Imigração irlandesa: São Patrício. Revista BRASIL-EUROPA 128. Bispo, A.A. (Ed.). Organização de estudos culturais em relações internacionais





Revista

BRASIL-EUROPA

Correspondência Euro-Brasileira©

 

Revista Brasil-Europa - Correspondência Euro-Brasileira 128/12 (2010:6)
Prof. Dr. A.A.Bispo, Dr. H. Hülskath (editores) e Conselho Científico
da
Organização Brasil-Europa de estudos teóricos de processos inter- e transculturais e estudos culturais nas relações internacionais (reg. 1968)
- Academia Brasil-Europa -
de Ciência da Cultura e da Ciência

e institutos integrados

© 1989 by ISMPS e.V. © Internet-edição 1998 e anos seguintes © 2010 by ISMPS e.V. Todos os direitos reservados
ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501

Doc. N° 2668


A.B.E.


A experiência atlântica da imigração e imagens da salvação das águas na existência
a tradição irlandesa nas Américas



Ciclo "Indian Summer" preparatório aos 300 anos da ida ao Canadá de Joseph-François Lafitau (1681-1746)
pioneiro dos estudos culturais comparados, da Antropologia Cultural e disciplinas afins
Montréal: Academy e Baslica of St. Patrick

 


St. Patrick.Montreal.A.A.Bispo©


St. Patrick.Montreal.A.A.Bispo©


St. Patrick.Montreal.A.A.Bispo©


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St. Patrick.Montreal.A.A.Bispo©


  1. Fotos A.A.Bispo
    ©Arquivo A.B.E./I.S.M.P.S.e.V.

 


Foto A.A.Bispo©
As correntes emigratórias de diversos países ao continente americano no século XIX vem recebendo crescente atenção nos estudos culturais. Ainda insuficiente é, porém, a situação dos estudos específicos nos países das Américas relativamente ao papel que os imigrantes das diversas nações desempenharam em processos culturais.


Se, em alguns casos e em determinados contextos as pesquisas já se encontram em estado de considerável desenvolvimento, essa não é a situação de conjunto.


A análise adequada de transformações e permanências culturais, de caminhos integrativos e diferenciadores implica tanto na consideração especifica de correntes imigratórias segundo a sua proveniência como a do estudo mais amplo, que considere o resultado de pesquisas de outros grupos de imigrantes.


O Brasil e o Canadá - assim como os Estados Unidos - apresentam similaridades e diferenças quanto às correntes de imigrantes que receberam. Uma dessas diferenças diz respeito ao grande contingente de irlandeses que se dirigiram à América do Norte no século XIX, o que não foi o caso do Brasil.


O estudo da história irlandesa nos países americanos pode contribuir aos estudos culturais relativos ao Brasil sob muitos aspectos. Oferece um exemplo da vinda de migrantes que eram em grande parte católicos e que vinham para regiões de formação colonial marcada pela igreja da Inglaterra e por movimentos nascidos da Reformação.


No caso do Canadá, fortaleceram, sob o ponto de vista religioso-cultural, a população católica francêsa da província de Quebec. Desempenharam, assim, papel relevante e sensível no complexo interno de natureza político-cultural, por vezes paradoxal. De língua inglêsa mas católicos, vinham para países de língua inglêsa e predominantemente protestantes, onde havia, no caso do Canadá, importante região de língua francesa, católica, de forte auto-consciência de sua identidade e prerrogativas.


Local de reflexões: Igreja de Saint Patrick, Montréal


St. Patrick.Montreal.A.A.Bispo©

A igreja de Saint Patrick, em Montréal, a igreja mãe das comunidades católicas de língua inglesa do Canadá, surpreende o observador pela impressão que causa o seu interior. No exterior em austero neo-gótico em pedra cinza, pouco se salientando na área em que se eleva, sem poder ser contemplada a partir de uma perspectiva mais ampla, envolvida em parte por edifícios e parques de estacionamento, o seu interior apresenta-se de forma resplandecente e monumental.


