O Internacional e o estudo de internacionalizações. Revista BRASIL-EUROPA 135/13. Bispo, A.A. (Ed.). Academia Brasil-Europa e ISMPS





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BRASIL-EUROPA

Correspondência Euro-Brasileira©

 

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Fotos A.A.Bispo
©Arquivo A.B.E.

 

Revista Brasil-Europa - Correspondência Euro-Brasileira 135/13 (2012:1)
Prof. Dr. A.A.Bispo, Dr. H. Hülskath (editores) e Conselho Científico
da
Organização Brasil-Europa de estudos teóricos de processos inter- e transculturais e estudos culturais nas relações internacionais (reg. 1968)
- Academia Brasil-Europa -
de Ciência da Cultura e da Ciência

e institutos integrados

© 1989 by ISMPS e.V. © Internet-edição 1998 e anos seguintes © 2012 by ISMPS e.V. Todos os direitos reservados
ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501

Doc. N° 2854


Academia Brasil-Europa


O internacional de fundamentação político-ideológica
e o estudo cultural de internacionalizações
Questões relativas ao discurso atual da internacionalização da ciência
reflexões na cidade de Ho-Chi-Minh


Ciclo de estudos Vietnam/Brasil da A.B.E.. Museu Nacional, Ho-Chi-Mihn

 
Vietnam-Propaganda política

Os intuitos recentes de organizações de fomento à pesquisa e de órgãos oficiais em promover a internacionalização da ciência ou uma ciência sem delimitações, o que, em linhas gerais, corresponde à orientação que a A.B.E. vem dando há décadas a seus trabalhos, inserem-se em processos culturais e político-culturais, tornando-se, assim, êles próprios objetos de análise.

Os science studies, que segundo a proposta da A.B.E. devem necessariamente acompanhar os estudos culturais, exigem que a própria atenção dada à internacionalização da ciência no presente seja questionada quanto às suas inspirações, origens, razões, objetivos e rêdes envolvidas.

Esse direcionamento da atenção traz à consciência que esse intuito internacionalizador não diz respeito apenas à constituição de rêdes de estudiosos, mas implica também em questões relativas à internacionalidade de esferas de conhecimento e áreas disciplinares, ou seja, a uma ciência sem delimitações.

Se a discussão teórica concentrou-se nas últimas décadas sobretudo em questões de inter- e metadisciplinaridade, esse desenvolvimento atual traz novamente, de forma singular, ao centro das atenções conceitos relacionados com o binômio nacional/internacional. A discussão marcada por esses conceitos não é nova, de modo que, para ser retomada de forma refletida, exige que se considere os diferentes contextos em que o conceito da internacionalidade na esfera das ciências e dos conhecimentos em geral se inseriu no passado.

Já tendo decorrido décadas desde a queda do muro de Berlim, do fim da República Democrática Alemã e da União Soviética, com a consequente perda de significado da teoria marxista, obscureceu-se a consciência de ter sido a internacionalidade conceito de fundamental importância no edifício de concepções e no discurso político e que essa marcava decisivamente o desenvolvimento e a prática científica nas suas diversas esferas, em particular também naquelas das ciências humanas e, portanto, dos estudos culturais. Entretanto, essa compreensão ideológica do termo ainda continua vigente em alguns países e em determinados contextos.

Os intuitos presentes da internacionalização da ciência, mesmo se compreendido no sentido de uma internacionalização na constituição das rêdes dos pesquisadores envolvidos, não pode deixar de considerar que há estudiosos que entendem o internacional no contexto de um edifício ideológico mais amplo. Interesses, questionamentos, perspectivas e até mesmo procedimenos e rêdes de trabalho de países capitalistas são relativados histórico-politicamente sob enfoques determinados por visões ideológicas de uma luta de classes em processo de cunho evolutivo transepocal e internacional, no qual os próprios intentos internacionalizadores da atualidade se inseririam. Estes, assim podem surgir como sendo propostas anti-progressistas e reacionárias.

Por parte daqueles estudiosos provenientes de contextos culturais e países não marcados ideologicamente por concepções marxistas e suas derivações, são essas situações predominantes sobretudo em países comunistas que surgem como expressões de uma época passada, ou seja, de uma fase da respectiva história política, destinadas a serem ou esquecidas, silenciadas ou pelo menos objeto de análises críticas.

Há, assim, uma discrepância quanto ao enfoque de processos internacionalizadores e que dificulta a cooperação entre pesquisadores caso seja esta conduzida de forma mais profunda e fundamentada teóricamente.

