Hitler e as relações Portugal-Alemanha. Revista BRASIL-EUROPA 130/15, Bispo, A.A. (Ed.). Academia Brasil-Europa. Organização de estudos culturais em relações internacionais





Revista

BRASIL-EUROPA

Correspondência Euro-Brasileira©

 


O presente artigo deve ser considerado no contexto do complexo temático tratado na presente edição desta revista. (Veja Tema em Debate)


A 25 de Janeiro de 1935, Armando Boaventura, enviado especial do Diário de Notícias, transmitiu a seu jornal, em Lisboa, um relato da recepção que teve por Adolf Hitler e que foi publicado, com uma foto do "Führer", com dedicatória, a 31 de janeiro. (Armando Boaventura, "Hitler fala para o 'Diario de Noticias", Diario de Notícias, 31 de Janeiro de 1935)


Esse relato apresenta por diversos motivos um especial interesse para os estudos histórico-políticos e histórico-culturais. Foi um fato singular que causou surprêsa a outros adidos europeus e à Propaganda, porque Hitler não costumava dar audiências a jornalistas estrangeiros, negando-se a qualquer entrevista.  Citavam-se representantes da Imprensa de todo o mundo que não haviam alcançado uma audiência, entre êles nomes conhecidos internacionalmente como Jules Sauerwein, antigo diretor de Le Matin e então seu cronista internacional.


Após o plebiscito do Sarre, Adolfo Hitler concedera uma entrevista a um jornalista duma agência americana. A iniciativa, porém, partira dele próprio, porque tinha interesse para a sua política interna e externa. Os portugueses perguntavam-se, portanto, qual seria a razão que levara o ditador alemão a receber os dois jornalistas portugueses que se encontravam em Berlim, abrindo assim uma exceção.


Armando Boaventura salienta aqui a ação e o prestígio do Dr. Alberto Veiga Simões (1888-1954), diplomata renomado nos meios oficiais, intelectuais e artísticos de Berlim, para quem todas as portas se abriam, "franca, liberrimamente". O seu pedido teria sido logo deferido, pois teria sido feito pelo representante dum pais acreditado na Alemanha e pelo alto prestígio que gozava o diplomata português. (Veja a respeito de A. Veiga Simões artigo nesta edição)


A entrevista não fora certamente apenas possibilitada pela influência do diplomata português A. Simões da Veiga. Como os subtítulos do artigo português o indicam, essa entrevista ocorreu numa fase marcada pelo triunfo da Alemanha no plebiscito do Sarre, sendo marcada por interesses da propaganda no Exterior. Inseriu-se, em geral, numa "batalha" de informações de relevância política (Zachary Shore, What Hitler Knew: The Battle for Information in Nazi Foreign Policy, Oxford University Press, 2003)


Significativamente, Armando Boaventura foi acompanhado pelo Dr. Gottfried Ashmann, conselheiro da legação em comissão de serviço no Ministério da Propaganda para as questões da Imprensa estrangeira nas suas relações com a Chancelaria. Nessa sua posição, desempenhava papel relevante no alcance de informações e na transmissão de informações ao Exterior. Foi pessoa de influência no regime, enviado de primeira classe como Ministerialdirigent e, mais tarde, Kriegsgerichtsrat.



Essa entrevista deve ser sobretudo examinada no contexto mais amplo dos múltiplos elos entre Portugal e a Alemanha e nas suas inserções em processos de aproximação e intercâmbio já há muito preparados e que se relacionam estreitamente com uma fase de intensificação dos estudos voltados ao mundo de língua portuguesa. Por essa razão, recordá-la assume um significado relevante no reexame dessa fase da institucionalização desse ramo de conhecimentos, servindo ao aguçamento da sensibilidade para contextos e correntes questionáveis na tradição disciplinar.


Impressão portuguesa da encenação do Poder


Esse texto de Armando Boaventura possui um significado documental por descrever de forma pormenorizada e expressiva o centro do Poder na Alemanha, a encenação do culto ao ditador, difundindo as impressões do jornalista no mundo de língua portuguesa.


Assim, o autor inicia o seu relato descrevendo a arquitetura e a história da Chancelaria do Reich:


"A Chancelaria do Reich, em Wilhelmplatz, é um edifício de linhas sóbrias, inestético, no estilo moderno das construções do après-guerre - restauração de um velho palácio, mandada fazer pelo antigo chanceler Brüning, há três anos, nos últimos tempos do marechal Hindenburg, que precederam a ascensão de Hitler ao Poder.