O interior da igreja de Saint Patrick, sem ter passado por reformas modificadoras, é o mais bem conservado de todas as igrejas de Montréal. Isso significa, também, que pode ser considerado como um dos mais significativos exemplos de arquitetura sacra de interiores do século XIX. Construída entre 1843 e 1847, foi inaugurada em 1847, no dia de São Patrício,17 de março, com missa pontifical celebrada pelo seu primeiro sacerdote, John-Joseph Connoly.


O edifício foi projetado pelo arquiteto Pierre-Louis Morin (1811-1886) e pelo Pe. Félix Martin SJ. (1804-1886) . Este havia chegado a Montréal em 1842, quando do retorno dos padres da Companhia de Jesus, tornando-se superior do Colégio Sainte-Marie. Mede 71 metros de comprimento e 32 metros de largura. Atinge uma altura de 69 metros.A igreja foi completada entre 1861 e 1862, segundo desenhos de Mgr. Philibert, Vigário superior da Arquidiocese de Toronto, devendo a decoração sobretudo a Victor Bourgeau (1809-1888), um dos arquitetos da Notre-Dame-de-Montréal. (Veja artigo nesta edição)


Entre os seus elementos, destacam-se 150 imagens de santos, pintadas a óleo, emoldurando a nave. O seu mobiliário, obra do arquiteto William Doran, foi executado entre 1893 e 1900. O lustre no coro, de 815 quilos, instalado em 1896, é o maior da América do Norte. Cada um de seus seis anjos mede ca. de dois metros de altura. Dos seus vitrais, salientam-se quatro provenientes da Áustria, assim como aqueles criados por Alex S. Locke, em 1897 e 1920.


St. Patrick.Montreal.A.A.Bispo©

A igreja é conhecida supra-regionalmente sobretudo pelos carrilhões, restaurados em 1989. O mais antigo dos seus 10 sinos, de nome Charlotte, pertencia à igreja de Notre-Dame, onde fora instalado em 1774. O seu órgão, construido pela firma de Samuel Russell Warren, da Inglaterra, em 1852, reconstruído pela Compagnie des frères Casavant, em 1895, foi combinado, em 1972, com o órgão proveniente da antiga igreja de Saint-Anthony.


Pierre-Louis Morin (1811-1886), cantor, arquiteto, artista visual, e sua atualidade


A personalidade e a obra de Pierre-Louis Morin vem despertando especial interesse nas últimas décadas. Os conhecimentos a seu respeito podem orientar-se sobretudo pelo Dictionnaire des artistes de langue française en Amérique du Nord: peintres, sculpteurs, dessinateurs, graveurs, photographes et orfèvres, editado por David Karel, em 1992. Morin surge como um vulto de amplos e diversificados conhecimentos, que se dedicou a diferentes esferas da arte, tendo sido músico, arquiteto, topógrafo, desenhista, pintor, retratista e professor de desenho.


A atualidade desse interesse manifestou-se no colóquio de Historiographie de l‘histoire de l‘art au Québec: Premières pages (avant 1925), realizado no Pavillon de l‘Éducation de Québec, UQAM, a 4 de novembro de 2005, sob a presidência de Raymond Montpetit, professor e diretor do Departamento de História da Arte da UQAM. Entre os temas tratados, salientaram-se: „Geografias artísticas e territórios: organizar os traços no tempo e no espaço“, pelo Prof. Didier Prioul, do Departamento de História da Université Laval, „Accumulation et Érudition: aux sources des premiers récits historiques sur l‘art au Québec“, por Laurier Lacroix, do Departamento de História da Arte da UQAM e, „Pierre-Louis Morin (1811-1886): créateur d‘images archéologiques mythiques“, por Robert Derome, professor do mesmo departamento. Olga Hazan, sua colega, tratou do tema „L‘image comme témoin du miracle et de la verité: émergence d‘un discours au service de la foi et de la patrie“.


