Minorias alemãs no Brasil e na Romênia: Protestantismo. BRASIL-EUROPA 134/17. Bispo, A.A. (ed.). Academia Brasil-Europa e ISMPS





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BRASIL-EUROPA

Correspondência Euro-Brasileira©

 

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J. Honterus, Kronstadt. Foto A.A.Bispo

J. Honterus, Kronstadt. Foto A.A.Bispo

Hermannstadt, Sibiu. Foto A.A.Bispo

Hermannstadt, Sibiu. Foto A.A.Bispo

Hermannstadt, Sibiu. Foto A.A.Bispo

Hermannstadt, Sibiu. Foto A.A.Bispo
Hermannstadt, Sibiu. Foto A.A.Bispo

Hermannstadt, Sibiu. Foto A.A.Bispo

Hermannstadt, Sibiu. Foto A.A.Bispo

Hermannstadt, Sibiu. Foto A.A.Bispo

Hermannstadt, Sibiu. Foto A.A.Bispo

Fotos A.A.Bispo
©Arquivo A.B.E.

 

Revista Brasil-Europa - Correspondência Euro-Brasileira 134/17 (2011:6)
Prof. Dr. A.A.Bispo, Dr. H. Hülskath (editores) e Conselho Científico
da
Organização Brasil-Europa de estudos teóricos de processos inter- e transculturais e estudos culturais nas relações internacionais (reg. 1968)
- Academia Brasil-Europa -
de Ciência da Cultura e da Ciência

e institutos integrados

© 1989 by ISMPS e.V. © Internet-edição 1998 e anos seguintes © 2010 by ISMPS e.V. Todos os direitos reservados
ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501

Doc. N° 2826


A.B.E.



Minorias e Educação em situações de pluralidade étnica e cultural
Grupos populacionais de ascendência alemã no Brasil e na Romênia II:
Protestantismo e ensino

Ciclo de Estudos da A.B.E. em Siebenbürgen/Transilvânia. Brașov/Kronstadt e Sibiu/Hermannstadt

 

Nos estudos culturais relacionados com a imigração e a colonização alemã no Brasil, a questão confessional assume particular significado. A liberdade maior ou menor de construção de igrejas, da celebração de cultos e de escolas no país católico foi assunto constantemente considerado e impõe-se, hoje, aos pesquisadores que se utilizam de fontes do passado.

Os estreitos elos do Protestantismo sobretudo com o idioma e a cultura de imigrantes provenientes do país da Reformação fizeram com que desempenhasse papel particularmente relevante na manutenção da língua, da consciência histórica e da identidade cultural desses grupos populacionais.

Forum RS. Escola Superior de Teologia. São Leopoldo
Assim, os estudos culturais voltados à imigração não podem deixar de considerar a função exercida pela Igreja Evangélica e, reciprocamente, os estudos religiosos do Protestantismo no país merecem ser considerados sob perspectivas teórico-culturais relacionadas com a imigração e processos de identidade cultural. O significado dessas relações foi salientado em simpósio internacional realizado na Escola Superior de Teologia de São Leopoldo no âmbito do Forum Rio Grande do Sul do Congresso Internacional de Estudos Euro-Brasileiros da A.B.E., em 2002.

Sob esse aspecto, surge como significativo, e mesmo necessário, considerar relações entre o Protestantismo, o cultivo do idioma alemão, a formação escolar e a vida cultural em comunidades de origem alemã em outras regiões do mundo marcadas pela colonização.

Um desses casos, e particularmente importante, é o da colonização alemã de regiões que hoje pertencem à Romênia, em particular de Siebenbürgen/Transilvania.

Reformação e ensino em regiões de colonização alemã na Europa: Siebenbürgen

A imigração alemã a esse território remonta à Idade Média, quando foi fomentada pelo rei da Hungria. Sendo acompanhada pela atividade de expansão católica de ordens, levando à formação de mosteiros e igrejas; o patrimônio arquitetônico dessas regiões testemunha a intensidade do Catolicismo nessas regiões colonizadas pelos alemães (veja http://www.revista.brasil-europa.eu/134/Teuto-Romenos-Igrejas.html).

