Boemia e Bohemiens: Artur de Oliveira. Bispo, A.A..Rev. BRASIL-EUROPA 133/12 (2011:5). Academia Brasil-Europa e ISMPS





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BRASIL-EUROPA

Correspondência Euro-Brasileira©

 

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Prachvoské Skály/Rochas Prachau
No texto, abaixo:  Teplitz
Fotos A.A.Bispo
©Arquivo A.B.E.

 

Revista Brasil-Europa - Correspondência Euro-Brasileira 133/12 (2011:5)
Prof. Dr. A.A.Bispo, Dr. H. Hülskath (editores) e Conselho Científico
da
Organização Brasil-Europa de estudos teóricos de processos inter- e transculturais e estudos culturais nas relações internacionais (reg. 1968)
- Academia Brasil-Europa -
de Ciência da Cultura e da Ciência

e institutos integrados

© 1989 by ISMPS e.V. © Internet-edição 1998 e anos seguintes © 2011 by ISMPS e.V. Todos os direitos reservados
ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501

Doc. N° 2797




A Boêmia e os Bohemiens em Paris e no Rio de Janeiro
Theophile Gautier (1811-1872) e o "beau sauvage" Artur de Oliveira (1851-1882)
- fundamentação imagológica do "gênio da Boêmia" -


Ciclo de estudos Boêmia-Brasil da A.B.E..Reflexões em Prachvoské Skály/Rochas Prachau, 2011

 

O termo "boêmia" é mais corrente na atualidade não como denominação de um país, mas sim como designação de um determinado modo de vida. O termo, neste sentido, é associado sobretudo à vida de artistas, intelectuais e estudantes que, em geral notívagos, dedicam-se antes a divagações de espírito do que ao alcance de fins determinados através do trabalho.

Assim compreendida, a palavra "boêmia" desperta ao mesmo tempo fascinação pela liberdade não-burguesa de uma vida sem âncoras e algemas; leva, também a críticas relativas a um modo de viver sem regras. Significativamente, é elucidado em léxicos na sua correspondência à vadiagem, vagabundagem, a uma "vida airada" e "estúrdia" (Caldas Aulete, Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa I, Rio de Janeiro: Delta 1958, 698). O vadiar, o vagar e o divagar relacionam-se nessa acepção do termo, sugerindo condução de vida sem fins precisamente determinados ou restrita por normas, consequentemente, em geral, marcada por dificuldades materiais.

O termo traz à lembrança  "La Bohème" (1896) de Giacomo Puccini (1858-1924)) e, em menor escala, a ópera de mesmo nome de Ruggero Leoncavallo (1857-1919); é associado também à vida no Quartier latin de Paris, ou em outros bairros marcados por estudantes e intelectuais de outras cidades universitárias ou de vida noturna. No Brasil, poder-se-ia pensar na Lapa, no Rio de Janeiro.

Menos presente na consciência é o fato de Boêmia designar uma região central da Europa, por assim dizer o seu coração, país de remotas origens, multisecular história e de riquíssimo patrimônio cultural, reino de importância no passado e hoje maior parte da República Tcheca. Boêmio é, nesse sentido, o natural da Boêmia e a língua da Boêmia, sendo também assim definido em léxicos.

Tem-se, assim, um singular complexo de sentidos que indica a existência de relações entre uma nação e um modo de vida. Levanta-se, naturalmente, a questão da imagem de um país que passou a designar pessoas ou grupos caracterizados por um tipo de condução de vida não livre de conotações dubiosas. Qual seria a razão pela qual um povo passou a ser associado com a esfera de artistas, intelectuais, estudantes e amigos da noite? Por que é que um artista ou intelectual que não se prende a normas burguesas é denominado de boêmio se não possui nenhum elo com o país que hoje é parte da República Tcheca?

