Bispo, A.A..Sto.Antonio, S. Jorge e S. Sebastião em Kerala. Revista BRASIL-EUROPA 131/5. Academia Brasil-Europa e ISMPS





Revista

BRASIL-EUROPA

Correspondência Euro-Brasileira©

 

Revista Brasil-Europa - Correspondência Euro-Brasileira 131/5 (2011:3)
Prof. Dr. A.A.Bispo, Dr. H. Hülskath (editores) e Conselho Científico
da
Organização Brasil-Europa de estudos teóricos de processos inter- e transculturais e estudos culturais nas relações internacionais (reg. 1968)
- Academia Brasil-Europa -
de Ciência da Cultura e da Ciência

e institutos integrados

© 1989 by ISMPS e.V. © Internet-edição 1998 e anos seguintes © 2010 by ISMPS e.V. Todos os direitos reservados
ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501

Doc. N° 2744


A.B.E.

Lusitanidade e o culto a Santo Antonio em Kerala nas suas relações com São Jorge e São Sebastião
Hagiologia, referenciais histórico-geográficos e processos transformatórios

Estudos indo-antonianos


Trabalhos da A.B.E. pelos 500 anos da conquista de Goa pelos portugueses.
30 anos do Simpósio Internacional "Música Sacra e Cultura Brasileira" e 20 anos de sessão acadêmica na Universidade Urbaniana em Roma.
Arcebispado de Verapoly, Old Church Museum, São Jorge em Edappaly, Saint Sebastian's High School, Palluruthy. Sessão "Mística e Linguagem" da A.B.E.

 
Kaloor. Cochim. Foto A.A.Bispo

Kaloor. Cochim. Foto A.A.Bispo

Kaloor. Cochim. Foto A.A.Bispo

Kaloor. Cochim. Foto A.A.Bispo

Edappaly. Kerala.Foto A.A.Bispo

Edappaly. Kerala.Foto A.A.Bispo

Edappaly. Kerala.Foto A.A.Bispo

Edappaly. Kerala.Foto A.A.Bispo

Fotos A.A.Bispo
©Arquivo A.B.E.

 
Verapoly. Cochim. Foto A.A.Bispo
A consideração da Índia nos estudos de processos culturais em dimensões globais, em particular sob a perspectiva dos estudos euro-brasileiros, pressupõe exames do papel desempenhado no passado pelos portugueses e do complexo desenvolvimento derivado dos contatos.


A consciência da importância desse papel desempenhado por Portugal na Índia e da antiga "Índia Portuguesa" no contexto colonial português do passado - no qual também o Brasil se inseriu -,  dirige a atenção também a questões culturais do presente pós-colonial, à permanência ou não de expressões, a transformações e mudanças.


Sob questionamentos motivados pelo debate pós-colonial de décadas mais recentes, esses exames dirigem a atenção sobretudo a problemas de identidade ou diferenciação. O observador se surpreende, na Índia, ao constatar o pouco uso do português como idioma, após tantos séculos de contatos.


Verapoly. Cochim. Foto A.A.Bispo
Também expressões culturais imediatamente reconhecidas como resultados da ação portuguesa surgem quase que como irrelevantes no complexo universo cultural indiano. Danças, folias e outros grupos lúdicos da tradição católica, conhecidos do passado e vivos em países como o Brasil não predominam mais no panoram das expressões populares cristãs.


Seria, porém, superficial tirar dessas impressões a conclusão de que o passado português tenha sido apenas um episódio, sem ter deixado marcas profundas e determinado processos culturais até hoje em vigência.


Uma das principais provas desse fato pode ser encontrado no âmbito religioso, em particular no do Catolicismo indiano. Também aqui, porém, o uso já restrito da língua portuguesa, a feição indiana do culto promovida por teólogos e religiosos das últimas décadas no âmbito de esforços "inculturativos" ou que procuram salientar as raízes pré-coloniais do Cristianismo na Índia dificultam a percepção de resultados dos seculares contatos luso-indianos.


Hagiografia cristã e Hagiologia sob a perspectiva dos estudos culturais


Não se trata aqui apenas da constatação de resíduos ou vestígios encobertos, mas sim da percepção e análise de estruturas e mecanismos de processos em andamento e de seus conteúdos e normas subjacentes.