Em ambos os casos trata-se de uma questão de compreensão da história: as intenções de fomento à internacionalização da ciência e à uma ciência sem delimitações surgem de um lado como shows, como dispendiosos veículos de propaganda em subserviência a interesses capitalistas, contraproducentes e retroativas num processo compreendido como de progresso histórico, sendo que a posição contrária desqualifica essa crítica considerando-a como fundamentada em ideologia que representa, ela mesmo, expressões de situações históricas e que, tendo levado a resultados negativos, foi superada e pertence a um passado do qual restam apenas alguns relitos.

Esse quadro, aqui traçado em linhas sumárias, permite que se comprenda as questões que devem ser levantadas relativamente a programas atuais de fomento da internacionalização da ciência e de uma ciência sem delimitações.

Esses problemas foram previstos e vêm sendo considerados pela A.B.E. há decadas, ou seja: estudos de processos culturais e da cultura em relações internacionais necessitam ser desenvolvidos em estreito relacionamento com análises dos próprios pressupostos do trabalho científico, das rêdes, das instituições envolvidas e das correntes de pensamento (science of science), sendo que possíveis riscos de uma instrumentalização da ciência para fins político-culturais e de representação devem estar continuamente presentes nessas preocupações de reflexão e auto-reflexão. (Veja objetivos da Organização Brasil-Europa: http://www.brasil-europa.eu/Brasil-Europa/Portal.html)

O escopo assim delineado, porém, não é fácil de ser alcançado. Em ambas os contextos e posicionamentos o pesquisador confronta-se com resultados de trabalhos até hoje desenvolvidos e que surgem, em análise mais cuidadosa, como expressões de interpretações e visões decorrentes de perspectivações na compreensão de processos históricos.

Há, assim, determinadas áreas de estudos culturais que de forma cada vez mais imperiosa manifestam a necessidade de reconsiderações dos fundamentos teóricos e dos pressupostos de edifícios construídos e que, por longo tempo inquestionados, passaram a ser aceitos como evidentes. Essa evidência com que surgem determinados modêlos explicativos de expressões, fatos e ocorrências parece ser sobretudo resultado de processos de cunho formativo ou educativo; aqueles assim formados aceitam determinadas visões e interpretações, identificam-se nem sempre de forma consciente com correntes da história das idéias e suas rêdes, o que dificulta, pela falta de distância, a disposição para o reconhecimento e a solução de questões que se levantam.

A relevância, a atualidade e mesmo a premência desses problemas relativos ao discurso marcado pelo conceito da internacionalização na ciência manifestam-se no contato entre pesquisadores e instituições marcados por contextos e países com diferentes sistemas políticos.

De diferentes lados surgem acusações ainda que silenciosas de defasagem quanto à inserção em processos temporais. O pesquisador proveniente de contextos e países nos quais o comunismo surge como ideário e sistema de uma época passada, superada da história, sente-se transportado no tempo, deslocado ao passado, reconhecendo na retórica da propaganda, na literatura, nas encenações e nas próprias características da comunicação visual e musical expressões do próprio passado do seu contexto ou país, ou seja,como historicamente internacionais. O intento internacional da retórica dessas expressões, que procura ser progressista, avançado, dirigido ao futuro, torna-se nessa outra ótica paradoxalmente antiquado. A intensidade dessa ambivalência manifesta-se no impacto que causa a onipresença da propaganda, expressa ou velada. sentida por aquele que vem de fora. A situação oposta, ou seja, a da visão da realidade de países capitalistas por parte de observadores vindos de contextos marcados por outras concepções do Internacional e da solidariedade internacional poderia ser descrita em termos similarmente críticos.

Tais reflexões podem ser privilegiadamente encetadas no âmbito de estudos culturais voltados a relações internacionais desenvolvidos em países como o Vietnam.

A cidade de Ho-Chi-Mihn - Saigon -, apresenta ao observador externo que procure perceber e compreender a vigência de processos culturais sob a perspectiva do debate sôbre a internacionalização um quadro complexo e instigante.

Numa fisionomia urbana marcada por edifícios do passado, sobretudo por construções monumentais e representativas da época colonial francesa, apresentando uma arquitetura que poderia ser encontrada em outras cidades históricas do mundo, o movimento de libertação sob a perspectiva do comunismo vitorioso se encontra continuamente presente em monumentos, exposições ao ar livre e em grandes cartazes de conteúdo encomiástico em ruas e praças, e que manifestam evidentes intenções de formação e manutenção de consciência histórica e política da população quanto ao pertencer a um movimento revolucionário de dimensões internacionais. Exemplo espressivo é o do monumental edifício dos correios da época colonial francesa e que apresenta, no seu imponente saguão, grande retrato de Ho Cho Minh.