Conhece-se, de outros contextos, questionáveis emprêgos pejorativos de denominações étnicas ou raciais e que revelam a existência de imagens negativas e mesmo discriminatórias de povos. Esse é o caso, entre muitos outros, do uso inapropriado da designação de judeu, negro ou índio para não-judeus, não-negros e não-índios. Esse é o caso, também, do emprêgo com conotações negativas do termo cigano, muitas vezes citado como sinônimo de boêmio. Uma consideração mais cuidadosa dessas formas de abusos, de múltiplas conotações ofensivas, indica, porém, diferenças sensíveis quanto às imagens envolvidas. Assim, intelectuais e artistas que levam uma vida boêmia não são designados como ciganos, ao contrário do que possa ser sugerido em léxicos; também a vida de ciganos não é igualada à vida de "boêmios" no próprio uso quotidiano dos termos.

Da boêmia brasileira: Artur de Oliveira (1851-1882)

Mello Moraes Filho, nos seus "Fatos e Memórias", trata, em diferentes textos, ciganos e boêmios.  Reunindo artigos escritos para o Correio da Manhã, publica, ao lado de "A Mendicidade do Rio de Janeiro", "Ladrões de rua", "Quadrilhas de Ciganos" e "Memórias do largo do Rocio", as "Memórias da rua do Ouvidor". Neste último artigo, salienta a personalidade e a vida de Artur de Oliveira, que denomina explicitamente de "boêmio ilustre" (Mello Moraes Filho, Factos e Memorias, Rio de Janeiro/Paris: H. Garnier, 1904, 316-325, 324). Nesse texto, Mello Moraes Filho oferece uma visão do florescimento da vida boêmia no Rio de Janeiro no contexto marcado pelo fim da Guerra do Paraguai, lembrando um de seus centros, o Café de Londres.

"No espaçoso café, que se tornara celebre em razão da frequencia de certas rodas literarias e artisticas do tempo, da mocidade jornalistica e exaltada da rua do Ouvidor, os globos pensis, illustrados com as armas britannicas, dardejavam a luz viva de seus bicos de gaz por sobre uma freguezia opulenta, destacando-se todas as noites, em varias mesas, grupos de rapazes de letras, poetas, folhetinistas, agitadores populares, pintores, esculptores, etc., que saudavam alegremente o futuro da patria e o futuro das letras, entre uma gargalhada e uma pilheria, uma chicara de café e um calix de cognac, descuidosos de posição e de dinheiro, desses dois grandes males que, no amanhecer da vida, depravam aspirações e esterilisam as exuberancias d'alma" (op.cit. 322)

Mello Moraes Filho cita vários nomes desses seus companheiros de outrora, entre outros Fagundes Varella, Luiz Guimarães Junior, João Júlio dos Santos, Joaquim Serra, Adelino Fontoura, Mathias Carvalho, Lopes Trovão, Fontoura Xavier, dos quais se teria salientado "Arthur de Oliveira, natural do Rio Grande do Sul, e bohemio por indole, tradição e costumes." Com a sua erudição e talento, fora "o mais estroina, o mais doido, o mais bizarro" de todos. (loc.cit.)

Tendo vivido em Paris, Artur de Oliveira havia participado na defesa de Paris contra os alemães na guerra de 1870: "Abandonando os mazagrans dos boulevards, as caixas de theatro, e montando guarda ás fortificações da cidade, o brasileiro noceur deixava após si aventuras extraordinarias, dividas e paixões romanescas, cujo fio desenrolara até chegar ao Rio de Janeiro". (op.cit. 323)

O "beau sauvage" de Theophile Gautier (1811-1872)

Mello Moraes Filho salienta ter sido Artur de Oliveira "adorador e crente" de Theophile Gautier, que o designava como "mon beau sauvage". O brasileiro tinha até mesmo presenciado o escritor ditar os seus textos à sua filha Judith Mendès.