A consideração do culto aos santos cristãos na Índia oferece aqui uma oportunidade privilegiada para estudos mais diferenciados de concepções simbólico-antropológicas e de visões do mundo transportadas e transformadas no contexto indiano. Por vincularem-se, na sua história, com determinadas regiões e contextos histórico-culturais, os santos, que surgem como paradigmas de exemplaridade, tornam presentes determinadas configurações histórico-culturais e elos com nações.


A extraordinária força do culto a santos "nacionais" ou de particular significado na tradição portuguesa na Índia abre aqui perspectivas para considerações mais aprofundadas a respeito de visões históricas, da permanência de inserções de esferas indianas em determinados contextos histórico-religiosos da Europa e mesmo de questões de identidade intrínseca a esses contextos, ou seja, de uma "lusitanidade" não explícita.


O exame desses expressões paradigmáticas da antropologia simbólica na Índia, para ser conduzido de forma adequada no contexto plurireligioso e marcado pela força de imagens, sobretudo no Hinduísmo, deve ter uma orientação teórico-cultural, não primordialmente hagiográfica de cunho teológico ou eclesiástico. Somente assim pode-se abrir portas para o tratamento de intercomunicabilidade entre imagens e concepções em diferentes tradições e contextos religiosos, de processos de cristianização, hinduização ou outros e de procura de fundamentos comuns.


Palluruthy. Cochim. Foto A.A.Bispo
Culto antoniano em Kerala como objeto de estudos culturais


Entre os modêlos cristãos de exemplaridade que mais evidentemente denotam elos com Portugal na Índia destaca-se Santo Antonio de Lisboa/Pádua, santo que faz com que Portugal esteja presente nos altares de igrejas de todo o mundo. A sua veneração desempenhou e desempenha papel de extraordinária importância na vida religioso-cultural do país e, a partir dos Descobrimentos, passou a marcar a vida dos estabelecimentos lusos e das comunidades cristãs da África, da América e do Oriente. (Veja artigo estudos indo-antonianos II nesta edição)


Os estudos relativos a Santo Antonio na Índia não devem ser limitados aos monumentos arquitetônicos e artísticos de seu culto em Goa ou em outras cidades com particular patrimônio histórico da época colonial. A difusão, a atualidade e a extraordinária força da veneração a Santo Antonio se manifesta sobretudo em centros de peregrinação populares, visitados também por não-cristãos, em regiões que já há muito não se encontram sob a administração portuguesa. É um dos fenômenos religioso-culturais da Índia das últimas décadas a surpreendente intensificação e o recrudescimento da popularidade do culto a Santo Antonio, em particular em Kerala.


Exemplos desse surpreendente significado atual do culto a Santo Antonio na cultura popular da Índia podem ser encontrados em Cochim e regiões adjacentes. Um dos mais importantes centros de peregrinação antoniana encontra-se em Kaloor, Cochim, na Arquidiocese de Veraploy.



Um centro de peregrinações: Sto. Antonio em Kaloor, Ernakulam-Cochim


Um dos centros da veneração antoniana que talvez cause maior surprêsa e perplexidade a um observador ocidental é o de Kaloor, na periferia de Cochim, Kerala, na Arquidiocese de Veraploy.


O santuário apresenta-se como um salão de construção recente, quase que como antiga cela de templo no centro de larga área coberta, que também possui imagens de Santo Antonio, tendo à frente, no exterior, à rua, um oratório com a sua mais venerada imagem.



O templo situa-se numa zona urbana marcada pelo cruzamento de duas grantes artérias de Cochim, a K.K. Road/Perandoor Road e a Banerji Road, pela proximidade de uma estação rodoviária e, assim, por grande confluência de trânsito, congestionamentos, agitação, intranquilidade e barulho.


Por ali se encontrar o maior estádio esportivo de Kerala, o Jawaharlai Nehru Stadium, é zona de alta concentração popular, sobretudo em dias de jogos. A presença de jovens é marcante também no quotidiano, uma vez que ali se situa um dos centros regionais da Indira Gandhi National Open University. A juventude é também alvo de muitas atividades desenvolvidas pelas instituições do santuário, entre elas cursos dedicados à preparação ao matrimônio e à solução de casos de amor e de família, correspondentes à tradição do culto antoniano.


