em 1933, Ernst Gerhard Jacob publicou obra sobre a "dignidade colonial alemã" (Die Deutsche Kolonialehre, Leipzig: Velhagen & Klasing, 1933; Bielefeld 1935). Em 1934, publicou texto a respeito do direito alemão a colonias (Deutschlands Recht auf Kolonien, Leipzig: Verlag d. Afrika-Nachrichten 1934). Seguiu-se, em 1935, uma guia de fontes político-coloniais (Kolonialpolitisches Quellenheft: Die deutsche Kolonialfrage 1918-1935, Bamberg: Buchner 1935).


O termo "Kolonialschuldlüge" continuou a ser motivo condutor do pensamento de Ernst Gerhard Jacob através da década de trinta, intensificando o seu sentido de moto de militância. Assim, publicou, em 1938, acerca da luta contra a "mentira" (Der Kampf gegen die koloniale Schuldlüge, Hamburg: Hartung 1938) e, a respeito publicou nos cadernos de formação ideológica do próprio partido nacionalsocialista ("Unser Kampf gegen die Kolonialschuldlüge",in Unsere Kolonien, Der Schulungsbrief VI/8, 1939).


A questão colonial, no seu pensamento, é estreitamente vinculada com uma concepção do homem de cunho político, no qual a reinvidicação e a vontade surgem como conceitos importantes (Anspruch und Wille, Leipzig: Dieterich 1937).


Às vésperas e durante a Guerra, Ernst Gerhard Jacob publicou obras sobre o "Deutschtum" colonial, o que poderia ser interpretado como a "essência cultural alemã" colonial e em contextos coloniais (Das koloniale Deutschtum, Bayreuth: Gauverlag Bayerischer Ostmark 1939). Quase que definindo um ramo de estudos, passou a falar de uma "Colonialística Alemã" (Deutsche Kolonialkunde, Dresden: Ehlermann, 1940). Com o objetivo de ampla divulgação, escreveu, para os cadernos Reclam (Nr. 7398), "As Colonias Alemãs no passado e agora" (Die Deutschen Kolonien einst und jetzt, Leipzig: Philipp Reclam Jun., 2a. ed. 1940). Nesse livreto, lembra que o povo alemão era um dos mais antigos povos coloniais do mundo, sendo que sem os alemães grande parte do mundo não teria sido colonizada e cultivada. Para êle, as raízes do pensamento colonial alemão situavam-se 1) no campo cultural, moral-espiritual, 2) no campo político, povístico(völkisch)-estatal e 3) no campo econômico.


Göhren. Foto A.A.Bispo

"Colonialística" alemã e "Moderna Política Colonial de Portugal"


Em 1935, Ernst Gerhard Jacob publicou um extenso artigo sobre a Política Colonial Portuguesa, na qual não apenas a descreve e valoriza para os leitores alemães, como também tira singulares conclusões da comparação de tendências entre Portugal e a Alemanha. (Ernst Gerhard Jacob, "Portugals moderne Kolonialpolitik", )


Inicia o seu texto dizendo que, no passado, tinha-se olhado com um sorriso de compaixão o pequeno Portugal. Pensava-se nas muitas revoluções e na situação arruinada do Govêrno e da economia do país. Também nada de bom se ouvia até há poucos anos a respeito da ação colonial de Portugal. Portugal era a terceira maior potência colonial do mundo, mas o que sabiam fazer de toda essa grande posse?


Quem, porém, continuasse a ter essa imagem, provaria não ter acompanhado um dos desenvolvimentos políticos mais modelares da década de vinte no mundo europeu e colonial. Justamente o exemplo de Portugal seria muito instrutivo para o fato de que, na consideração política, seria necessário libertar-se de antigos preconceitos e não se devia jamais crer que fosse sem significado político o orgulho nacional de um pequeno povo, convicto do seu grande passado.


Para Ernst Gerhard Jacob, desde o 28 de maio de 1926, Portugal vivenciava um despertar nacional. Nesse dia instituira-se uma ditadura militar que superou a situação desconsolada do Estado e da Economia. Essa reviravolta devia a sua origem não a um ato revolucionário, mas sim à vontade da maioria do povo, à qual o exército apenas havia dado expressão. Assim, não houvera derramamento de sangue para derrubar o govêrno constitucionalmente estabelecido e, excetuando-se algumas revoltas menores, entre elas em 1931 na Madeira e nos Açores, iniciara-se a obra reconstrutora de toda a nação sob a direção do General Anonio O. de Fragoso Carmona (1926-1951) e de António de Oliveira Salazar (1889-1970). Esse processo reconstrutor jamais podia ser esperado de uma nação cujo caos já se tornara característica própria.


A Oliveira Salazar, a quem Ernst Gerhard Jacob designa como grande reformador político e homem simples do povo, cabia, segundo êle, o principal mérito não apenas de ter colocado em ordem as finanças do país como também de ter devolvido ao povo, com base no seu grande passado, a fé na sua própria força para o cumprimento das tarefas que a história lhe havia dado.