A força da personalidade de Artur de Oliveira e o seu significado como centro das rodas boêmias do Café de Londres são descritos de forma expressiva:

"E o beau sauvage de Theophile Gautier sentava-se arrogante, tirava o chapéo, levava o pollegar á cava do collete, espichava o beiço, e a prosa mais scintillante e substanciosa, as imagens mais extravagantes e vivamente coloridas, os versos mais bellos das celebridades francezas jorravam-lhe inestancaveis da bocca eloquente, trazendo suspensos á marulhosa caudal, os atordidos companheiros que o escutavam fascinados". (op.cit. 324)

Essas memórias de Mello Moraes Filho demonstram os estreitos elos da boêmia brasileira com aquela dos escritores e artistas de Paris, que, desde a década de 30, reuniam-se sobretudo em torno de Theophile Gautier e Gérard de Nerval (1808-1855).

Difusão da Boêmia de Paris de meados do século XIX

Em 1851, Henri Murger (1822-1861) decantou a vida boêmia de Paris no seu livro "Scènes de la vie de Bohème", obra que contribuiu para a popularização do termo e que serviria muito mais tarde de base para o libreto de La Bohème de Puccini.

Um significativo testemunho do fascínio pelo mundo da boêmia no mundo da cultura francesa de meados do século XIX encontra-se no comentário de um desenho publicado pela revista Magasin Pittoresque, de ampla divulgação, editada por M. Édouard Charton ("Bohémiens", Magasin Pittoresque XIX/50, Paris, 1851, 393-4).

O número da edição de dezembro desse ano abre com um desenho gravado, que traz a assinatura de Geoffroy e que reproduz um quadro de Diaz.


O texto, descrevendo a ilustração, dirige a atenção do leitor ao grupo de homens, mulheres e crianças que, em meio a rochedos, a folhagens e flores surgem com os costumes pitorescos dos Boêmios. Não se deveria perguntar ao artista se êle os reproduziu como os viu passarem, se quis mostrá-los numa das suas eternas peregrinações ou dirigindo-se a alguma festa, ou mesmo errando sem destino certo à sombra das florestas. Êles mesmos certamente não saberiam o seu destino.

O que seduzia na ilustração era, segundo o comentarista, a magia da luz através das árvores, das faces das mulhes cintilando na semi-obscuridade, das sombras se agitando entre as folhas e desaparecendo. O que se deveria captar era o gênio da boemia, vagante, aventureiro, gênio de criança e de vagabundo que, para simplificar a vida, reduzia tudo à hora presente, fazendo felicidade da ausência de meios.

Uma teoria histórico-cultural do "gênio da Boêmia"

O homem de meados do século XIX assistia, segundo o comentarista, ao fim de uma grande transformação que havia sido iniciada há séculos.

Esse gênio, há muito incarnado em certos povos de origem desconhecida que percorriam a Europa, pareciam estar desaparecendo com os mesmos. À medida que as sociedades se organizavam melhor, tais elementos tomavam raízes, tornavam-se sedentários. Um trabalho de ordenação e consolidação se desenvolvia em todos os graus. O indivíduo que perambulava às margens da civilização, encontrava agora um lugar e se fixaria. A cabana tomaria o lugar da tenda, sendo posteriormente substituída pela casa de alvenaria.

Os bandos de Bohèmes seriam os retardatários da civilização, as tropas de fim da guarda, multidão de aventureiros vindos confusamente de todos os cantos do mundo e transformados em nações. Chegados à constituição social que se consolidava cada dia, esses bandos encontravam o seu emprego e transformavam os seus costumes. Também os Bohémiens passavam a pertencer ao passado e logo a sua forma de vida já nada mais seria do que uma recordação.

Do papel da arte em registrar uma forma de vida

Assim, segundo o comentarista, era conveniente que a arte conservasse pelo menos o aspecto pitoresco dessa fantástica forma de viver. A ela caberia reter, fixar os reflexos fugitivos e as silhuetas metamorfoseantes que o sol do progresso iria fazer passar.