Escolares em Saigon

Ao mesmo tempo, o observador percebe por toda a parte sinais de uma nova internacionalização em lojas de artigos de luxo e edifícios de arquitetura atual que, na internacionalidade de seus padrões, podem ser encontrados em qualquer metrópole do globo.


2010/11 - comemorações de 80 anos de datas do movimento revolucionário

A atualidade dessas reflexões no Vietnam se justificam pelo fato de ali se comemorar, em 2010 e em 2011, datas históricas consideradas como marcos de um movimento revolucionário de libertação do colonialismo.

No centro de Saigon, na praça fronteiriça a seu famoso Teatro Municipal, encontra-se uma exposição permanente de documentos da história das últimas décadas da história do Vietnam, marcadas que foram sobretudo pelas atrocidades de guerras. Em textos, fotografias e cartazes a população é informada documentadamente a respeito do desenrolar dos acontecimentos, mantendo constantemente presente a história, esta, porém, interpretada no sentido de uma luta difícil mas vitoriosa, cuja memória e comemoração são deveres e cujos princípios condutores devem determinar o futuro.


O observador é levado a recordar que há 80 anos, em 1930, fundou-se o Partido Comunista local. O movimento que levou à mudança do sistema foi marcado inicialmente por greves e demonstrações nos seringais do sul do Vietnam e em fábricas do país, cuja violenta repressão causou mortes e destruições. A sua organização e direcionamento obteve o movimento do Partido, que passou a liderá-lo, fato decidido em reunião do Comitê Central sob Ho Chi Minh, levada a efeito em Saigon. Comunidades camponesas criadas pelo Partido assumiram o poder em muitos municípios com a formação de Conselhos, levando ao término do sistema colonial. Sob o signo soviético, em ações lideradas por Pho Nguyen Sac, estabeleceram-se órgãos de trabalhadores e camponeses e a guarda vermelha, da qual se desenvolveria mais tarde o exército popular. A luta contra o poder colonial marcou com as suas atrocidades o início da década de 30 e, com a retomada do controle pelos europeus, Ho Chi Minh fugiu para a China. A visão histórica salientada é voltada à continuidade que teria vigorado á revolução nesse período de recuo, levando por fim à vitória em 1945. Esse fato é considerado como fato pioneiro da luta revolucionária internacional no Sudeste da Ásia.

O significado dado à juventude na cultura comemorativa vietnamesa

O direcionamento ao futuro da interpretação histórica de um movimento revolucionário visto como internacional se manifesta sobretudo no significado emprestado à União da Juventude Comunista Ho Chi Minh, fundada a 26 de março de 1931 como União da Juventude Trabalhista Ho Chi Minh por motivo da passagem dos seus 80 anos em 2011. O visitante é informado que essa União remontou ao segundo congresso do Comitê Central do Partido Comunista do Vietnam, levado a efeito de 23 a 26 de março de 1931 e que dedicou a sua maior atenção ao papel da juventude, em particular às ações a serem desenvolvidas a nível local. Entretanto, o visitante também toma conhecimento que essa data de fundação da União foi determinada retroativamente, decidida em 1961 durante um congresso nacional do Partido Comunista do Vietnam.

A exposição oferece documentos de uma complexa história, apresentada numa linha de continuidade que leva às atividades atuais da União. Assim, fotografias de sessões festivas de premiações e oferecimentos de comendas a jovens que se destacaram nas atividades da organização procuram demonstrar a vitalidade de suas estruturas e do seu sempre jovem escopo. Um exemplo a ser citado é o da documentação das cerimônias levadas a efeito às vésperas do ano comemorativo de 2011, ou seja, em 2010. Nessa Cerimônia de Premiação Ho Hao Hon, jovens e crianças receberam medalhas do Secretário permanente da organização, o Deputado Nguyen Van Duo.
É à luz da presença e da participação da juventude - ao lado dos trabalhadores e camponeses - que é apresentada na exposição o decorrer histórico-político do Vietnam.
Fotografias de jovens gritando "US go home" são apresentadas ao lado do culto à memória de jovens heróis e mártires da guerra, como a de Nguyen Viet Xuan, apresentado como modêlo para as novas
gerações pelo seu patriotismo demonstrado em ações na guerra.