O oratório com a imagem venerada do santo, fora da igreja, é constantemente procurada por pessoas que procuram soluções para desejos de casamento ou de ter filhos, assim como para problemas de saúde.


Da "baralha marítima" em sentido figurado à luta do dia-a-dia no caos urbano da Índia


O observador se surpreende, assim, em encontrar um santuário dedicado a um santo vinculado tão fortemente à mística em ambiente urbano determinado pela luta do dia-a-dia.


Ainda que remontante a uma capela já existente há muito tempo - indica-se a data de 1915 - a atual popularidade do culto antoniano nesse local é fenômeno relativamente recente, ou seja decorreu paralelamente a um desenvolvimento urbano marcado por caos na ordenação espacial e intensificação da complexidade social.


A perplexidade do observador em encontrar tal intensidade do culto antoniano em local tão conturbado pode abrir caminhos para tentativas de uma compreensão mais profunda do fenômeno.


Expressões seculares do culto a Santo Antonio foram marcadas, sobretudo no mundo português, pelo fato de ser o santo considerado figurativamente como almirante de batalhas marítimas, capitão de exército ou outras titulações de comando. (Veja artigo a respeito nesta edição)


Meio ambiente conturbado e visão dirigida a uma realidade outra


Essas atribuições possuem os seus fundamentos históricos pelo fato da vida do santo português inserir-se em época conturbada, sobretudo pela luta no Marrocos, deve, porém, ser entendidas antes no sentido figurado, derivado da sua ação através de suas pregações em contextos marcados por atribulações religiosas na Europa. Essa situação de conturbações em que atuou surge como substituída, em Kaloor, pela situação caótica da zona urbana e da agitação de uma população imersa nos afazeres de uma vida de trabalho e comércio.


O "comando" é também aqui antes o da mente que, no meio da luta, se dirige não às aparências e ao sentido literal das Escrituras, mas sim ao seu sentido real e oculto, guiado pela Sabedoria. O indiano que procura o santuário de Santo Antonio em Kaloor tenta elevar a sua mente em direção a uma dimensão outra àquela da caótica realidade a ser lida pelos sentidos na confusão dos espaços urbanos da Índia.


Compreende-se, sob esse enfoque, que Santo Antonio seja procurado não apenas por cristãos, mas sim também por hindús. Um estudo mais aprofundado das possibilidades dessa intercomunicação religiosa através de imagens leva à consideração de fundamentos de remotas origens.


A dedicação da terça-feira ao culto de Santo Antonio, conhecida do Ocidente - em particular também no Brasil - e tão presente na prática indiana, dirige a atenção a processos de cristianização das antigas concepções mitológicas relacionadas com os dias da semana nos primeiros séculos da era cristã. Já no edifício de concepções da Antiguidade era esse dia e seus vínculos cosmológicos marcados imagens relacionadas com trabalho insano e combates próprios do mundo material.


Chettikkad - "Pádua do Oriente" e lusitanidade de Santo Antonio


Quanto à questão do significado do culto a Santo Antonio sob a perspectiva dos estudos culturais luso-indianos, não se pode esquecer que o santo português é ali venerado - como em outras regiões do mundo - sobretudo sob o título de Santo Antonio de Pádua.


Esse fato se evidencia no fato desse Estado indiano possuir um centro de peregrinação designado como "Pádua do Oriente". Trata-se da igreja de Santo Antonio Chettikkad, Norte Paravur, procurada pelo fato de possuir relíquias vindas de Pádua em 1975, 1995 e 1998, entre elas parte da língua do grande pregador português!


Também esse centro devocional tornou-se regionalmente conhecido pelas suas novenas, fomentadas na década de 70 por Fr. Dominic Chirayath. Chettikkad deve a grande concorrência popular que experimenta sobretudo a uma versão indiana da difundida prática tradicional do "pão de Santo Antonio".


Entretanto, um exame mais cuidadoso das expressões do culto antoniano demonstram que, apesar da referência a Pádua, as bases da linguagem de imagens encontram-se no contexto histórico-cultural de Portugal à época da vida do santo. É no contexto ibérico, marcado pela luta contra os inféis que se deveria procurar a contextualização histórica de uma imagem de luta de fundamentação bíblica entre cristãos e infiéis e que, a seguir, teria sido aplicada no sentido figurado na luta contra heterodoxias na própria Cristandade.