Interiormente, a Chancelaria lembra um building neorquino - para instalação de escritorios, sede de empresas industriais e comerciais, de trusts financeiros, de companhias bancarias. A mesma traça arquitectonica - paredes lisas, tetos baixos, amplas salas e salões, dum lado e do outro dos corredores iluminados a jorros.

Ligada à Chancelaria, a residencia oficial de todos os chanceleres, desde Bismarck, separada da rua - Wilhelmstrasse - por uma grade de ferro e um pequeno pátio (...)."


A recepção teve lugar às 19.30 horas. Na encenação do Poder, fora e dentro da Chancelaria, as penumbras do cair da noite contribuiam para o aspecto intimador criado pela arquitetura e pela presença militarizada da guarda.


Descreve o pátio externo, "onde estacionam, perfilados, dia e noite, guardas da Schützpolizei - a Schupo - e soldados da Schutzstaffeln - o exército de Hitler, cujos elementos são recrutados, mediante selecção rigorosa, entre a S.S. - altos, fortes, espadaudos, atleticos, como a antiga horse guard de Suas Majestades Britanicas."


No interior, relata o espetáculo que vivenciou e que designou como estranho: "soldados da S.S., hieráticos, de pistola em cada mão, olhando-nos altivamente e, à nossa passagem, cruzam os braços, num gesto rápido, mecanizado, de autómatos, sem, contudo, deixarem de ter aperradas as pistolas...

Mas..a tão celebrada guarda de honra privativa do 'Führer', sobre a qual têm incidido as mais severas críticas que correm mundo - e até lendas abracadabrantes... - não a vejo... Apenas um guarda de assalto, S.S., perfilado, à usança militar da Alemanha imperialista do Sacro Império..."


Como Armando Boaventura registra, os jogos de luz desempenhavam importante papel na criação da atmosfera e na acentuação da natureza quase que teatral do encontro.


"Abre-se uma porta dupla. E Hitler surge ao centro do vasto salão, que potentes focos de luz iluminam num esplendor de apoteose. O dr. Ashmann, após a saudação nazi, faz as apresentações. Militarmente, o 'Führer' perfila-se. Olha-nos frente a frente - olhos nos olhos - enquanto as nossas mãos se apertam. Depois, um passo atrás - a marcar a distancia que, protocolarmente, nos deve separar.

O semblente é de rigorosa disciplina militar. O dr. Ashmann, hirto. Perto, os chefes do protocolo e o chefe da S.S., como estatuas, firmes, imoveis. À direita, suspenso na parede, um grande retrato a óleo de Bismarck. Ao fundo, um quadro alegorico. Sobriedade. Linhas rectas. Côres predominantes - o branco da sala e o castanho escuro dos raros moveis - uma secretária, algumas cadeiras e, aos cantos, maples - o vermelho dos tapetes e o dourado cintilante das molduras...

Hitler veste a sua caracteristica farda nazi - dolman amarelo claro e calça preta - mas, ao contrário da primeira vez que o vi, no hall do Kaiserhof, á hora do chá, o seu dolman de oiro velho e a sua calça negra são agora vestidos com distinção... Nem uma ruga...

(...)


Gottfried Ashmann como mediador


Armando Boaventura deixa perceber, no seu relato, que Hitler havia sido preparado para receber o jornalista, conduzindo a conversação em forma de monólogo.


"Oiço a sua voz - forte, dum timbre metálico que fere, voz de comando, autoritária.

O dr. Ashmann diz-lhe quem somos. Hitler já o sabia, e até, sobre cada um de nós, os dois jornalistas portugueses, possuia informações.

As suas primeiras palavras são de cumprimento - protocolares:

Lamenta não conhecer Portugal, por nunca o ter percorrido, mas as suas belezas, tesouros artísticos e gloriosa história não os ignora.

Uma frase, que o dr. Ashmann traduz num francês correcto:

  1. -As relações entra a Alemanha e Portugal têm tanta maior razão de existir, estreitas, íntimas e francamente cordiais, quanto é certo que a actual situação política portuguesa se inspira em muitos dos princípios, directrizes e objectivos que informam o regime nacional-socialista da nova Alemanha."


"Sinto irresistivel vontade de interromper o 'Führer' para o esclarecer devidamente acêrca da vida politica de Portugal, sob a égide do Estado Novo. Mas, o dr. Ashmann, obedecendo ao rigor do protocolo, impede-me de o fazer.

