Música em Maurício. Revista BRASIL-EUROPA 123. ACADEMIA BRASIL-EUROPA. Bispo, A.A. (Ed.) e Conselho Especializado. Organização de estudos culturais em relações internacionais

 
 

Os problemas que se colocam à pesquisa da história da música de Maurício ultrapassam de muito o significado que apresentam para o próprio país. Dizem respeito ao complexo do Índico em geral e, sob uma perspectiva ainda mais ampla, a outros contextos que foram resultados de similares processos de formação multiétnica e multicultural no âmbito da expansão européia e de empreendimentos coloniais e imperiais.


O mundo insular do Índico sugere muitas vezes ao observador latinoamericano, já em primeiras impressões, apesar de todas as diferenças geográficas e de desenvolvimento histórico, certas similaridades com o das Antilhas, um fato que levanta questões e que mostra a necessidade de aproximações adequadas que as possam explicar.


O estudo da sua diversificada cultura musical propicia, assim, visões globais no tratamento de temas e exigem perspectivas históricas que considerem processos que levaram a configurações em regiões distantes entre si nas suas singulares similaridades e diferenças.


É sob esse aspecto teórico de uma história da música de orientação cultural em relações mundiais que a pesquisa da música de Maurício e do Índico em geral apresenta especial interesse para o Brasil, prometendo resultados que podem possibilitar a elucidação de determinados aspectos do próprio desenvolvimento histórico-musical do país e até agora pouco considerados.


Unilateralidade e estado insuficiente da pesquisa


O interesse despertado pelo mundo insular do Índico na pesquisa musicológica tem sido até hoje sobretudo dirigido a expressões de música e dança sob a perspectiva da Etnomusicologia e, mais recentemente, dos estudos da assim-chamada World music. Essa situação é decorrente, em parte, à auto-limitação geográfica aos limites continentais europeus e euro-norte-americanos que o sistema de divisão da disciplina impôs à assim-chamada Musicologia Histórica, uma situação insustentável mas que vem resistindo às necessárias modificações.


A focalização tem-se dirigido assim sobretudo a fenômenos culturais do presente, constatados e pesquisados segundo procedimentos empíricos, e os dados documentais de fontes históricas são considerados antes na sua utilidade para a elucidação de fatos culturais da atualidade, o que traz em si o risco de sua instrumentalização com a finalidade de corroborar hipóteses explicativas colocadas a priori. Esse problema da Etnomusicologia no uso inadequado de fontes históricas, conhecido sobretudo da área dos estudos afro-americanos, coloca-se também com relação ao Índico. Já o fato de Maurício pertencer geograficamente à África, indica que essa situação questionável não diz respeito apenas às ilhas do Índico nas suas relações com o subcontinente índico e regiões asiáticas e pacíficas, mas sim e também ao continente africano.


Como porém Maurício demonstra, a consciência histórica é de extraordinária relevância para a identidade de grupos e de nações e apenas uma sensibilização maior para processos de formação social e cultural colocados em vigência no passado e cujos mecanismos podem ainda estar ativos no presente é que promete posicionamentos refletidos na atualidade e, assim, políticas culturais fundamentadas científicamente.


Questões da perspectiva histórica


Se os diferentes prismas de observação e as diversas orientações de tratamento metodológico são justificáveis e necessários, se as aproximações a partir da fenomenologia cultural do presente e aquela a partir do estudo de processos históricos se frutificam mutuamente, a situação atual da pesquisa denota sobretudo uma insuficiência sob o ponto de vista de estudos conduzidos sob o enfoque histórico.


Uma das razões justificativas dessa lacuna reside sem dúvida na precariedade das fontes documentais existentes ou disponíveis. Somente esforços maiores de levantamento de fontes, de procura de documentos com referências de relevância histórico musical e o seu exame adequado poderão suprir essa lacuna. Esse trabalho exige, porém, não apenas a consideração aprofundada das fontes conhecidas, de bibliotecas e acervos na própria região, mas sim também de outras regiões distantes e na própria Europa, uma vez que os documentos surgiram em geral no âmbito de viagens transcontinentais, de estadias temporárias, de trabalhos de exploração e colonização, de contextos migratórios, encontrando-se dispersos e em locais por vezes inesperados.