Assim, a cidade de Brașov/Kronstadt, foi fundada pelos cavaleiros da Ordem Alemã no início do século XIII como a cidade da Ordem mais a sudeste nos Siebenbürgen. Essa cidade, denominada de Corona, que teve que ser abandonada pelos cavaleiros em 1225, que se estabeleceram no Báltico, tornou-se um dos principais centros religiosos, culturais e econômicos do território em que se estabeleceram os alemães.

A Reformação nesses territórios entre a Europa Central e o Sudeste europeu foi intensa, marcando o desenvolvimento cultural posterior e a identidade das comunidades. Introduziu-se a bíblia traduzida para o alemão, o ensino catequético obrigatório, em alemão, e fomentou-se a prática do hinário em língua alemã. Esses fatores contribuiram a que o alemão de Lutero se tornasse língua escrita, fomentando a unificação dos diferentes grupos de colonos que, na língua falada, praticavam diferentes tradições dialetais.

A Reforma trouxe uma profunda modificação do sistema escolar. A igreja e a escola, esta devido a seus vínculos confessionais, tornaram-se os principais centros do cultivo do alemão, garantindo a sua manutenção através dos séculos. A pregação e o ensino em língua alemã foram fatores decisivos para a conservação do idioma.

Ginasio Hermannstadt, Sibiu. Foto A.A.Bispo

J. Honterus (1498-1549): Reforma, Humanismo, Cosmografia e Formação Escolar

Johannes Honterus, de Kronstadt, surge como o mais significativo representante da Reforma e do Humanismo dos "saxões siebenburgueses". Foi personalidade de múltiplos talentos, impressor e artista, astrônomo, geógrafo, cientista natural, escritor, perito em jurisprudência, político e pastor.  (Humanismus in Ungarn und Siebenbürgen:Politik, Religion und Kunst im 16. Jahrhundert. Ulrich Andreas Wien, Krista Zach, Böhlau, 2004)

Honterus não apenas lançou as bases da igreja reformada na região de Siebenbürgen, mas sim também de uma nova escolaridade. A escola de Kronstadt, reorganizada, transformou-se em ginásio humanístico. Ainda que o sistema de ensino continuasse a seguir a tradição medieval das artes liberais, sendo as disciplinas ordenadas segundo os princípios do Trivium e do Quadrivium, passou-se a dar maior pêso à cultura escrita, cultivando-se tanto o latim quanto o grego. Em alguns casos, chegou-se a proibir que os alunos falassem alemão nos intervalos de aulas, para que melhor exercitassem a língua latina.
A importância de Honterus na memória de Brașov/Kronstadt manifesta-se no monumento a êle levantado ao lado da "Igreja Negra", a principal da cidade. Essa estátua apresenta o reformador com um livro aberto, no qual, significativamente, se encontram gravados "reforma de livros" e "formação escolar".
A estátua de Honterus encontra-se ao lado do edifício onde se localizou a biblioteca da cidade e de frente à instituição que traz o seu nome, o Liceu
Teórico Johannes Honterus, uma escola que hoje atua em parceria com a Alemanha.

Nas placas gravadas no pedestal do monumento, apresenta-se as duas principais faces de Honterus: a de pastor, na assistência ao povo, e, a de educador e impressor.

Gramática latina e cosmografia - conhecimentos do continente americano

Após ter estudado em Viena, Honterus exerceu atividades de docência na
Universidade de Cracóvia entre 1530 e 1533, publicando uma gramática latina e uma cosmografia que alcançaram considerável difusão. A sua gramática foi republicada entre 1532 e 1562, e reeditada posteriormente 15 vezes; a sua cosmografia, saída à luz em Cracóvia, em 1534, foi republicada cinco vezes na Basiléia, entre 1534 e 1585, assim como em Veneza, em 1599.