Hitler prossegue - dirigindo-se especialmente ao redactor do Diario de Noticias, cujo nome profere, sílaba a síla, apenas uma letra a mais, intercalada para mais facil pronuncia.


"Tenho muito prazer em que seja precisamente nesta hora, isto é, após a retumbante vitória do Sarre, que o redactor do Diario de Notícias, de Portugal, venha, de visu, estudar a actual situação politica da Alemanha. E acrescenta:

O senhor, que esteve no Sarre, pode e deve convencer-se de que a profissão de fé alemã que o povo sarrense manifestou"


Traduzido por Ashmann, o jornalista português pede um autógrafo de Hitler.


"O Führer parece hesitar, mas, envolvendo-nos num olhar de confiança, aproxima-se da sua mesa de trabalho, e, de pé, escreve o seu nome - Adolf Hitler - num retrato expressivo em que a sua figura de chefe surge autoritária, numa atitude teatral, semblante duro, voluntarioso, sobrecenho carregado, olhar profundo - o seu olhar hipnótico, que faz curvar a seus pés, reverentes, submissos, 65 milhões de alemães.

E, ao entregar-nos o retrato, dirigiu-nos ainda algumas palavras - como pretendendo saber o que nós, jornalistas portugueses, pensavamos da nova Alemanha.

Que viram já? Que impressões colheram ddas visitas ao "Socorro de Inverno" e ao "Campo de Trabalhos?"... Que pensam das afirmações produzidas pelo ministro da Propaganda, dr. Goebbels?...


E eu limito-me a responder:

  1. -Direi da Alemanha de hoje, em artigos no meu jornal - o Diario de Notícias - o que penso e sinto. E, procedendo assim, com imparcialidade, lealdade e independencia, livre de paixões ou de falsos preconceitos, não faço mais do que integrar-me no pensamento do 'Führer', que no seu livro 'Mein Kampf', a nova Biblia do povo alemão, escreveu: 'O homem que não diz o que pensa, desassombradamente, não é um homem honrado..."


Findara a audiencia. Militarmente - os calcanhares unidos, perfilado - Hitler estendeu-me a mão.

Cá fora, a chuva caia, rapidinha.

Olhei mais uma vez, a Chancelaria.

E, Wilhelmstrasse em fora, á luz difusa da iluminação publica, pareceu-me ver brilhar os olhos estrados de Hitler, seguindo-me os passos..."


Repercussões da entrevista de Felix Correia em jornais alemães


Reichsparteitaggelaende. Foto A.A.Bispo

O jornal da Pomerânia do Leste noticiou, em fevereiro de 1935, a publicação de artigo do jornalista Felix Correia no vespertino português Diário de Lisboa, no qual expõe as suas impressões do encontro com Adolf Hitler. ("Der Führer über die deutsch-portugiesischen Beziehungen", Zeitung für Ostpommern, 6 de fevereiro de 1935). Similares textos foram publicados pelo diário de Maissen ("Deutschland und Portugal: Ein Führer-Interview", Maissener Tageblatt, 6 de fevereiro de 1935) e pelo Freiheitskampf de Dresden, de 7 de fevereiro de 1935 so o ittulo de "Nova entrevista do Führer de um português" ("Neues Führer-Interview eines Portugiesen").


Descrevendo as suas impressões e opiniões de Hitler, Correia salienta que este, que fora primeiramente trabalhador e soldado, depois revolucionário, líder e era agora Chanceler do Império e Chefe de Estado, havia dedicado a sua vida ao país em perigo de ruína, tendo conseguido que todo o povo o visse como libertador, protetor e guia. O jornal traduz para o alemão as palavras do jornalista português, em que este salienta que o Terceiro Império não podia ser separados do Homem do Povo que o levava a um melhor futuro.


Após Hitler ter manifestado a sua satisfação sobre a impressão que o seu visitante tinha tido da nova Alemanha e a sua satisfação sobre a visita de jornalista que pudesse corrigir as idéias que se tinham sobre a Alemanha no Exterior, levando a uma melhor compreensão para o Terceiro Império e para o Nacionalsocialismo, manifestou-se sobre as relações entre a Alemanha e Portugal. Salientou não conhecer Portugal pessoalmente, mas afirmou saber das numerosas belezas naturais e os tesouros artísticos do país tão rico em história. Via com satisfação as boas relações existentes entre a Alemanha e Portugal, sobretudo pelo fato de saber que os objetivos que êle tinha para a Alemanha se encontravam nos mesmos campos e na mesma direção dos planos do Estado Português. Ele via com satisfação que o jornalista ganhasse uma visão das condições alemãs e do desenvolvimento do país para fomentar o interesse da publicidade portuguesa pelo progresso da Alemanha, contribuindo ainda mais para o estreitamento das relações recíprocas de amizade para o bem de ambos os países.