Culto a São Jorge de Edappaly como objeto de estudos culturais


Ao lado de Santo Antonio, um outro santo merece particular consideração nos estudos euro-indianos sob o aspecto simbólico-antropológico: o de São Jorge. Também no culto geórgico constata-se a vigência de uma linguagem visual marcada por associações militares, cuja diferenciação, porém, com relação àquelas de Santo Antonio representa uma necessária tarefa para os estudos culturais.


Se Santo Antonio é o que forja, com as suas pregações, no sentido figurado, as armas para o bom combate, São Jorge é imediatamente reconhecível como guerreiro. A atenção é aqui dirigida a aspectos emocionais da luta, à diferença entre os afetos do combate pelo bem àquele da luta movida pelo ódio.


Não distante da igreja de Santo Antonio de Kaloor eleva-se um dos principais santuários de São Jorge de Kerala, a igreja de Edappaly (St George Forane Church). Essa região de Cochim, uma de suas zonas de maior crescimento urbano e de mais intenso trânsito da cidade, tem a sua própria designação derivada da igreja (Palli) que constitui o seu centro (Eda). 



Essa definição da área urbana a partir da igreja explica-se pela antiguidade do culto cristão mariano no local, remontante ao ano 594. O fato de ter-se construido uma nova igreja próxima à antiga no século XI pode ser visto como indicativo de uma crescente intensificação do culto.



A dedicação a São Jorge, considerada como posterior, apenas pode ser compreendida, na sua popularidade, partindo-se de processos cristianizadores de concepções mais remotas, talvez de brâmanes cristianizados já à época apostólica. Teria vindo de encontro a circunstâncias locais, marcada que foi a localidade através dos séculos como sede de rajás.


Essa suposição de antigas concepções subsumidas de forma metamorfoseada na imagem do santo cristão explicaria também o fato de ser São Jorge venerado até hoje também por hindús que, acostumados com representações de animais reais e fantasiosos na sua cultura imagológica, não vêm problemas na leitura da imagem do dragão da figura de São Jorge.


O culto a São Jorge em Edappaly surge em contexto com a água do mar que, em tempos remotos, alcançava a povoação. A sua proteção, pedida por agricultores que dependiam de terras não inundadas, relaciona-se com a época de suas grandes festividades, nos meses de abril e maio. Esse vínculo com as águas permite também a compreensão das estreitas relações que se constatam entre concepções geórgicas e marianas em Edappaly. É a imagem de Maria que se encontra no altar principal e a vida religiosa das instituições relacionadas com a igreja é marcada por associações marianas. São Jorge se encontra no altar lateral do lado direito daquele que entra na igreja.



Quanto à questão do significado do culto a São Jorge sob a perspectiva dos estudos culturais luso-indianos, este tem sido pouco considerado. Como São Jorge é padroeiro da Inglaterra, poder-se-ia supor ter sido o seu culto resultado da ação britânica na Índia. Esquece-se, porém, que São Jorge foi intensamente venerado em Portugal da Idade Média - designando o próprio castelo de Lisboa -, e o seu culto levado às regiões extra-européias à época dos Descobrimentos, bastando aqui lembrar do castelo de São Jorge da Mina.


A condução de uma imagem de São Jorge na abertura de procissões, de origem medieval, tornou-se tradição observada em muitas regiões formadas culturalmente sob a influência portuguesa, também no Brasil.


Na Índia, São Jorge continua a desempenhar importante papel em procissões. Em Edappaly, a organização das festas ao santo e das muito concorridas procissões é da responsabilidade de uma irmandade de leigos organizada de forma similar às associações congêneres no Brasil. É um exemplo do papel importante desempenhado pelas irmandades (Darsana Samooham) na cultura católica do passado e ainda do presente da Índia.



O extraordinário significado do santuário de São Jorge em Idappaly levou à construção de um novo grande templo ao lado das duas antigas igrejas. A monumental construção, com singulares características arquitetônicas de sugestões orientais, testemunha o significado de Idappaly para toda a Diocese.