Em decorrência de trabalhos dedicados a „Paul Chomedey de Maisonneuve en tant que luthiste“, com base em 122 gravuras publicadas na obra de Benjamin Suite l‘Histoire des Canadiens-français, publicada entre 1882 e 1884, revelaram-se novos aspectos da obra pictórica de Morin.


Nascido na França, Pierre-Louis Morin interessou-se desde cedo pela história e pela obra missionária dos franceses no Canadá. Imigrou a Manitoba, em 1836, instalando-se em Montréal, em 1838. Realizou duas viagens de pesquisas  históricas e iconográficas à França para o Govêrno, em 1842 e entre 1853 e 1854. Estabeleceu-se em Québec como professor de desenho. Com base nas suas pesquisas, realizou cópias cartográficas e de imagens em arquivos e museus que alcançaram grande difusão no Canadá. Entre elas, registrou o Manoir de Jacques Cartier à Limoilou, próximo a Saint-Malo (1853) um plano de Québec e imagens da cidade, mapas e imagens que serviram a outras publicações.


As atividades de Morin se inserem no amplo complexo de anelos historiográficos do século XIX. A cópia de imagens e documentos históricos na Europa servia à consciência histórica e à formação de identidade dos canadenses de língua francesa, fornecendo subsídios para outras obras e para recriações artísticas.


St. Patrick.Montreal.A.A.Bispo©

Inserção no contexto da restauração dos jesuítas no Canadá


Particularmente salientada deve ser a atuação do jesuíta Félix Martin na construção da St. Patrick. Esse missionário francês, que veio ao Canadá no âmbito do retorno da Companhia de Jesus, voltou-se sobretudo à recuperação e ao estudo de fontes do passado histórico jesuítico, desenvolvendo trabalhos significativos de historiografia e de publicações de obras jesuíticas. Também o estudo de imagens encontradas nessas obras o levaram a trabalhos de historiografia das artes, sendo considerado hoje um nome de significado na história da história da arte do Canadá.


Imigração irlandesa


A história da imigração irlandêsa ao Canada na primeira metade do século XIX é marcada por sofrimentos e desesperos. Procurando fugir da miséria de seu país natal, irlandeses e suas famílias transferiram-se para o Canadá sob condições precárias de transporte e de higiene. Viajavam como carga de retorno em navios que transportavam potassa e madeira do Canadá à Inglaterra.


Já antes do embarque encontravam-se muitas vezes em estado de debilidade física. Alojados em espaços exíguos, sem ventilação e sem condições sanitárias adequadas, passavam frequentemente a ser vítimas de cólera e tifo. À chegada, apesar das quarentenas, essas epidemias alastravam-se na população local, causando numerosas vítimas. Esse foi o caso da grande epidemia de tifo, de 1847.


Nesse ano de 1847, chegaram ao Canadá quase 100.000 imigrantes pelo caminho da Baía do São Lourenço. Desses, 5293 haviam morrido na travessia, 3389 na Grosse-Île, 1.137 em Québec, 3.862 em Montréal, 130 em Lachine, 39 em Saint-Jean, num total de 13.850. Outros faleceram em pequenas cidades ou após alcançarem o Canadá Superior ou os Estados Unidos. Calcula-se que 1/4 dos imigrantes morrera à chegada no continente americano.


Com as grandes imigrações das décadas de 30 e 40 do século XIX, o número de católicos irlandeses aumentou consideravelmente. Esses imigrantes encontravam, no meio católico francês de Montréal, expressões religiosas afins, sobretudo naquele de cariz popular da devoção dos navegantes, a Notre-Dame-de-Bon-Secours. Na sua capela, celebravam inicialmente as suas missas. Em 1830, as missas para os fiéis de lingua inglesa passaram a ser celebradas na igreja dos Recoletos. Já em 1841, porém, ultrapassando o número de 6500, já não podiam ser acomodados. Assim, adquiriu-se uma área para a construção de uma igreja própria, situado então fora da cidade, próxima à casa de paroquianos.


