Revista

BRASIL-EUROPA

Correspondência Euro-Brasileira©

 

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Foto A.A.Bispo, Stavanger©

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Fotos A.A.Bispo, Stavanger (2012) ©Arquivo A.B.E.


 

Revista Brasil-Europa - Correspondência Euro-Brasileira 139/12 (2012:5)
Prof. Dr. A.A.Bispo, Dr. H. Hülskath (editores) e Conselho Científico
da
Organização de estudos de processos culturais e estudos culturais nas relações internacionais (reg. 1968)
- Academia Brasil-Europa de Ciência da Cultura e da Ciência -

e institutos integrados

© 1989 by ISMPS e.V. © Internet-edição 1998 e anos seguintes © 2012 by ISMPS e.V. Todos os direitos reservados
ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501

Doc. N°2930


A.B.E.


Emigração norueguesa ao continente americano
e a Leitura como causa

A "febre americana" na Noruega e o Brasil: envio de obra científica a Pedro II°

 

Imigrações constituem objetos de estudo de primordial relevância para os Estudos Culturais. Esse significado passou a ser reconhecido nas suas dimensões com o direcionamento das atenções a processos culturais nos esforços de atualização teórica de disciplinas na década de sessenta do século XX, o que levou à fundação, em 1968, da entidade que hoje constitui a Organização de Estudos de Processos Culturais em Relações Internacionais.


Ao invés de procurar estudar esferas culturais categorizadas como de cultura folk, popular, erudita ou segundo outros critérios e procurar a partir daí definir conceitos e métodos, a atenção dirigida a processos salienta aspectos dinâmicos e sistêmicos, por exemplo correntes, movimentos, fluxos, transposições de barreiras, difusões, recepções, transformações, integrações e desintegrações, procurando, através de análises, reconhecer estruturas e mecanismos.


O estudo de migrações neste sentido modifica perspectivas na consideração de imigrantes nos Estudos Culturais, uma vez que a atenção não é mais dirigida a questões tais como aqueles voltadas a contribuições ou influências deste ou daquele grupo a uma cultura qualificada como de nacional.


O direcionamento de atenções a processos e a superação de categorizações do objeto traz assim também implicações quanto à qualificação de cultura como nacional, exigindo, assim, reconsiderações de argumentos e procedimentos de literatura específica, em particular daquela de orientação nacionalista nas suas diferentes fases do passado.


O estudo de imigrações neste sentido salienta também a exigência de uma maior consideração da emigração nos países emitentes, de seus pressupostos, características e consequências. Os imigrantes no contexto receptor passam a ser estudados sob a perspectiva de serem emigrantes no seu contexto de origem, e os emigrados passam a ser estudados nos seus países de saída sob o aspecto de sua vida posterior nas regiões que o recebem.


De ambos os lados, portanto, há uma maior consideração pela situação do outro contexto, o que exige estudos de outras situações culturais em espírito de compreensão empática de outras perspectivas, fomentando as relações internacionais na pesquisa e o entendimento para além de fronteiras.


Nesse sentido, aqueles que se dedicam a estudos de imigrantes no Brasil, observando o desenvolvimento das últimas décadas na Europa, constata também um interesse maior pelos emigrados nos diferentes países europeus. Já não são tão vistos como aqueles que, abandonando o país, perderam o seu interesse para uma história considerada como nacional, passando a pertencer à história de uma outra nação, mas sim como indivíduos e grupos que merecem ser considerados em todas as fases de uma epopéia, analisando-se caracteristicas de processos em que se inserem.


Essa mudança de perspectivas, e que se registra na orientação de museus e centros de estudos de emigração europeus, corresponde também a uma orientação que deve marcar os Estudos Culturais a serviço do Esclarecimento, que não podem deixar aqueles envolvidos em processos migratórios como seres entre-mundos, já não mais pertencentes às terras de origem e ainda não pertencentes ao contexto cultural receptor.


Este também é o único caminho para que se possa analisar adequadamente situações de retornos, uma vez que os retornados trazem consigo experiências ganhas e processos de transformação cultural vivenciados em outros contextos.


Foto A.A.Bispo, Stavanger©
Superação de delimitações nacionais em estudos de emigrações européias


A consideração da emigração em países europeus perde no contexto da aproximação e integração de países europeus a sua perspectivação nacional nos respectivos contextos. Esses enfoques nem mesmo correspondem muitas vezes à realidade histórica à época da emigração, uma vez que fronteiras nacionais se modificaram no decorrer da história.