A face do mundo se modificava de século em século, obedecendo a uma lei estabelecida pelo próprio Criador. Essas transfigurações sucessivas seriam capítulos da história. Uma das missões da arte e da poesia deveria ser a de conservar esses brilhos, de formar o museu eterno onde o passado é traduzido em imagens vivas. Os mármores de Atenas e de Roma revelavam a vida antiga; as esculturas dos castelos e das catedrais a da Idade Média: a era moderna tinha igualmente a suas traduções imortais que permitiriam às gerações futuras conhecer a sociedade contemporânea.

De povo errante aos boêmios como pioneiros de uma nova civilização

Segundo o autor, iria chegar um dia no qual a fraternidade cristã, ultrapassando os interesses e os costumes, associaria os homens de forma suficientemente forte para que estes compreendessem a existência vagabunda do boêmio rodando à margem da sociedade, sem ponto de apoio nem pátria. O emprego regular de todas as faculdades daria a cada um uma obra útil a cumprir, e o instinto errante, sobrevivente em algumas naturezas, abriria novas possibilidades de carreira livre por possibilitar multiplicidade de relações e flexibilidade de interesses.

Em lugar de atravessar sem destino as montanhas e os vales, os aventureiros iriam então visitar ao longe os povos desconhecidos, explorar regiões novas, estudar a floresta e o deserto. Quando voltassem, as suas expressões não seriam apenas de interesse para a pintura pelo seu colorido, mas também para o político ou o filósofo, oferecendo preciosos subsídios ao industrial e ao comerciante. A fantasia perderia, assim, o seu cunho puramente poético para tornar-se um caráter social: os boêmios da velha civilização tornar-se-ia os produtores e os pioneiros de uma nova.

A caminho da elucidação: considerações sôbre os Boii

Esse singular texto de cunho histórico e filosófico do Magasin Pittoresque oferece um testemunho do fenômeno social e cultural da "vida boêmia" em Paris e no mundo influenciado pela França em meados do século XIX, o fascínio que exerceu, das suas conotações e, sobretudo, do significado que nele se via.

Um dos caminhos para explicar-se o uso da denominação de um povo ou país para a designação desse modo de vida é o histórico-etimológico. O termo "Boêmio" remonta aqui à concepção do boier ou Bojer, Boii, denominação de um grupo céltico originário de regiões européias cortadas pelos rios Reno, Main e Danúbio.

Dessas áreas ao redor dos grandes rios, de mais fácil penetração, mais expostas e primeiramente integradas no movimento colonizador e transformador romano, esse povo afastou-se, penetrando em regiões mais afastadas, menos facilmente atingívels do interior dessas principais vias de tráfego e que passaram a ser germanizadas. Esse movimento migratório teria ocorrido ao redor do século IV. A.C.. Os boiers dirigiram-se à Europa Central e a regiões balcânicas e, ao sul, às partes mais ao Norte da Itália. Esses últimos foram romanizados ao redor do século III A. C.; os do norte no início da era cristã. A sua presença na Baviera se manifesta no próprio nome dos seus habitantes como bávaros, derivado de Baiuvarii, no sentido de habitantes baios ou boios. Nas regiões de florestas e rochas, inacessíveis da terra que ficou conhecida como Boêmia, teriam tido o seu refúgio e principal assento, tornando-se conhecida como "país dos boêmios" (boio-hemum= Boêmia).

Os boêmios, nas suas divagações, percorreram longínquas regiões, tendo alcançado partes ao sul da Silésia do sul da atual Polonia, definindo o território que teria a sua denominação; teriam penetrado, porém, outras regiões mais distantes da Hungria e da Rumênia, onde, porém, foram detidos e obrigados a retornar à sua região central de refúgio. A sua história surge marcada por esforços de conservação da área em que divagavam pelas regiões da atual Áustria e sul da Alemanha; entraram na história como guerreiros que lutavam na sua tentativa de esquivar-se da romanização, tendo sido vencidos por César na batalha de Bibracte; foram assentados em regiões do interior, e, pouco antes da era cristã, pressionados para fora da região de do norte do Danúbio. (a respeito, u.a. Helmut Birkhan, Kelten: Versuch einer Gesamtdarstellung ihrer Kultur, 2a. ed., Viena: Academia Austríaca das Ciências, 1997)

Bases das concepções no edifício de imagens: guerreiros e boiadeiros

O panorama assim traçado sugere constantes migrações derivadas de uma não-aceitação de modos de vida germanizados e romanizados, contra a qual um povo errante lutava, e que levou à procura de regiões recônditas como habitat no interior da Europa Central que, com as suas florestas e rochas, possibilitavam melhor refúgio.