Significado da audiência para a "Aproximação teuto-portuguesa"


As "Notícias de Düsseldorf" publicou um texto enviado da direção redatorial do jornal em Berlim, escrita a 10 de fevereiro de 1935, que comenta a aproximação teuto-portuguesa. Esta, que já se havia bem desenvolvido nos últimos anos, tornara-se objeto de particular atenção política com a audiência concedida por Hitler aos dois jornalistas portugueses do Diário de Notícias.


O jornal salienta as condições geográficas de Portugal e as mudanças possibilitadas pelo desenvolvimento dos transportes no relacionamento entre Portugal e a Alemanha. Situado no extremo Ocidente da Europa, voltado totalmente ao Oceano, que determinara o seu desenvolvimento histórico, a sua vida e o seu destino, aproximara-se da Alemanha com o desenvolvimento da navegação marítima, de modo que a antiga distância e desconhecimento mútuo haviam sido superados.


Os portugueses caracterizavam-se a si próprios como pertencentes a uma nação atlântica, não como um país continental. Mais do que o convívio com outros povos europeus havia sido o contato com o oceano, com o Extremo Oriente e com as terras inexploradas da África e da América que conformara a alma portuguesa.


Portugal deixar-se-ia ainda então antes descobrir pela Europa do que descobria a Europa em si. Com a superação da distância espacial através dos navios alemães - de Hamburgo podia-se alcançar rapidamente Lisboa e Porto - também o intercâmbio cultural e econômico tornara-se mais intenso e diversificado. Há pouco havia sido homenageado em Lisboa um professor renano e, nessa ocasião houvera trocas de saudações e votos para um aprofundamento das relações por parte de ministros das duas nações.


Um outro fator - o político - parecia ao comentarista como de importância para a aproximação mental entre os dois povos. Portugal fora uma dos primeiros estados da Europa que passara de um sistema parlamentar arruinado a um govêrno autoritário. As reformas políticas internas tinham levado a um novo país, da ordem e da construção, prometendo ao povo português sucessos econômicos e sociais. Compreendia-se, assim, que a Alemanha nacionalsocialista visse com simpatia esses esforços de uma nação amiga no sentido da renovação e da intensificação de suas forças políticas, econômicas e culturais. Como Hitler havia declarado na sua audiência, as relações entre os dois países eram tão estreitas e cordiais pelo fato de ser a situação política em Portugal sob vários aspectos baseadas nos mesmos fundamentos e idéias do govêrno nacionalsocialista da Alemanha. Ao contrário da vizinha Espanha, abalada por intranquilidade político-particária, nunca houvera em Portugal manifestações contrárias à Alemanha nacionalsocialista.


Desde que as viagens entre a Alemanha e Portugal haviam sido facilitadas com o desenvolvimento marítimo, não sendo mais necessário fazer-se o caminho pela Espanha, França ou Inglaterra, aumentara a participação lusa nas produções da ciência e da literatura alemãs. A língua alemã era ensinada nas universidades e no ensino secundário ao lado do inglês e do francês. Também nas viagens oceânicas de navios alemães, empregava-se já há muito o português.


Jornalistas portugueses convidados ao Reichsparteitag em Nürnberg


A recepção de jornalistas portugueses por Hitler, que abriu o ano de 1935 demonstrando os elos de afinidade política entre Portugal e a Alemanha e manifestando os desejos de estreitamento de laços e de aprofundamento de conhecimentos mútuos, surge como um testemunho do papel exercido pelo jornalismo nessa fase de particular desenvolvimento do intercâmbio cultural e dos estudos que relacionam a Alemanha e o mundo de língua portuguesa. (Veja, entre outros, http://www.revista.brasil-europa.eu/124/Emissoras_e_Estudos_Culturais.html)


Se a entrevista fora concedida a partir de solicitação do representante português em Berlim, seguiu-se, no segundo semestre de 1935 um convite feito pelo próprio "Führer" a jornalistas portugueses para que participassem, como convidados de honra, do Reichsparteitag em Nürnberg.