Seguindo a tradição jesuítica, deu-se particular atenção às tradições populares desses imigrantes, naturalmente provindos de classes mais simples da população, portadores de concepções e formas de expressão de remotas origens, entre elas as referentes a São Patrício.



Significado histórico-cultural de St. Patrick


A dedicação da igreja dos irlandeses em Montréal e a data da solenidade de sua consagração, o dia de 17 de março, festa de St. Patrick, merecem uma particular atenção nos estudos histórico-culturais. St. Patrick é o santo nacional da Irlanda (e da Islândia), sendo o dia 17 de março até hoje guardado como feriado nacional não só na Irlanda e na Irlanda do Norte, mas sim em territórios ultramarinos marcados pela presença irlandesa, entre eles em Montserrat e na Terra Nova, no Canadá.


A St. Patrick‘s Day, com a sua parada, é festejado em Montréal, assim como em muitas comunidades de imigrantes irlandeses e seus descendentes em vários países do mundo, dando oportunidade à expressões tradicionais e festas populares, entre elas em Dublin e em Londres, assim como, nos EUA, em Boston, New York, New Orleans, Chicago, Manchester e Savannah. Um fenômeno a ser registrado é que essa festa aumenta em significado, sendo festejada também por pessoas não pertencentes a comunidades de ascendência irlandesa.


Apenas considerando-se as expressões culturais relacionadas com St. Patrick é que se pode apreciar adequadamente o significado da igreja de St. Patrick. A própria côr verde que predomina no St. Patrick‘s Day encontra-se representada em vitrais, nas suas vestimentas, parecendo ter determinando o tom levemente esverdeado que empresta ao interior da igreja uma singular coloração.



Questões hagiográficas de St. Patrick (ca. 500-461)


A vida de St. Patrick e as concepções que a êle se referem têm oferecido particulares problemas para os estudos hagiográficos. Esses problemas decorrem sobretudo da interpretação por demais literal de fontes e de tradições orais; a principal fonte são os seus próprios textos, entre êles a Confessio. Segundo essas fontes, Patrick (Magonus Sucatus Patricius) teria nascido em fins do século IV ou início do V, em Bannaventa Berniae, no país de Gales ou em Old Kilpatrick, na Escócia, tendo falecido na Irlanda, em County Down, no dia 17 de março de 461.


As incertezas do local de seu nascimento correspondem também a incertezas quanto a sua origem e atuação. Tem-se levantado a hipótese de que notícias referentes ao diácono Palladius, vindo da Gália para a Irlanda, no século V, provavelmente enviado como primeiro bispo pelo Papa Celestino I, poderiam ter sido aplicadas a Patrick; outros missionários teriam também atuado na Irlanda anteriormente. A ordenação e o envio de Palladius parece inserir-se no contexto da visita de Germanus de Auxerre (ca. 378-448) para o combate da heresia pelagiana.


A história de Patrick menciona um período de escravidão, quando atuou como pastor em Slemish, no County Antrim. Segundo o seu próprio texto, foi filho de um oficial romano, Caponius, estacionado na província Britannia, ali atuando como diácono da comunidade. Patrick teria sido, assim, formado no Cristianismo. Da propriedade de seus pais, foi roubado e escravizado, sendo levado para a região de Ulster.


Segundo uma tradição gálico-irlandesa, o seu nome era Patrick Maewyn. Teria nascido em Gales, de pais não-cristãos. Foi sequestrado por ladrões irlandeses e escravizado, com 16 anos, sendo levado para a Irlanda, onde trabalhou como pastor. Ali, encontrou consolo na fé cristã. Apesar da rudeza da região, aprendeu a amá-la. Após seis anos, recebeu a visita de um anjo que mandou que fugisse. Assim o fazendo, passou 12 anos em convento em Auxerre, na França. O seu objetivo, porém, era o de retornar à Irlanda para converter os não-cristãos. Ouviu vozes que o chamavam numa noite, nelas percebendo um pedido do povo irlandês.