Haveria, segundo esse quadro, remotos fundamentos para o campo de tensões na Europa Central causado pela expansão colonial alemã e a Cristianização na Idade Média e que levaria ao movimento de reconscientização boêmica no século XIX. Esse quadro explicaria a imagem da vida boêmia e a sua simpatia na França do século XIX, uma vez que revelaria uma fundamental diferença com relação ao mundo associado com a Alemanha.

Tratando-se, porém, de designação não própria e de interpretações criadas a partir de contextos culturais latino-germânicos, ou seja, de projeções, impõe-se procurar elucidações com base no edifício de concepções e imagens da tradição da Antiguidade greco-romana e de sua cristianização.

Tem-se procurado diferentes explicações para o termo, uma delas seria a sua relação guerreiros, que se referiria à sua primitiva posição antes da queda causada pela chegada de outros povos, outra, com bois (lat. bos); os Boier seriam, segundo essa acepção, boiadeiros. Como tal, estariam sempre a caminho, errantes, acompanhando as boiadas como guias. Esse elo dos boêmios com bois não pode ser compreendido no seu sentido literal, devendo ser interpretado como imagem no conjunto de sinais proporcionados pela tradição mitológica, posteriormente transformada pela Cristianização.

Pode-se lembrar, neste contexto, que, na mitologia, o boiadeiro era Apolo. Percorrendo os céus, tal qual sol, guiava o seu carro de bois. Perdeu, porém, essa função devido a Hermes/Mercúrio que ofereceu-lhe a lira em troca dos bois roubados e sacrificados. Desde então, Apolo tornou-se o guia das musas. Nessa troca de sua liderança, pode-se interpretar o caminho do sol segundo antiga visão do mundo: à noite divagando na escuridão, onde se retira, pelo crepúsculo, abaixo dos oceanos, durante o dia subindo às alturas dos dias iluminados.

Essa fundamentação imagológica faz com que a teoria exposta na revista francesa a respeito do "gênio da Boêmia" se torne compreensível. Essa teoria parte de uma mudança de sentido dos povos que divagavam pelas penumbras, sem objeto determinado, percorrendo escuras florestas em período em que ainda não eram cristãos, ou seja, no seio de uma humanidade carnal, simbolizada por bois. Cristianizados, a vida errante desse tipo humano transformar-se-ia e, percorrendo o mundo, à procura do saber, tornar-se-iam guias da cultura e das artes, irradiando os seus conhecimentos, iluminando as diferentes esferas do conhecimento, até mesmo da política e da filosofia.


A permanência dessas imagens fundamentadas na antiga mitologia no decorrer dos séculos foi possibilitada pela sua identificação a correspondentes vultos do Antigo Testamento e pela sua reinterpretação cristã. No culto dos santos, continuou a vigorar sobretudo na imagem de São Sebastião, como vem sendo estudado e tratado há décadas no âmbito da A.B.E., podendo-se aqui salientar o Colóquio Internacional de Antropologia Simbólica, realizado em São Paulo, em 1998.

Antonio Alexandre Bispo



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Indicação bibliográfica para citações e referências:
Bispo, A.A. "A Boêmia e os Bohemiens em Paris e no Rio de Janeiro. Theophile Gautier (1811-1872) e o "beau sauvage" Artur de Oliveira (1851-1882) - fundamentação imagológica do 'gênio da Boêmia'". Revista Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira 133/12 (2011:5). http://www.revista.brasil-europa.eu/133/Boemia-e-Boehmiens.html




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