Para a despedida da delegação portuguesa, o Serviço da Política Externa do Partido Nacionalsocialista NSDAP ofereceu, no dia 28 de setembro, uma recepção na Casa da Imprensa Alemã (Haus der deutschen Presse). (Abschiedsempfang des A. P. A. Völkischer Beobachter, 29 de setembro de 1935)



O jornal do partido salientou a presença do Deputado Joaquim Lança, membro da Assembléia Nacional Portuguesa, de Antonio M. Almodovar, líder da Juventude Portuguesa, assim como de Pinto de Lemos, Secretário do Ministro da Instrução de Portugal. Mais outras três convidados considerados como de liderança na política portuguesa estiveram presentes nessa recepção oficial de despedida da delegação dos jornalistas.


Os visitantes portugueses tinham tido a possibilidade de conhecer numerosas instituições culturais e sociais da Alemanha em Berlim. Foram guiados nessas visitas pelo Referente do Serviço da Política Externa do NSDAP, Pg. Haas. Também visitaram Colonia, Munique e Nürnberg, em parte em companhia do adjudante pessoal do Presidente de Portugal, o tenente Carvalho Nunes.


Os jornalistas foram também acompanhados pelo Dr. Robert Ley (1890-1945), diretor da organização do Reich, e participantes de cruzeiro do programa Kraft durch Freude aos fjordes escandinavos. Também a visita dos jornalistas portugueses inseriu-se, assim, no contexto desse movimento (Veja a respeito artigo nesta edição)


Lança, que havia pronunciado um discurso sobre Alemanha na Rádio e que havia sido transmitido a Portugal, anunciou que ia publicar um livro sobre a Alemanha. Manifestou-se com palavras encomiásticas sobre Hitler e descreveu o Reichsparteitag como uma grande manifestação de educação política, de amor pátrio e confiança ao Führer.


O Völkischer Beobachter termina o seu artigo mencionando que os portugueses deixaram a Alemanha com as melhores impressões, afirmando que se lembrariam sempre com saudades da sua estadia e que relatariam em Portugal sempre de forma verídica o que haviam presenciado e vivido.








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Indicação bibliográfica para citações e referências:
Bispo, A.A.."Hitler e as relações Portugal-Alemanha - uma esquecida audiência a jornalistas portugueses (1935) e portugueses convidados ao Reichsparteitag de Nürnberg". Revista Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira 130/15 (2011:2). http://www.revista.brasil-europa.eu/130/Hitler_e_jornalistas_portugueses.html


  1. Observação: o texto aqui publicado oferece apenas um relato suscinto de trabalhos. Não tendo o cunho de estudo ou ensaio, não inclui aparato científico. O seu escopo deve ser considerado no contexto geral deste número da revista. Pede-se ao leitor que se oriente segundo o índice desta edição e o índice geral da revista (acesso acima). Pede-se ao leitor, sobretudo, que se oriente segundo os objetivos e a estrutura da Organização Brasil-Europa, visitando a página principal, de onde obterá uma visão geral e de onde poderá alcançar os demais ítens relativos à Academia Brasil-Europa de Ciência da Cultura e da Ciência (culturologia e sociologia da ciência), a seus institutos integrados de pesquisa e aos Centros de Estudos Culturais Brasil-Europa: http://www.brasil-europa.eu


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Revista Brasil-Europa - Correspondência Euro-Brasileira 130/15 (2011:2)
Prof. Dr. A.A.Bispo, Dr. H. Hülskath (editores) e Conselho Científico
da
Organização Brasil-Europa de estudos teóricos de processos inter- e transculturais e estudos culturais nas relações internacionais (reg. 1968)
- Academia Brasil-Europa -
de Ciência da Cultura e da Ciência

e institutos integrados

© 1989 by ISMPS e.V. © Internet-edição 1998 e anos seguintes © 2010 by ISMPS e.V. Todos os direitos reservados
ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501

Doc. N° 2729




Hitler e as relações Portugal-Alemanha
uma esquecida audiência a jornalistas portugueses (1935)
e portugueses convidados ao
Reichsparteitag de Nürnberg


Ciclo de estudos Portugal-África-Alemanha-Brasil em Frankfurt a.M. e outras cidades pelos
10 anos do colóquio internacional "Dimensões européias de Portugal" da A.B.E., Nürnberg

 

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