Há também um outro problema a ser considerado, o do interesse particular de pesquisadores de orientação histórica por obras musicais de maior envergadura e expressão artística, pela música considerada como representativa de uma esfera superior da cultura, seja pela música sacra, seja aquela da vida musical profana. O Brasil teve a sorte de ver revelada essa esfera de seu passado colonial a tempo no que diz respeito a algumas de suas regiões, esse, porém, não foi o caso de outros centros da vida musical nas igrejas do império português, nem mesmo em Goa e em Macao. No caso das ilhas do Índico, a existência de um patrimônio sacro-musical correspondente, ainda não descoberto, pode ser colocado em dúvida, uma vez que são regiões que experimentaram mais intensamente a presença holandesa, reformada, em época que poderia ter sido marcada pelos impulsos do Barroco.


O mesmo, porém, não pode ser suposto para a esfera musical profana, para a vida musical lírica, de teatro e de salão. Resultados de estudos nessa área poderão ser de significado para o Brasil, onde o estado da pesquisa da vida musical profana dos séculos XVIII e XIX poderia ser mais desenvolvido.


Teatro de Port Louis

A capital de Maurício, Port Louis, possui como um de seus principais monumentos históricos o teatro da cidade, um edifício construído entre 1820 e 1822.

O significado histórico do edifício tem sido salientado atraves da frequente menção de ter sido o primeiro teatro do hemisfério sul, o que, porém, não pode corresponder à verdade histórica, pelo menos nesses termos indiferenciados. Basta lembrar que pouco depois de sua inauguração, ocorrida a 11 de junho de 1822, a casa de ópera de São Paulo, embora modesta, recebia Pedro I° após o Grito do Ipiranga.

A sala de espetáculos do Teatro de Port Louis, sobretudo pela decoração do teto, atribuída a um engenheiro de nome Vandermesch, com as suas imagens de compositores, constitui um testemunho do significado excepcional da música para a sociedade mauriciana.

O entusiasmo pela música e a habilidade dos habitantes da Île de France para a execução vocal e instrumental são salientadas em relatos de viajantes europeus. Esse fascínio e essas aptidões não eram de origem recente, de meados do século XVIII e início do XIX, mas sim resultados de processos formadores da sociedade da ilha. Somente assim se explica que já à época do desenvolvimento colonial sob os franceses, na administração de Mahé de Bourdonnais (1699-1753), houvesse o desejo de edificação de um teatro.

Já em 1773 levavam-se peças em dois teatros particulares da capital, ou seja, em "teatros de sociedade". Como primeira ópera levada na Île de France tem-se apontado uma de nome Blaise et Babet, com música de Diézède, apresentada em 1790. A encenação ter-se-ia dado num depósito da Laglaine Company.

Charles Collé (1709-1783) e canções francesas

O atual edifício do teatro surgiu sob a administração britânica, no govêrno de Robert Townsend Farquhar (1776-1830). A sua inauguração deu-se com a apresentação de artistas locais, levando-se cena de uma comédia de Charles Collé (1709-1783) (La Partie de chasse de Henri IV), baseada em peça inglêsa. Apresentou-se também a ópera Maison à vendre, de Nicolas-Marie Dalayrac (1753-1809). Essa obra, escrita para a Opéra Comique de Paris, em 1800, pode ser vista como um indício do interesse dos insulanos pelo gênero operístico mais leve, o que explicaria também o papel relevante que desempenhariam músicos provenientes da Île de France na ópera cômica da própria França.

Collé fora ligado ao império de Napoleão, tendo composto, no ano de sua morte, a obra Le poète et le musicien, em rememoração da coroação do imperador. A obra de Collé preparada pelos artistas de Port Louis, foi uma das primeiras obras de maior envergadura desse então famoso chansonnier francês, apresentada em 1762. Havia sido impedida de ser apresentada em Paris até o fim do reinado de Louis XV.

Charles Collé pertenceu desde os seus anos de juventude a um grupo de artistas conhecido pelo cultivo de um estado de espírito de alegria, leveza e frivolidade, e por suas canções cheias de humor (por ex. Chansons joyeuses, mises au jour par un âne onyme, onissime), ao lado daquelas imbuídas de entusiasmo patriótico. Apesar da natureza alegre e mundana de suas produções, foi um artista de convicções conservadoras.

A escolha dessa obra, já antiga, pelos artistas de Port Louis para a inauguração do teatro, ocorrida à época da Restauração na França, mas sob a administração inglêsa em Maurício, poderia ser vista como um testemunho da persistência de uma cultura de cunho francês na ilha, assim como de uma tendência conservadora e restaurativa, apesar de todo o entusiasmo pelo humorismo, pela sátira, pela leveza e frivolidade.