Assim, como relatado em número anterior desta revista, seria por exemplo anacrônico e inadequado considerar imigrantes boêmios no Brasil a partir de perspectivas da atual República Tcheca, uma vez que, na época de sua partida, a região de procedência pertencia ao Império Austro-Húngaro. (Veja http://www.revista.brasil-europa.eu/133/Boemia-Brasil.html)


A atenção dirigida a processos globais de emigração européia, nas suas múltiplas inserções, sobretudo político-culturais, traz assim a necessidade de consideração, sob a perspectiva dos países de imigração, de contextos europeus de origem não imediatamente envolvidos na sua respectiva história. Sob esse aspecto, a consideração da emigração norueguesa à América assume significado também para os estudos euro-brasileiros.




Atualidade de interesse na Noruega por questões emigratórias


A emigração norueguesa ao continente americano vem despertando desde a década de 80 particular interesse na Noruega, nos Estados Unidos - e também nos estudos transatlânticos e nórdicos em particular. Esse interesse manifestou-se quando da celebração da primeira emigração norueguesa organizada ao continente americano, em 1975, seu sesquicentenário, e, em 2000, pelos seus 175 anos.


Nos Estados Unidos, o centenário desse empreendimento já havia sido celebrado em 1925, quando então imprimiram-se sêlos comemorativos, sendo lembrado posteriormente no dia feriado pela remota descoberta do continente pelos nórdicos na Idade Média, o Leif Erikson Day, dia 9 de outubro. Esse dia de rememoração dos Vikings foi escolhido por ter sido aquele da chegada dos imigrantes no século XIX.


Esse relacionamento da imigração norueguesa do século XIX com o remoto descobrimento da América pelos Vikings expressou-se também nas características que foi dada à barcaça de imigrantes imitando os veículos Vikings e que realizou uma viagem da Noruega aos EUA para a Exposição Columbia de 1893.



Memória da partida do primeiro grupo de emigrantes em Stavanger


Esse centenário disse respeito à partida de um grupo de 52 pessoas que, a bordo da barcaça Restauration (Restaurasjonen, Restoration), abandonou o porto de Stavanger no dia 5 de julho de 1825. sob a direção de Cleng Peerson e do capitão L.O. Helland. Os emigrados vinham do Sudoeste da Noruega, vários de Tysvaer.


Esse empreendimento adquire naturalmente especial significado para esta cidade portuária, onde é continuamente lembrado, levando até mesmo a uma reconstrução da barcaça então utilizada. Essa nave já er velha à época da emigração, tendo sido construída em 1801. Tinha sido originalmente denominada de Emanuel, passando posteriormente a Haabet (Esperança) e, por fim, após reconstrução, a Restaurasjonen, uma designação que também parece ter um sentido religioso como as anteriores. Essa barcaça adquire um papel emblemático para as relações entre a Noruega e as Américas, em particular com os Estados Unidos.


Passagem dos emigrantes por Funchal. Noruegueses embriagados com vinho da Madeira


Essa viagem-marco da emigração norueguesa à América no século XIX adquire um interesse mais imediato para estudos relacionados com Portugal e Brasil pelo fato de uma incidência ocorrida na Madeira.


Após terem transposto o Mar do Norte e o Canal da Mancha, fazendo uma parada no porto de Lisett, onde teriam feito comércio ilegal com bebidas alcoólicas, os emigrantes seguiram à Madeira. Ao largo de Funchal, teriam encontrado um barril de vinho, embebedando-se a tripulação. O navio teria entrado no porto como barco pestilento e sem navegação ou bandeira. Teria sido alvo para os canhões do forte se um dos emigrantes não tivesse hasteado a bandeira em último momento. Os emigrantes permaneceram ca. de uma semana em Funchal, partindo no dia 7 de agosto. Atingiram New York no dia 9 de outubro, agora com 53 pessoas.


Foi o menor navio que até então atravessara o Atlântico com imigrantes. Com a sua superlotação, despertou a atenção popular. Apenas com a intervenção do presidente americano pôde o navio ser liberado e o o seu capitão liberto da prisão. Os imigrantes foram dirigidos a Kendall, Orleans County, que seria o primeiro povoamento norueguês na região.


Com o capital resultante da venda das mercadorias e do próprio navio, deu-se início à nova colonia.


Questão do motivo da emigração norueguesa ao continente americano


Uma das questões que mais tem ocupado os pesquisadores é aquela do motivo que levou à emigração de noruegueses.Tem-se salientado aqui sobretudo causas religiosas, uma vez que a maior parte dos emigrados eram quakers. (Veja e.o. o recente trabalho de estudos de Jan Patrick Faatz, Aufbruch ins gelobte Land. Wer waren die ersten norwegischen Auswanderer in die USA, Grin 2011)


Deixaram o país também adeptos de uma movimento religioso de características similares, os "haugeans", uma denominação que se explica pelo nome do líder desse grupo, Hans Nielsen Hauge (1771-1824). Próximos quanto a concepções e práticas religiosas dos Quakers, alguns deles passaram posteriormente a essa denominação.