Ao mesmo tempo, procura-se restaurar a feição exterior histórica das igrejas mais antigas, descaracterizadas por reformas pouco sensíveis. As construções são interligadas por caminhos cobertos, profusamente decorados, criando toda uma área determinada pelo culto popular a São Jorge.

Culto a São Sebastião em Palluruthy como objeto de estudos culturais


Ao lado de Santo Antonio e São Jorge, outro santo associado com imagens guerreiras na linguagem das expressões religioso-culturais populares cristãs da Índia é São Sebastião, o que indica que foram transportados à Índia pelos europeus não apenas elementos do repertório hagiográfico, mas sim complexos de edifício imagológico de visões do mundo e do homem de remotas origens, ali interagindo com concepções e expressões locais.


A difusão do culto a São Sebastião na Índia pode ser constatada na sua presença em altares  e, sobretudo, nas igrejas a êle dedicadas. Uma particular menção deve ser dada à igreja de São Sebastião do distrito de Fontainhas, Nova Goa/Pangim, uma das zonas urbanas dessa capital que ainda mais mantém a sua fisionomia luso-indiana. Essa igreja salienta-se no conjunto patrimonial histórico de Pangim por possuir um crucifixo que pertenceu ao antigo palácio da Inquisição em velha Goa.


Os estreitos vínculos entre os „santos guerreiros“ podem ser reconhecidos através de leituras de programas teológicos subjacentes à configuração interna de altares de igrejas na Índia, Assim, o altar de São Sebastião na igreja de São Jorge de Edappaly, surge ao lado esquerdo do altar-mór, sendo que o de São Jorge levanta-se à direita. Apesar desses vínculos e das aproximações no conjunto das concepções e sua linguagem, diferenciam-se não apenas na hagiografia, mas sim também sob o ponto de vista de uma hagiologia conduzida sob perspectivas teórico-culturais.


Principal centro de peregrinação a São Sebastião em Kerala é Arthunkal, localidade da qual é padroeiro. As festas de São Sebastião em janeiro ali celebradas, com preparatórias e oitava, pertencem às mais concorridas de Kerala. Em procissão, a imagem de São Sebastião é conduzida à praia e reconduzida à igreja, permitindo que se reconheça associações subjacentes com um movimento de elevação intrínseco ao conjunto de concepções.



Centros de devoção popular a São Sebastião encontram-se na esfera de Cochim, entre outros em Palluruthy, Thoppumbady, Mattancherry. Ainda que pouco considerado no patrimônio histórico-cultural dessas localidades, conhecidas sobretudo pelo palácio „holandês“ de Mattancherry (Veja artigo a respeito), pelos seus templos e mesquitas, o culto a São Sebastião chama a atenção a seu passado marcado por combates, cujos testemunhos podem ser encontrados na coleção de armas do museu palacial.


A intensidade de expressões tradicionais cristãs na população local pode ser observada, no âmbito dos trabalhos da A.B.E., em missa festiva ali celebrada.






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Indicação bibliográfica para citações e referências:

Bispo, A.A . "Lusitanidade e o culto a Santo Antonio em Kerala nas suas relações com São Jorge e São Sebastião. Hagiologia, referenciais histórico-geográficos e processos transformatórios. Estudos indo-antonianos - Linguagem e Mística II". Revista Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira 131/5 (2011:3). http://www.revista.brasil-europa.eu/131/Cochim-Santo_Antonio.html




  1. Observação: o texto aqui publicado oferece apenas um relato suscinto de trabalhos. Não tendo o cunho de estudo ou ensaio, não inclui aparato científico. O seu escopo deve ser considerado no contexto geral deste número da revista. Pede-se ao leitor que se oriente segundo o índice desta edição e o índice geral da revista (acesso acima). Pede-se ao leitor, sobretudo, que se oriente segundo os objetivos e a estrutura da Organização Brasil-Europa, visitando a página principal, de onde obterá uma visão geral e de onde poderá alcançar os demais ítens relativos à Academia Brasil-Europa de Ciência da Cultura e da Ciência (culturologia e sociologia da ciência), a seus institutos integrados de pesquisa e aos Centros de Estudos Culturais Brasil-Europa: http://www.brasil-europa.eu


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  3. Não deve ser confundida com outras instituições, publicações, iniciativas de fundações, academias de letras ou outras páginas da Internet que passaram a empregar designações similares.




 

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