León Carvalho (Carvaille) (1825-1897)

Sob esse pano de fundo, parece ser possível compreender o significante papel desempenhado por mauricianos na história musical da própria França no século XIX. O entusiasmo pela ópera cômica francesa e pelo teatro de boulevard da Île de France manifesta-se na carreira e nas atividades do cantor León Carvalho (1825-1897), nascido em Port Louis.

Carvalho foi um dos vários representantes do mundo extra-europeu que se aperfeiçoaram no Conservatório de Paris e que passaram a atuar na vida musical da capital parisiense. No período do II Império, época propícia à ascensão social de estrangeiros e de franceses provenientes das colonias (Veja textos no número 121 desta revista), atuou durante vários anos (1850-1855) como barítono na Opéra comique e no Théâtre Lyrique. Casou-se com a soprano Marie Miolan, em 1853, desde então conhecida sobretudo como Caroline Carvalho. Esta havia sido sua colega de Conservatório, quando alcançara o primeiro prêmio em canto.

Em 1856, assumiu a direção do Théâtre Lyrique. Mais tarde, em 1868, atuou em cargo de chefia de produção na Opéra (1869-1875) e passou a dirigir o Théâtre de la Renaissance. Foi diretor do Théâtre du Vaudeville, de 1872 a 1874, e, a partir de 1876, da Opéra Comique. A destruição desse edifício (Salle Favart) por um incêndio, em 1887, representou um abalo na sua carreira, uma vez que foi preso sob a acusação de negligência . A partir de 1890, assumiu novamente a direção da Opéra Comique. Várias obras de renomados compositores (Bizet, Offenbach, Delibes, Chabrier, Massenet, Thomas) foram levadas sob a sua direção. Carvalho foi, assim, uma personalidade de particular influência e projeção na vida musical francesa numa época em que vários brasileiros ali se formaram e atuaram.

Francis Thomé (1850-1909)

O compositor mauriciano que maior renome alcançou na Europa foi François-Luc-Josep Thomé, conhecido como Francis Thomé (1850-1909). Nascido em Port Louis e vindo muito jovem para Paris, estudou, a partir de 1866, piano com Antoine François Marmontel (1816-1898). Foi, assim, colega dos vários brasileiros que receberam a sua formação com esse mestre. Realizou estudos teóricos com Jules Duprato (Jules-Laurent, Anarchasis Hinard, 1827-1892), professor de harmonia do Conservatório a partir de 1871, e composição com Ambroise Thomas (1811-1896), diretor do Conservatório, também a partir de 1871. Com esses professores, em particular com Duprato, teve uma formação que o aproximou mais da música ligeira, na tradição da ópera cômica. Chegou a estudar também com César Franck (1822-1890).  Prova de sua sólida formação teórica foi o fato de ter alcançado o segundo prêmio em piano e harmonia, em 1869, e em 1870, o primeiro prêmio em contraponto e fuga.

Thomé exerceu atividades como pianista, professor de piano e crítico musical. Como compositor, alcançou renome sobretudo pelas suas peças para piano e canções. No repertório de salão e no ensino do piano alcançaram considerável difusão as suas 6 Valses pour piano op. 72 (1883),  as 20 Pièces enfantines op. 58 (1883-1896) e os 15 Préludes pour piano (1892). As suas composições para piano foram amplamente divulgadas em albuns (Oeuvres pour piano, 11 cadernos, Paris 1889-1904).

Seguindo a tradição de seus professores, criou também óperas e outras obras líricas de maior envergadura, tais como Martin et Frontin (1877), Le Caprice de la reine (1892), a ópera cômica Endymion et Phoebe, as operetas Vieil air, jeune chanson (1893), Le Château de Koenigsberg (1896), Le Chaperon rouge (1900), as músicas de cena Roméo et Juliette (1890) e o vaudeville L'Infidèle (1890). Dedicou-se também ao ballett e à composição de música para pantomimas, tal como Les Noces d'Arlequin (1885).

A formação de Thomé deu-se em época marcada por uma fascinação pelo mágico feérico, pelo mundo das lendas e fábulas, pelo Oriente e pela Espanha. Apresenta, nesse sentido, uma certa proximidade ao brasileiro Henrique Alves de Mesquita (Veja texto no Nr. 121 desta revista). Compôs, assim, um Ballett persa (Djemmah, 1886), Barbe Bleuette (1889), La Fée du rocher (1894). Ao mesmo tempo, a sua obra indica elos com a música mais leve (La Folie parisienne, 1900), Mademoiselle Pygmalion (1911).