Entre os anos de 1530 e 1533, Honterus esteve na Basiléia, um dos principais centros europeus da edição de obras humanísticas e geográficas. Trabalhando na edição de obras de escritores antigos, entre êles Claudius Claudianus e Cyrus Prodromus, e especializando-se na técnica de impressão de gravuras em madeira, realizou mapas astronômicos baseados em Albrecht Dürer (1471-1528). Em 1532, publicou o primeiro mapa da região de Siebenbürgen.

A atuação de Honterus na Basiléia levanta a questão, na pesquisa especializada, sobre os conhecimentos que ali ganhara a respeito do continente americano. O mapa Cosmographia introductio, impresso em 1507, trazia já um contorno do continente americano(Konfessionsbildung und Konfessionskultur in Siebenbürgen in der Frühen Neuzeit, ed. Volker Leppin,Ulrich A. Wien. Wiesbaden: Franz Steiner 2005, 120).

Retornando a Kronstadt, em 1533, Honterus tornou-se membro do conselho municipal em 1536. Em 1539, fundou uma tipografia que desempenhou papel de fundamental relevância para a propagação das idéias reformadas. Foi a segunda a publicar livros na região, seguindo a de Lukas Trappolder em Hermannstadt, fundada em 1529.

Em 1543, publicou um opúsculo sôbre a Reforma, lançando as bases da protestantização dos alemães da região. Transformou, com a sua Constitutio Scholae Coronensis, a escola local em ginásio de humanidades. Em 1540, tornou-se pastor da cidade, e, em 1547, sugeriu a edificação da primeira biblioteca de Kronstadt.

Publicou várias obras de autores latinos, um Compêndio de Direito Civil e uma coleção de odes e cantos. Com a sua reelaboração literária do livro de geografia Rudimentum cosmographiae em hexâmetros latinos (1542), acompanhado de 16 mapas em gravuras de madeira, tornou-se internacionalmente conhecido. (Ivan Kupcík, Alte Landkarten von der Antike bis zum Ende des 19. Jahrhunderts, Hanau: Dausien, 6a. ed. 1990, 1a. ed. Praga 1980, 121)


Friedrich Teutsch (1852-1933): bispo, reitor e historiador

A vida intelectual e cultural dos alemães no Siebenbürgen foi fundamentalmente determinada por organizações, sociedades e coros de natureza religiosa. Também e sobretudo as escolas foram por séculos instituições vinculadas às comunidades. A educação, os conteúdos e os métodos de ensino foram marcados por concepções evangélicas e seguiram desenvolvimentos da história protestante.

O papel dos pastores foi particularmente decisivo na região de Siebenbürgen, uma vez que desempenhavam também funções político-administrativas, tornando-se as principais personalidades nas comunidades, cuja autoridade superava por vezes a dos burgomestres. A importância da Igreja cresceu ainda mais com a perda da auto-administração dos povoados dos "saxões" no século XIX. Essa aumento de significado relacionou-se com questões de identidade.

Com a integração na Hungria, então parte da Dupla Monarquia austro-húngara, porém com autonomia interna, a região de Siebenbürgen foi sujeita a política de magiarização. A resistência a essa perda de identidade deu-se através de aspectos diferenciadores da comunidade, sobretudo aqueles relativos ao idioma, à confissão religiosa e à cultura em geral. Neste contexto, o ensino escolar desempenhou papel fundamental.

Se a memória de Brașov/Kronstadt é marcada pelo vulto de Honterus, a de Sibiu/Hermannstadt, o outro principal centro religioso, cultural e econômico da região dos Siebenbürgen, o é pela personalidade e obra do bispo Friedrich Teutsch. A sua presença é marcada na cidade pelo seu monumento à frente da igreja luterana e pelo seu nome na designação do centro de diálogo e cultura da igreja evangélica.

Nascido em Schäßburg, onde frequentou a escola dirigida pelo seu pai Georg Daniel Teutsch, Friedrich Teutsch estudou na Academia de Direito de Hermannstadt, assim como em Heidelberg, Leipzig e Berlin, onde se dedicou à Teologia e à História. Com experiência de docência na Alemanha, tornou-se diretor do Seminário de formação de professores de Hermannstadt, em 1889, continuando a exercer atividades como pastor. Em 1903, tornou-se pároco da cidade de Hermannstadt, em 1906 bispo dos saxões-siebenburgueses e, em 1927, bispo da Igreja Evangélica da Romênia e membro do Senado. Como historiador, deu continuidade à obra de seu pai, concluindo a História dos Saxões de Siebenbürgen, além de publicar numerosos estudos sôbre a história da região.