Uma fotografia da Comuna Phu My Hung, de 30 de agosto de 1965, mostra jovens de muito pouca idade que, segundo os dizeres, desejavam ardentemente lutar para a libertação do país.

A participação de estudantes universitários no movimento surge
como principal foco das atenções. Como um mártir do movimento celebra-se a memória de Nguyen Thai Binhi, o estudante que proferiu conferência nos Estados Unidos pedindo o término da Guerra, sendo assassinado ao voltar, em 1972.
Greves de estudantes são particularmente consideradas, por exemplo a da demonstração da Escola Ca Thang, em 10 de março de 1970.

Também a participação feminina é salientada, dando-se como um exemplo fotografia de estudantes da Escola Du Tri em protesto pelo massacre de vietnameses que residiam na Cambodja.

Mesmo a arregimentação de crianças através da "unidade de comunicação aberta" da Liga da cidade é apresentada como documento da ampla participação de futuras gerações no movimento. 

   
A função do Comitê Estudantil do Partido é salientada na documentação, em particular do seu secretário Dun Van Day (nome secreto Bay Khong) com o seu grupo de segurança nas ações de base da Liga da Juventude Comunista da cidade.

De particular interesse para os estudos culturais são os documentos que registram ações culturais, sobretudo teatrais a serviço do movimento nos anos 60 e 70. Uma delas, por exemplo, documenta a ação de um grupo de universitários que, com ferramentas de trabalho de campo, andavam pelas ruas, representando nas esquinas. O lema dessas ações era "Vamos cantar para o nosso povo" ou "Vamos cantar todos juntos", e o seu objetivo era o de promover a confraternização, a solidariedade e, expressamente, promover ondas que, na mesma vibração e entusiasmo, permitissem a difusão do movimento na população.


A presença da juventude estudantil no término da Guerra é demonstrado com uma fotografia que testemunha a presença de milhares de estudantes no dia 30 de abril de 1975 na entrada de tanques na Praça da Independência, terminando a guerra contra os Estados Unidos, celebrada como de resistência, de libertação do Sul do Vietnam e de reunificação do país.

Significado para o discurso relativo à internacionalização da ciência

A exposição revela-se, asim, como um repositório de documentos de significado para estudos histórico-culturais do papel de estudantes à época da Guerra do Vietnam. O papel do movimento estudantil, de significado para análises das décadas de 60 e 70 de vários países do mundo, inclusive no Brasil, adquire com esse material uma complementação importante. (http://www.revista.brasil-europa.eu/115/Tema.htm) A participação em movimento internacional pode ser assim estudado de forma diferenciada nas suas inserções em países de diferentes sistemas políticos e contextos culturais. Ao mesmo tempo, surgem como expressão de uma época.

Estudantes que então participaram nessas ações passaram a ocupar nos diferentes países posições na pesquisa, no ensino, na cultura e nas artes. Se algumas dessas personalidades se distanciaram dos princípios então defendidos de uma solidariedade internacional a partir de concepções fundamentadas ideologicamente na noção de um movimento internacional de lutas, outras as mantiveram, ainda que de forma modificada ou adaptada às circunstâncias. No Vietnam, porém, trata-se ainda de uma época que não é considerada como encerrada, mas sim como um desenvolvimento contínuo, sem solução de continuidade.


À luz dessas considerações, o significado dado à educação observado no Vietnam exige particular atenção. Nas ruas e praças de Ho Chi Minh pode-se constatar o papel concedido à formação do sentido comunitário e de solidariedade das crianças e jovens em práticas escolares. Essa formação tem o sentido de manter a continuidade de um movimento considerado como internacional, garantindo a sua vigência no futuro.


Essa situação problemática de diferentes e por vezes contraditórias concepções relativas ao internacional e à internacionalização, constatada de forma particularmente intensiva no caso do Vietnam, chama a atenção à necessidade de reflexões teoricamente mais aprofundadas e diferenciadas no discurso atual de fomento da internacionalização da ciência.

Grupo de estudos sob a direção de
Antonio Alexandre Bispo




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Indicação bibliográfica para citações e referências:
Bispo, A.A. "O internacional de fundamentação político-ideológica e o estudo cultural de internacionalizações. Questões do discurso atual da internacionalização da ciência - reflexões na cidade de Ho-Chi-Minh". Revista Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira 135/13 (2012:1). http://www.revista.brasil-europa.eu/135/Ideologia-do-Internacional.html



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