Em 432, o Papa Celestino I enviou-o como bispo para a Irlanda. Passou a exercer intensa atividade, fundado conventos, escolas e igrejas. Como homem de cultura, passou a escrever a história transmitida oralmente. No Croagh Patrick, um monte sagrado na Irlanda, teria passado, 40 dias sem alimentos e sem água.


Segundo a tradição, com uma de suas pregações e com o poder do seu cajado conseguiu libertar a ilha de todas as serpentes nela existentes. O elo de St. Patrick com o símbolo da serpente e de sua extinção, compreendido em geral como superação do paganismo, tornou-se de significado na iconografia, sendo encontrado em outros contextos, sobretudo em fundações de conventos.



Interpretações imagológicas


Apesar de todas as dificuldades colocadas pelos textos, estes podem ser analisados no sentido de se encontrar uma estrutura imagológica básica que permita a interpretação de sentidos. A sua proveniência de uma ilha, então nas extremas partes do Ocidente, indica um vínculo com uma região cercada de água, até mesmo por ela impregnada, associada com trevas, rusticidade e brutalidade.


Foi nessa região que Patrick caiu na escravidão, o que pode ser entendido como imagem de uma queda numa esfera marcada pelo materialismo e pelas agruras do trabalho insano daí decorrentes, uma imagem que se conhece do Antigo Testamento, da humanidade pré-diluviana destruída pelas águas e da descida e escravidão de Israel ao Egito.


A fuga para um convento na França, onde passou 12 anos, pode ser interpretada como o seu retirar-se do mundo, a sua reclusão voluntária, o esconder-se dos olhos daqueles que viviam nas trevas da matéria. Passado o tempo, esses se surpreendem em revê-lo, agora como sinal luminoso, tal como o arco-íris prenunciando o fim do dilúvio e o término das águas, tal como a serpente de ferro colocada por Moisés à passagem do Mar Vermelho.


Corresponde figurativamente à vara de Moisés, que se transformava em serpente e matava as serpentes do Egito. Assim como a vara era um instrumento de Moisés, foi êle também um instrumento para elevar a Sabedoria, já semeada entre os irlandeses, às alturas. Com a sua imagem vincula-se, assim, um movimento ascensional, e na linguagem visual inclui imagens que se metamorfoseam, de formas de serpente a arco-iris.


Dessas considerações relativas à imagologia de St. Patrick abrem-se perspectivas para a compreensão de seu significado para os irlandeses na imigração no continente americano, em particular no Canadá. Após uma longa e perigosa viagem marítima, sofrendo de epidemias, chegavam a uma terra também cercada e impregnada de água, no sentido físico e no figurado. Encontravam-se forçados a trabalho árduo, por assim dizer escravizados. St. Patrick oferecia-lhes assim um paradigma para a libertação e ascensão, e o caminho era o retirar-se, o de „esconder-se“ do mundo na introspecção e na meditação. Esse mundo interior pode ser visto concretizado no espaço interno da igreja de St. Patrick.


Relações com expressões culturais mais conhecidas no Brasil


Ainda que complexa, a análise imagológica da tradição de St. Patrick revela similaridades com a de outros santos, em particular com a de São Bartolomeu. Aqui, a narração da sua atividade evangelizadora decorre no Oriente, na Pérsia ou na Índia, segundo outras tradicões no Egito e na Armênia, onde curava doentes e possessos. Também aqui matou serpentes, no sentido figurado, expulsando demônios e convertendo todo um país. O seu martírio, quando lhe tiraram a pele, revelou a sua luminosidade, o sinal que representava para o término da inundação pelas águas do materialismo, sendo representado na iconografia como arco-íris.





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Indicação bibliográfica para citações e referências:


Bispo, A.A. "A experiência atlântica da imigração e imagens da salvação das águas na existência: a tradição irlandesa nas Américas". Revista Brasil-Europa 128/12 (2010:6). www.revista.brasil-europa.eu/128/Imigrantes-irlandeses.html




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