Do ensino em Sibiu/Hermannstadt à época da colonização alemã no Brasil

Em fundos bibliográficos obtidos no "Centro de Cultura Friedrich Teutsch", pode-se considerar com mais pormenores a situação do ensino escolar em Hermannstadt à época inicial da colonização alemã em regiões do Sul do Brasil. O objetivo, aqui, foi o de ganhar uma visão geral dos princípios, dos métodos e dos conteúdos do ensino em regiões marcadas pela cultura de origem colonial alemã em situação de necessidade de fortalecimento da identidade cultural. Deu-se particular atenção ao papel desempenhado pelo ensino das ciências.

Exemplo: Programa do Ginásio de Hermannstadt de 1857/8

As instituições de ensino de Hermannstadt, integradas, eram o Ginásio, a Escola Real, a Escola Principal e o Seminário de Professores. O diretor do ginásio nessa época era Josef Schneider, professor de Latim, Lógica e Psicologia Empírica. Michael Fuß lecionava Grego, História Natural e Hebraico, Wilhelm Kapesius Latim e História, Gottfried Kapesius Latim, Grego e Alemão, Karl Fuß Latim, Matemática e Física, Johann Klein, Latim e Alemão, Karl Schwarz, Grego, Alemão e História, Ruldof Severinus Religião, Latim e Alemão, Johann Kisch, Grego, Geografia, História e História Natural, Ludwig Reissenberger Matemática, História Natural e Física, Karl Dietrich, Latim e Alemão, e Martin Malmer, Religião, este último também professor no Seminário de Formação de Professores, entidade vinculada ao Ginásio.

No Seminário de Professores, estudava-se Introdução aos Textos Bíblicos, Dogmática, Liturgia, Leitura Bíblica, Alemão, Psicologia e Lógica, Prática de Pregação, Homilética, Pedagogia, Pomologia, Geografia e História, Aritmética prática, Canto e Violino, e Música de Banda (Harmoniemusik).

O professor de canto e violino era Michael Theil, o de banda, Josef Pössel. O canto era ensinado em todas as classes inferiores do Ginásio e da Realschule, em cinco unidades, cada uma com duas horas de aula semanais. Nelas eram praticados hinos comunitários, cantos populares a uma e duas vozes, assim como cânones a três e quatro vozes. Todos os alunos eram obrigados a tomar parte nessas aulas, com exceção daqueles que estudavam música em aulas particulares. Além do mais, 36 alunos de classes mais avançadas do Ginásio tomavam parte em quartetos com repertório de cantos profanos, com duas aulas semanais, sob a direção de Malmer Theil.


Publicado pelo diretor do ginásio, o caderno com o programa de estudos do Ginásio de 1857/58 testemunha a divulgação regular de artigos de natureza científico-natural de autoria de professores da instituição. Assim, deu-se continuidade à publicação de um trabalho sobre "Os besouros de Siebenbürgen" de Karl Fuß. Para esses trabalhos de classificação, o autor teve de basear-se em obras de autores que consideravam espécimes das diferentes partes do mundo. (Programm des Gymnasiums A.C. zu Hermannstadt und der mit demselben verbundenen Lehranstalten für das Schuljahr 1857/8, Hermannstadt: Druck der Diözesan-Druckerei, 1858).

O programa inclui tópicos dos assuntos tratados nas várias classes. De particular interesse sob o aspecto cultural são os temas tratados em aulas de Geografia e História. Das indicações a respeito das obras utilizadas, toma-se conhecimento do teor dos conhecimentos então existentes a respeito da história e da geografia concernentes ao continente americano, em especial ao Brasil.