Havia-se superado o marxismo e o comunismo e o sistema parlamentar. Portugal se transformara numa república corporativa, edificada segundo a organização corporativa do povo (Art. 5 da Constituição de 19 de março de 1933). O desemprêgo havia sido quase que totalmente banido. O Presidente General Carmona havia sido reeleito a 18 de fevereiro daquele ano com 85% dos votos, o que demonstrava ao mundo que a política do seu Govêrno era bem vista pela grande maioria do povo português.


Ernst Gerhard Jacob passa então a demonstrar que sobretudo para os alemães era importante saber que um dos pontos principais e um dos elementos integrais do programa de reconstrução nacional de Portugal era o cuidado especial pelo seu império colonial.


Seria modelar o que o Govêrno português estava fazendo para superar um certo esgotamento colonial, difundido mesmo em povo de tão antigo passado colonial como o português. O Govêrno publicava, em grandes edições, panfletos e brochuras, com trechos de discursos de personalidades líderes a respeito da reconstrução do império português.


Reconstrução do Império português e Wiederaufbau des deutschen Kolonialreiches


Ernst Gerhard Jacob traduz o termo português - Reconstrução do Império - para o alemão, e que passaria a ser usado: "Wiederaufbau des Kolonialreiches".


Jacob via como exemplar a argumentação usada em Portugal para a justificativa desse esforço reconstrutivo. Menciona assim, a afirmação de que "apenas aquelas nações iriam permanecer em eternidade que soubessem se libertar de um horizonte egoístico estreito e renunciar a uma vida confortável para, a serviço de toda a Humanidade, trabalhar na propagação do Cristianismo e da cultura". Assim, Portugal ia continuar a a viver na memória da humanidade como uma nação imorredoura.


Outra convicção portuguesa que Ernst Gerhard Jacob via como importante para a Alemanha era a de que o espírito do Império Colonial era o espírito da consciência própria, do poder e da ousadia, da força de decisão e da tenacidade, inquebrantável, acima da vontade individual. Esse espírito seria fundamentado na convicção de que tudo o que diz respeito à nação deve transformar-se profundamente, sendo redirigido à finalidade do alcance de um objetivo grande, comunitário: a grandeza, a dignidade e o poder da pátria.


Com isso, Ernst Gerhard Jacob salienta, para a Alemanha, traduzindo do português, "a idéia do império". A essa concepção, somava-se aquela que dizia que "a unidade da nação exige a unidade de um pensamento fundamental condutor, ou seja, a unidade do Govêrno. Nessa concepção, a vida de cada parte do império é subordinada ao interesse do todo.


Ernst Gerhard Jacob transpõe dessa forma para o Nacionalsocialismo concepções que tirara das "Directrizes duma politica ultramarina". Era, para êle, esse documento que possibilitava elevar-se o vulto nobre de uma pátria imortal sôbre as ruínas de uma situação de dissidências internas.


Atos portuguêses baseados em concepções e elos preventidos contra a Liga das Nações


Ernst Gerhard Jacob procurou demonstrar que aqui não se tratavam apenas de belas palavras, mas sim de ações nelas fundamentadas.


Modelar para êle havia sido o Acto Colonial - um decreto com força de lei - do General Carmona de 8 de julho de 1930, que fora introduzido na Constituição, e que afirmava, entre outros, que a posse e a colonização de territórios ultramarinos, assim como a civilização de nativos era uma tarefa histórica da nação portuguesa (Título I Art. 2).


Ali se salientava que Portugal não renunciava a nenhum de seus direitos que pudessem ser levantados relativamente a outros territórios. Todas as colonias formavam entre si e com a metrópole uma unidade, e isso sobretudo para fins de defesa. Com exceção de correções de fronteiras, nenhum território ou direito colonial poderia ser vendido (Art. 7). Concessões estatais, mesmo se houvesse a participação de capitais estrangeiros, poderiam apenas ser feitas sob condições que asseguravam o caráter nacional e os interesses econômicos da colonia. (Art. 13) O Estado oferecia protecão aos nativos segundo os princípios da Humanidade e de sua soberania.


Ernst Gerhard Jacob via, nessa última formulação, uma arma contra o Serviço de Trabalho da Liga das Nações de Genebra, caso este quisesse intervenir em questões de nativos nas colonias.


Proibia-se o emprêgo pelo Estado do trabalho nativo para toda e qualquer atividade econômica e todo o tipo de obrigação de trabalho nesses empreendimentos (Título II Art. 19). Toda a colonia tinha uma capital e um govêrno próprio (Governador Geral e Colonial). Para Governador não podia ser nomeado quem tivesse interesses econômicos na respectiva colonia. Dever de honra de todos os governadores era o da manutenção da soberania nacional na colonia (Título III Art. 33). As colonias constituiam, com a metrópole, econômica e financeiramente, uma comunidade natural (Título IV). Às colonias não era permitido levantar créditos em países estrangeiros (Art. 45).


