Becker, Gerda. Família Sinzig de Linz am Rhein. Rev. BRASIL-EUROPA 131/23. Academia Brasil-Europa e ISMPS





Revista

BRASIL-EUROPA

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Revista Brasil-Europa - Correspondência Euro-Brasileira 131/23 (2011:3)
Prof. Dr. A.A.Bispo, Dr. H. Hülskath (editores) e Conselho Científico
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ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501

Doc. N° 2762


A.B.E.

De pesquisas genealógicas em andamento de interesse histórico-cultural

A família Sinzig de Linz am Rhein
em particular do meu tio-avô Pater Petrus Sinzig

Resultados de pesquisas sobre o ramo da família por parte de minha avó materna


Gerda Becker

Düsseldorf-Gerresheim

 

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As armas coloridas da família da antiga estirpe de cavaleiros dos Sinzig de 1222 fascinaram-me desde a minha mais tenra infância e despertaram a minha curiosidade pela história.

Assim, passei a colecionar muitos dados e estórias, sempre fazendo perguntas à minha mãe, sobrinha do Pater Petrus Sinzig.


As origens dos Sinzig se encontram em Dattenberg do burgo Dattenberg, a ca. de 3 quilômetros de Linz.


As minhas pesquisas vão do bisavô do meu bisavô até Franz Sinzig (1876-1952), que se tornou depois o franciscano Pater Petrus Sinzig.

Também no Arquivo Municipal de Linz pude encontrar dados, de modo que surgiu assim o seguinte quadro da família:

                                                  
A família SINZIG
        


Die Sinzigs kommen zum Familientreffen sogar aus Rio




Franz Stephan Sinzig
(bisavô do meu bisavô)

casado com Christina Müller

 

 

Johannes Sinzig (avô do meu bisavô)

nascido e batizado no dia 21.07.1795 em Linz

casado no dia 04.08.1816 em Linz com

Helena Carolina Wahl de Rheinbrohl  -  filha de Stephan Joseph Wahl e Gertrud Irmentraudt

falecida no dia 28.01.1855 em Linz

 

 

Franz Stephan Sinzig - Bäcker (meu tataravô)

nascido e batizado no dia 05.11.1816 em Linz

casado no dia 14.01.1838 (não em Linz) com

Anna Margaretha Valentin  - Filha do casal Carl Meffert e Catharina Hammelrath de Irlich

falecido no dia 03.01.1871 com a idade de 52 anos em Linz. O seu marido encontrava-se ainda vivo.
           

                                                                       Anna Katharina Hammelrath, nascida no dia 4.05.1816 em Colonia,

                                                                       pais: Paul Hammelrath e Gertrud Marx

 

 


Johann Sinzig - Bäcker (meu bisavô)                                 

nascido no dia 12.07.1845 em Königswinter, batizado no dia 14.07.1845                               

falecido no dia  05.08.1929 em Remagen

casado no dia 19.05.1874 in Linz/Rhein com

 

Johanna (Helene) Meffert

nascida no dia 15.08.1847 em Irlich

falecida no dia  13.10.1903 em Linz/Rhein

 

 

1. Franz Sinzig – Pater Petrus

nascido no dia   29.01.1876 em Linz/Rhein

falecido no dia  09.12.1952 em Düsseldorf

1893 ida ao Brasil, 1898 sacerdócio

 

 

 


2. Gertrud Sinzig (minha avó)               

nascida no dia  08.03.1877 em Linz/Rhein

falecida no dia  26.03.1950 em Linz/Rhein                                                                                          

casada no dia 25.05.1899 com Anton Josef Jacobi

 

A mais nova de suas oito crianças é a minha mãe


A biografia do meu tio-avô, Pater Petrus Sinzig é impressionante. Para mim, foi de interesse por sermos unidos por algo em comum, pois ambos somos nascidos no Linz am Rhein.

Com os seus interessantes relatos em cartas e livros sobre as suas atividades na sua nova pátria, o Brasil, aproximou-me desse país e da mentalidade do seu povo.