Naturalmente, o foco de atenção era a história da Áustria-Hungria, à qual pertencia a região. Assim, na quarta classe, com três horas semanais, estudava-se a história da era moderna segundo a disciplina "conhecimento pátrio popular", introduzido por uma súmula tabelar dos principais momentos da história austríaca sob especial consideração do crescimento da monarquia austríaca até a sua configuração da época segundo a "Oesterreichische Vaterlandskunde" e "Kronländer", publicados pela editôra escolar real e imperial. Na Realschule, na terceira classe, estudavam-se os países extra-europeus mais importantes para o comércio, a partir de narrativas da história de países europeus segundo Hauke.

Solenidades pelo Centenário de Alexander von Humboldt (1769-1859)

No contexto político-cultural dos esforços de fortalecimento da identidade alemã da população de Siebenbürgen no campo de tensões da Áustria-Hungria compreende-se o significado emprestado ao  centenário de Alexander von Humboldt pelo Ginásio de Hermannstadt, em 1869.


No grande auditório da instituição, ornamentado com o retrato de Humboldt, reuniram-se os representantes da vida cultural e intelectual da cidade no dia 13 de setembro de 1869. A conferência magna foi proferida por Moritz Guist, professor de Ciências Naturais do Ginásio.

No programa, publicado em 1870, Guist, inspirado em Humboldt, apresentou um estudo seu sobre "os resultados de observações de temperatura realizadas em curtos espaços de tempo". (Programm des Gymnasiums A.C. zu Hermannstadt und der mit demselben verbundenen Lehranstalten für das Schuljahr 1869/70, hg. Gottfried Capesius, Hermannstadt: Druck der gr. or. Archi-Diözesan-Druckerei, 1870)

Diferenças confessionais e suas dimensões político-culturais

No estudo das relações entre a igreja, o ensino e a identidade cultural dos grupos populacionais de idioma alemão no território da atual Romênia não se pode deixar de considerar as diferenças nas várias regiões que hoje fazem parte do país. Em particular, deve-se levar em consideração que a inserção de territórios na Dupla Monarquia levou também a uma revitalização do Catolicismo a partir do século XVIII.  A imigração de católicos austríacos acentuaram e possibilitaram esse desenvolvimento. Esse foi o caso sobretudo dos Suábios do Banat, dos Alemães das Terras Montanhosas do Banat, dos Suábios de Sathmar, dos alemães da Bucovina e dos Zipser.

Nessas comunidades, surgiram igrejas católicas onde também as pregações eram proferidas em alemão, passando, porém, a Igreja a apoiar antes uma política de nacionalidades húngara. Assim, o campo de tensões confessionais entre protestantes e católicos interrelacionou-se com o político-cultural, de um lado, as igrejas luteranas contrárias à "madjarização", de outro, o catolicismo, visto como o seu veículo.

Consideração da história da educação no ensino atual da minoria alemã na Romênia

A crise nas escolas em língua alemã na região de Siebenbürgen das últimas décadas foi devida à emigração de considerável parte da população à Alemanha. Essa emigração causou falta de professores e diminuição de número de alunos. Por outro lado, uma política de homogeneização governamental vetou a existência de escolas exclusivamente húngaras ou alemãs, exigindo-se a criação de classes em romeno. Essas medidas foram sentidas como expressões de uma pressão oficial com o objetivo da assimilação.  Mesmo assim, apesar da grande emigração, ainda existem escolas que mantém aulas em alemão na Romênia, sobretudo nas cidades maiores. Entretanto, já grande parte dos alunos já não dominam o alemão como idioma materno. A língua é aqui escolhida com o sentido de melhorar perspectivas de trabalho e de abrir portas aos alunos para a cultura alemã.


Círculo de estudos sob a direção de
Antonio Alexandre Bispo



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Indicação bibliográfica para citações e referências:
Bispo, A.A. "Minorias e Educação em situações de pluralidade étnica e cultural. Grupos populacionais de ascendência alemã no Brasil e na Romênia II: Reformação e ensino" Revista Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira 134/17 (2011:6). http://www.revista.brasil-europa.eu/134/Teuto-Romenos-Reforma-Ensino.html




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