A atenção dirige-se, assim, a movimentos de cisão no Protestantismo nórdico, e que teriam sido tão graves que levaram à decisão de procurar novas possibilidades de vida no Novo Mundo.


A compreensão da situação religiosa na região de Stavanger exige, porém, que se considere o contexto político da época de término do Império Napoleônico e da Restauração Européia.


Encontrando-se a Noruega sob a égida do rei da Dinamarca, e tendo este apoiado Napoleão, noruegueses haviam sido capiturados pelos inimigos da França, sendo alguns deles levados à Grã-Bretanha, onde entraram em contato com grupos religiosos reformados dissidentes no contexto anglicano que procuravam uma renovação ou restauração cristã em espírito do movimento do "Despertar" ou "Acordar" (Veja http://www.revista.brasil-europa.eu/136/Entusiasmo-em-Fiji.html).


Essa explicação baseia-se no fato de que um dos emigrados, Lars Larsen Geilane, tinha estado prisioneiro na Inglaterra, supondo-se ter sido êle, juntamente com três outros ex-prisioneiros - Ole Franck, Even Samuelsen e Elias Tasted - um dos introdutores das novas tendências na Noruega, país estritamente luterano. Esses dissidentes, oprimidos, mantinham contatos internacionais com quakers em outras partes do mundo, sobretudo da Inglaterra. Aqui os quakers - ou Sociedade dos Amigos - possuia uma história que remontava ao século XVII.


A comunidade Quaker da região de Stavanger enviou, em 1821, dois de seus membros, Cleng Peerson e Knud Olsen Eide à América para que sondassem possibilidades para a fundação de uma colonia. Em 1824, Cleng Peerson retornou a Stavanger, com notícias favoráveis, voltando aos Estados Unidos para preparar a chegada do grupo.


Conversão individual e retorno a uma forma de vida de simplicidade cristã e emigração


Sob o ponto de vista dos Estudos Culturais, a viagem desse grupo religioso de emigrantes pode ser considerada sob a perspectiva da imagem do continente americano na Europa. Como imbuídos da idéia da conversão individual e de uma vida de simplicidade cristã original, a América surgia como região ideal para a sua concretização.


Interpretações teológicas, baseadas em compreensão literal das Escrituras, associaram-se aqui a uma imagem que se tinha da América como continente novo, com perspectivas para a realização de um ideal de purificação interior, de restauração de uma pureza através de um "despertar" e da condução de vida segundo visualizações do cristão primitivo.


Principal agente desse movimento de tão grandes consequências foi o mencionado pregador leigo Hans Nielsen Hauge, que tinha experimentado o seu "Despertar" em 1796. Desde, então, percorrendo a Dinamarca e a Noruega, conseguiu arregimentar grande número de adeptos, criando assembléias ou conventículos. Devida à organização estatal do luteranismo na Escandinávia, essas assembléias foram proibidas, sendo o pastor condenado e preso. Após a sua libertação em 1814, agora já como líder de um movimento antes popular, atuante sobretudo nas regiões rurais e nas camadas mais simples da população.


A questão da leitura das Escrituras por leigos nas bases do movimento emigratório


Tanto esse movimento de renovação interior através de um Acordar, assim como a imagem da América foram assimiladas na Noruega através da Grã-Bretanha. A procura de uma experiência interior e pessoal de iluminação através da purificação e de retorno a uma simplicidade de vida foram anelos que explicam o movimento emigratório norueguês. O continente americano parecia oferecer condições favoráveis para o seu alcance, sobretudo por oferecer condições para a leitura bíblica por leigos livre das delimitações sentidas na situação de uma igreja institucionalizada e dirigida por clérigos com formação teológica como na Noruega.


O movimento foi, assim, nos seus primórdios, resultado da leitura das Escrituras sem a necessária preparação teológica por pessoas de camadas sociais menos favorecidas, em regiões rurais e pouco letradas, conduzida em encontros informais e sem a orientação de clérigos, mas que ganharam, dessa leitura, a convicção da necessidade de uma reforma da igreja oficial. Significativamente, eram designados como "Leitores".


A "febre americana" na Noruega


O bom desenvolvimento da colonia fundada pelos primeiros emigrados deu origem a um movimento emigratório na Noruega a partir de 1836 e que em algumas regiões do país levou à perda de quase um terço da população. Da primeira povoação em Kendall County, os imigrantes passaram à região do rio Fox, próximo de Chicago, os os colonos adquiriram terras por baixo preço do Govêrno.