Após a sua formação no colégio franciscano no neerlandês Harreveld, viajou, ainda jovem missionário, para a Bahia, em 1893. O seu pai, Johann Sinzig, o acompanhou até o velho "Leipzig", o navio que ia levar o jovem franciscano ao Brasil.
Lá encontrou também o jovem Pater Hermenegild, que foi acompanhado até o navio pelo seu irmão, Anton Josef Jacobi (o meu avô). Pater Hermenegild era da terra natal de Pater Petrus, da pequena cidade renana de Remagen - defronte de Linz.


Desse encontro derivaram mais tarde laços familiares.
O meu avô, Anton Josef Jacob e a minha avó - Gertrud Sinzig, irmã de Pater Petrus, casaram-se e fundaram uma grande família.
A mais nova das 8 crianças era a minha mãe, Hermenegilde Jacobi.


A família Jacobi era conhecida não só na Renânia. Ela havia dado, ao lado de comerciantes, industriais e intelectuais, também quatro personalidades à Igreja.


O franciscano Pater Hermenegild (1870-1894)
Foi para a Bahia, depois para Penedo, und veio a falecer muito jovem. Nunca se esclareceu bem a causa de sua morte. Teria sido uma queda de cavalo ou mula, ou uma doença mortal, talvez tifo?


Pater Bernardin (1873-1955), Lector generalis de ciências bíblicas, do convento franciscano de Fulda

Johann (1874-1955) tornou-se pároco no Sarre
Irmã Clarissa de São Francisco (1877-1963), passou os seus últimos anos no convento em Linz am Rhein.


Pater Petrus Sinzig, que amava muito a sua terra natal, como se pode ler no seu livro de lembranças "Mönch und Welt", sempre mante o contato com a sua pátria alemã, cultivando-o nas suas duas estadias no país.


Em 1976, o seu nome foi dado a uma rua de sua cidade natal. Até hoje é conhecido de muitos habitantes da cidade de Linz.
Assim, um cidadão de Linz chegou a reeditar o seu livro "Die schöne Jüdin".
Esse romance, da época em que a cidade era da Colonia dos Bispos Eleitores, decorre em meados do século XVI, tempo dos conflitos da Reformação.


As cidades renanas de Linz e Remagen continuam a ser locais de encontros importantes para a coesão da família.

Assim, no ano passado, quando a nossa prima, com o filho, e o nosso primo e sua esposa, do Rio de Janeiro e de Nitéroi visitaram a família alemã, o reencontro deu-se na cidade dos nossos antepassados. Os parentes tinham conhecido muito bem o Pater Petrus Sinzig e presenciado as suas atividades muitas vezes no Rio de Janeiro.


Recepção na Casa do Conselho de Linz am Rhein no dia 16 de outubro de 2010




Rhein-Zeitung de 18.10.2010


Um tio meu, Johannes Jacob, emigrou também para o Brasil. Para lá mudou-se em fins dos anos 20 ou 30, formando a sua família no Rio de Janeiro.
Contava, naturalmente, com o grande apoio do meu tio, Pater Petrus, conseguindo através dele integrar-se rapidamente na sociedade.

Conheci a minha família brasileira em 1977 durante uma estadia no Rio de Janeiro e mantenho com ela até hoje o melhor dos contatos.


Manter viva a lembrança das ações importantes de meu tio-avô, Pater Petrus Sinzig, representa para mim uma grande motivação.

Por esse motivo, sou grata pelas informações mais amplas que recebo sobre a atividade musical de Pater Petrus através do Instituto de Estudos da Cultura Musical do Mundo de Língua Portuguesa.


25 de março de 2011





Indicação bibliográfica para citações e referências:

Becker, Gerda. "A família Sinzig de Linz am Rhein em particular do meu tio-avô Pater Petrus Sinzig". Revista Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira 131/23 (2011-3). http://www.revista.brasil-europa.eu/131/Petrus_Sinzig.html

Foto do cabeçalho: catedral de Petrópolis