Demonstração portuguesa não só de posse, mas de desenvolvimento colonial


Ernst Gerhard Jacob lembra da participação relevante de Portugal na Exposição Colonial Internacional de Paris, em 1931. Ali Portugal havia podido mostrar os seus feitos colonizadores mais recentes.


Entre êles, salientava-se o porto de Lobito, em Angola, o melhor de toda a África Ocidental. Lobito era também o ponto de partida da estrada de ferro de Benguela, que era tão longa quanto a ligação ferroviária Berlim - Munique - Gênova, e que ligava as minas de Katanga diretamente com o litoral. Nessas expressões de Ernst Gerhard Jacob pode-se perceber a importância de Lobito no discurso colonialista da época, o que também explica a sua presença em publicações de ampla divulgação na Alemanha (Veja artigo a respeito nesta edição).


As menções de Ernst Gerhard Jacob relativas ao desenvolvimento colonial português não se limitaram a Lobito e à estrada de ferro de Benguela. Salienta que havia em Angola as ferrovias de Amboim, Mossamedes e Malange, no todo com 1000 km utilizados, além do mais, 30000 km de estradas de rodagem em todas as direções. Moçambique possuia em Lourenço Marques uma capital quase que européia, com excelentes docas e instalações portuárias, bondes, ônibus, parques, cinemas, teatros, etc.


Para Ernst Gerhard Jacob, a ilha de São Tomé surgia como o modêlo por excelência do trabalho colonial metódico dos portugueses. As instituições higiênicas eram ali exemplares. Quase todas as fazendas possuiam os seus hospitais próprios. O tratamento exemplar dos trabalhadores nessa ilha havia sido constatado por vários especialistas, inclusive por professores da faculdade de Medicina de Paris.


A participação do próprio povo português nos feitos coloniais como política modelar


Para Ernst Gerhard Jacob, seria para os alemães de interesse observar como as autoridades portuguesas se empenhavam em fazer com que todo o povo participasse nos assuntos coloniais. Nesse sentido, o maior sucesso teria sido alcançado na Exposição Nacional Colonial do Porto, aberta em junho de 1934 e que foi seguida de vários congressos coloniais de importância, entre outros pelo Congresso Nacional de Antropologia Colonial. Incentivados por esse sucesso, os portugueses tinham o plano de realizar uma grande Exposição Colonial Internacional em Lisboa, ainda em 1935.


Portugal e as reinvidicações coloniais alemãs


Para a Alemanha seria de valor constatar a posição de Portugal perante as reinvidicações coloniais alemãs. Um jornal de Lisboa escrevera que, se o sistema de mandatos fosse extinto, que já era em si questionável, então os protetorados alemães precisariam, por justiça, serem devolvidos à Alemanha (Diário de Notícias, 9 de agosto de 1933).


Visitando a Exposição Colonial Alemã em Colonia, em julho de 1934) o Dr. Gustavo Cordeiro Ramos (1888-1974), então Ministro da Cultura de Portugal, e que introduzira, em 1931, a língua alemã em Portugal como matéria obrigatória, declarou que apoiaria sempre o direito da Alemanha em possuir colonias.


Ernst Gerhard Jacob lembra que Adolf Hitler declarara a um jornalista português que as relações entre a Alemanha e Portugal deveriam ser realmente cordiais, já que suas lideranças diretrizes coincidentes em pontos essenciais (Diário de Notícias, 31 de janeiro de 1935) (Veja artigo a respeito nesta edição).


Após ter-se tornado repetidamente conhecida a opinião de Hitler em assuntos coloniais, Ernst Gerhard Jacob chega a afirmar que se poderia partir da idéia de que o próprio "Führer" tivesse aqui em mente o programa de reconstrução colonial de Portugal!







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Indicação bibliográfica para citações e referências:
Bispo, A.A.."Reconstrução colonial portuguesa e revisionismo colonial alemão - Ernst Gerhard Jacob (1899-1974): Portugal como modêlo de uma Colonialística alemã e a 'Kolonialschuldlüge' de Heinrich Schnee (1871-1949)". Revista Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira 130/11 (2011:2). http://www.revista.brasil-europa.eu/130/Ernst_Gerhard_Jacob.html


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Revista Brasil-Europa - Correspondência Euro-Brasileira 130/11 (2011:2)
Prof. Dr. A.A.Bispo, Dr. H. Hülskath (editores) e Conselho Científico
da
Organização Brasil-Europa de estudos teóricos de processos inter- e transculturais e estudos culturais nas relações internacionais (reg. 1968)
- Academia Brasil-Europa -
de Ciência da Cultura e da Ciência

e institutos integrados

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ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501

Doc. N° 2725




Reconstrução colonial portuguesa e revisionismo colonial alemão

Ernst Gerhard Jacob (1899-1974): Portugal como modêlo de uma Colonialística alemã e
a "Kolonialschuldlüge" de Heinrich Schnee (1871-1949)


Ciclo de estudos Portugal-África-Alemanha-Brasil em Frankfurt a.M. e outras cidades pelos
10 anos do colóquio internacional "Dimensões européias de Portugal" da A.B.E.. Saxônia: Göhren/Grima e vale do Mulde

 

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