Constata-se recentemente o despertar de um novo interesse pela obra coral e instrumental de Thomé, sobretudo também por apresentar gêneros e formações não usuais. Foi autor de uma ode sinfônica denominada de Hymne à la nuit; de um mistério de título L'Enfant Jésus, da obra orquestral Entr'acte pizzicato op. 39 b (1881), de música de câmara (Fantaisie para trompa e piano, 1902; Légende, para harpa e orquestra op. 122, 1894; Sonata, para piano e violino, 1901; Trio op. 121, 1893) e Adaptations musicales, para recitador e piano ou orquestra.

Testemunho da apreciação que gozou as obras de F. Thomé pela passagem do século foi a realização de um festival dedicado especialmente às suas obras, em 1905.

Presença de Paul et Virginie na música européia

Maurício esteve presente na vida musical de várias regiões do mundo sobretudo através de composições que se referiram a Paul et Virginie. Um colóquio internacional sobre B. de Saint-Pierre, realizado pela Universidade de La Réunion, em 2009, lembrou dos vários compositores que se dedicaram à temática, entre êles do Ballet Paul et Virginie de Rodolphe Kreutzer  (1766-1831), da ópera de mesmo nome de Jean F. Lesueur (1760-1837), a de Victor Massé (1822-1884), além de, entre os mais recentes, E. Satie (1866-1925) (c/ J. Cocteau e R. Radiguet) e Francis Poulenc (1899-1963).

Maurício na vida musical do Brasil

O romance Paul et Virginie também esteve representado por muitas décadas no repertório infantil dos alunos de piano no Brasil. Tratou-se, aqui de peças com essa designação composta por compositores não provenientes de Maurício, entre eles do belga Louis Streabbog (1835-1886).

Algumas das composições de F. Thomé foram impressas no Brasil e altamente difundidas no ensino particular de piano e em conservatórios. Assim, na série Composições Originaes para piano, da Casa Tommasi (Off. Music. C.E.M.B., São Paulo), publicou-se de Thomé Mandoline, Serenade Hespanhola (065). Aragonaise (414), Simple aveu (392) e Sous la feuilée (099). A Casa A. Di Franco, São Paulo, publicou Sous la feuillée (270). A Edição Escolar, coleção para piano preparada por João Nunes, do Instituto Nacional de Música, e editada pela Casa Arthur Napoleão/Sampaio Araújo, incluiu, de Thomé, Alsaciana. Como alguns desses títulos indicam, as obras de Thomé contribuíram, no Brasil, à difusão de um fascínio pela música espanhola.

Particular menção deve ser dada à sua composição Mandoline, para piano, na qual se refere à prática de instrumentos de cordas dedilhadas, sobretudo do bandolim, popular em várias partes do mundo em fins do século XIX. Ter-se-ia aqui a possibilidade de considerações de elos com os choros no Brasil.

(...)


Grupo redatorial
sob a direção de A.A.Bispo


  1. Observação: o texto aqui publicado oferece apenas um relato suscinto de trabalhos. Não tendo o cunho de estudo ou ensaio, não inclui aparato científico. O seu escopo deve ser considerado no contexto geral deste número da revista. Pede-se ao leitor que se oriente segundo o índice desta edição e o índice geral da revista (acesso acima). Pede-se ao leitor, sobretudo, que se oriente segundo os objetivos e a estrutura da Organização Brasil-Europa, visitando a página principal, de onde obterá uma visão geral e de onde poderá alcançar os demais ítens relativos à Academia Brasil-Europa de Ciência da Cultura e da Ciência (culturologia e sociologia da ciência), a seus institutos integrados de pesquisa e aos Centros de Estudos Culturais Brasil-Europa: http://www.brasil-europa.eu


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  1. Instrumentos no museu Villa Eureka e imagens do Teatro de Port Louis.
    Fotos H. Hülskath

 

Revista Brasil-Europa - Correspondência Euro-Brasileira 123/16 (2010:1)
Prof. Dr. A.A.Bispo, Dr. H. Hülskath (editores) e Conselho científico
órgão de
Brasil-Europa: Organização de estudos teóricos de processos interculturais e estudos culturais nas relações internacionais (reg.1968)
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Doc. N° 2550


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Música em Maurício e músicos mauricianos em Paris

Recepções no Brasil


Retomada de debates relativos a relações Maurício/Brasil do Colóquio Internacional de Estudos Interculturais da Academia Brasil-Europa/ISMPS/IBEM (São Paulo e Rio de Janeiro 2004),
em sequência a seminários de História da Música de orientação teórico cultural em contextos globais das universidades de Bonn de Colonia
Ciclo de estudos na Ilha Maurício, 2009
sob a direção-geral de A.A.Bispo

 

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