Notícias dessa prosperidade foi transmitida à Noruega por um dos primeiros emigrados, Knud Anderson Slogvig, que resteve em Stavanger em 1835, o que despertou grande interesse. Duas naves foram preparadas para os emigrantes, a Norden e Den Norke Klipper, que levaram, em 1836, outros 200 emigrantes aos Estados Unidos. Outros navios com novos grupos de emigrantes deram prosseguimento ao movimento, agora, porém, já com outra motivação do que a religiosa de início. Para além das oportunidades econômicas que os Estados Unidos ofereciam, os colonos salientavam as vantagens da falta de existência de classes, a igualdade e a liberdade religiosa.


Perspectivas para pesquisas: conhecimentos do Brasil em círculos da emigração


Há indícios que o movimento de imigração norueguesa aos Estados Unidos e que foram acompanhados por uma "febre americana", também preparou um interesse pelo Brasil na Noruega.


Esses indícios, que apenas abrem perspectivas para futuros estudos, baseiam-se no fato de surgir o nome de Tollef Stub de Bergen no primeiro documento histórico referente a relações científico-culturais entre a Noruega e o Brasil no século XIX.


Em 1882, Pedro II° dirigiu-se a Tollef Stub, como vice-consul do Brasil em Bergen, pedindo que apresentasse os seus agradecimentos a a Sophus Tromholt (1851-1896) pelo envio de uma publicação com resultados de seus novos resultados de seus estudos astrofísicos. (Arquivo Nacional, Dom Pedro II e a cultura. Pesquisa de M. W. de Aragão-Araújo, Rio de Janeiro 1977, doc. 1237, pág. 214).


A menção desse vice-cônsul levanta questões. Se o mesmo referir-se a Tollef Ravn Stub (1816-1880), este já havia falecido dois anos antes. É possível que a chegada da publicação no Brasil e consequentemente a resposta do Imperador tenha sido demorada, o que explicaria ter sido a mensagem enviada em ano na qual Tollef Stub já não mais vivia.


Se houver identidade de nomes - o que apenas pesquisas mais aprofundadas poderão esclarecer - então tem-se aqui uma personalidade estreitamente relacionada com a imigração norueguesa.


Sabe-se que Tollef Stub era homem do mar, tendo atuado como capitão no período da intensificação da emigração norueguesa à América em meados do seculo XIX. O seu nome surge como capitão da nave Peder Schreuder, que partiu de Bergen no dia 8 de maio de 1845, alcançando New York no dia primeiro de julho desse ano. Nesse nave viajaram emigrantes noruegueses à colonia de Muskego, em Racine, Wisconsin, cujo primeiro pastor luterano foi Hans Andreas Stub (*1822).


Tendo sido o vice-cônsul Tollef Stub o mediador entre Sophus Tromholt e Pedro II°, é provável que tenha a êle informado o interesse científico do Imperador brasileiro, cuja erudição conhecia atraves de suas relações com o continente americano, incentivando-o a enviar um exemplar de sua publicação ao Brasil.



Grupo de estudos sob a direção de

Antonio Alexandre Bispo




Todos os direitos relativos a texto e imagens reservados. Reproduções apenas com a autorização explícita do editor.

Indicação bibliográfica para citações e referências:
Bispo, A.A. "Emigração norueguesa ao continente americano e a Leitura como causa. O renome de erudição de Pedro II° na história das relações Noruega/Brasil". Revista Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira 139/12 (2012:5). http://www.revista.brasil-europa.eu/139/Emigracao-norueguesa.html






  1. Observação: o texto aqui publicado oferece apenas um relato suscinto de trabalhos. Não tendo o cunho de estudo ou ensaio, não inclui aparato científico. O seu escopo deve ser considerado no contexto geral deste número da revista. Pede-se ao leitor que se oriente segundo o índice desta edição e o índice geral da revista (acesso acima). Pede-se ao leitor, sobretudo, que se oriente segundo os objetivos e a estrutura da Organização Brasil-Europa, visitando a página principal, de onde obterá uma visão geral e de onde poderá alcançar os demais ítens relativos à Academia Brasil-Europa de Ciência da Cultura e da Ciência (culturologia e sociologia da ciência), a seus institutos integrados de pesquisa e aos Centros de Estudos Culturais Brasil-Europa: http://www.brasil-europa.eu


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  3. Não deve ser confundida com outras instituições, publicações, iniciativas de fundações, academias de letras ou outras páginas da Internet que passaram a empregar designações similares.