M.A.H.Fitzler Kömmerling e o Brasil no movimento feminino alemão. Revista BRASIL-EUROPA 130/4, Bispo, A.A. (Ed.). Academia Brasil-Europa. Organização de estudos culturais em relações internacionais





Revista

BRASIL-EUROPA

Correspondência Euro-Brasileira©

 

Mathilde Auguste Hedwig Fitzler - Kömmerling após o seu casamento com Karl Kömmerling, em 1937 - é um nome que merece, por diversos motivos, ser relembrado nos estudos das relações culturais em contextos internacionais. Para os estudos euro-brasileiros, essa pensadora assume particular significado, uma vez que atuou como pesquisadora e professora no Brasil.


Mathilde A. H. Fitzler nasceu e passou a sua infância em Frankfurt a. M. e na cidade de Pforzheim. Realizou estudos de História em Munique e em Berlim. No Brasil, dedicou-se à pesquisa das fontes do rio Amazonas . Em 1922, tornou-se Professora no Rio de Janeiro.


Com a sua sólida formação histórica, as suas pesquisas de arquivos e de bibliotecas na Europa e no Brasil, as suas observações no próprio país e os seus conhecimentos de línguas, dominando o português, tornou-se, ao retornar à Alemanha, uma especialista de questões relativas à história dos Descobrimentos e à história econômica e social do período colonial.


Publicou, em 1927, com base em documentos estudados em Lisboa, uma história dos portugueses no Ceilão à época do rei Bhuvaneka Bahu e da ação missionária de Francisco Xavier SJ  (c/ Paulus Edward Pieris, Ceylon and Portugal I: Kings and Christians 1539-1552, Leipzig: Editora da Asia Major 1927).


Estudou, entre outros temas, a participação de alemães na política colonial espanhola de Felipe II na Ásia ("Der Anteil der Deutschen an der Kolonialpolitik Philipps II. von Spanien in Asien", Vierteljahrschrift für Sozial-und Wirtschaftsgeschichte, Sonderdruck). O seu interesse pela ação comercial de alemães na história colonial manifestou-se em estudo da firma comercial de Felix von Oldenburg como uma contribuição à história da consciência alemã em Portugal à época do Absolutismo (Die Handelsgesellschaft Felix v. Oldenburg & Co. 1753–1760: Ein Beitrag zur Geschichte des Deutschtums in Portugal im Zeitalter des Absolutismus, Stuttgart e Berlim, Kohlhammer, 1931). Preparou, para essa obra, um mapa sobre a Economia e as transações na Ásia de meados do século XVIII.


Dos seus trabalhos de pesquisa de fontes, deve-se mencionar aquele sobre a origem dos assim-chamados jornais de Fugger na Biblioteca Nacional de Viena (M. A. Hedwig Fitzler: Die Entstehung der sogenannten Fuggerzeitungen in der Wiener Nationalbibliothek, Baden/Viena, 1937).


Após a Segunda Guerra Mundia, Hedwig Fitzler continuou a desempenhar papel significativo na pesquisa histórico-econômica e social como autora de resenhas publicadas no Vierteljahrschrift für Sozial-und Wirtschaftsgeschichte. Dos seus trabalhos tardios, menciona-se "Der Numberger Georg Pock (+1528/9) in Portugiesisch-Indien und im Edelsteinland Vijayanagara" (Mitteilungen des Vereins für Geschichte der Stadt Nürnberg LV, 1967-68, 137-184).


M.A. Hedwig Fitzler Kömmerling e a mulher nos estudos culturais


A atualidade de uma reconsideração de M. A. Hedwig Fitzler Kömmerling  explica-se também por representar a presença feminina no vir a ser dos estudos históricos relacionados com Portugal e o Brasil e, em geral, pelo papel que desempenhou na organização feminina da sua região.(Brüchert, Hedwig, "Prof. Dr. Hedwig Kömmerling", Rheinland-Pfälzerinnen, Mainz 2011, Veröffentlichungen der Kommission des Landtages für die Geschichte des Landes Rheinland-Pfalz 23, 249-253)


Já em 1922, o nome de Hedwig Fitzler alcançou projeção como a primeira mulher a ocupar um cargo de professor universitário no Brasil. Ao retornar à Alemanha, destacou-se não apenas como pesquisadora. Dedicou-se à organização de um círculo feminino, primeiramente na cidade em que se casou, Pirmasens, posteriormente em toda a região da Renânia e Palatinado. A sua ação na fundação e na liderança do círculo alemão de mulheres (Deutscher Frauenring) levou, ao lado de sua atividade de pesquisadora, à sua inclusão em listas dos mais notáveis nomes da Renânia e do Palatinado.


Os elos entre o Brasil e o movimento feminino na Alemanha que se manifestam na vida de M. A. Hedwig Kömmerling-Fitzler não são sem maior significado para os estudos culturais. O seu reconhecimento e a sua projeção universitária foram alcançadas primeiramente no Brasil, e o prestígio obtido com o cargo que ocupou no Rio de Janeiro contribuiu certamente à aquisição de uma auto-consciência que explica o seu empenho pela política feminina na Alemanha. O Brasil desempenha, assim, um singular e pouco considerado papel na história da organização feminina na Alemanha.



Fitzler Kömmerling


O Brasil na questão do "pré-descobrimento português da América"


Um artigo da ainda jovem M. A. Hedwig Fitzler que merece ser recordado é aquele em que se dedicou à questão "De quem descobriu a América?" e que foi publicado no Deutsche Allgemeine Zeitung, no início do ano de 1935 ("Wer hat Amerika entdeckt? Die portugiesische Vorentdeckung", Nr. 11/12, 9 de Janeiro de 1935).


Nesse artigo, Hedwig Fitzler referia-se a texto publicado nesse órgão, abrindo o ano, de Egmont Zechlin (1896-1992), um tema de especial interesse desse pesquisador (Egmont Zechlin, "Das Problem der vorkolumbischen Entdeckung Amerikas und die Kolumbusforschung", Historische Zeitschrift 1935).(Veja artigo a respeito nesta edição)


A autora já era considerada, no início de 1935, como renomada pesquisadora da História Colonial, especializada na História Econômica e Ultramarina de Portugal. Os editores salientam que a sua explanação baseava-se em pesquisas realizadas em arquivos estrangeiros.


Monumento Guttemberg. Frankfurt a.M. Foto A.A.Bispo
M.A. Hedwig Fitzler inicia o seu estudo acentuando o significado do problema do descobrimento do Brasil nas reflexões relativas à questão do descobrimento da América . Ela dava razão a Egmont Zechlin que, tendo-se baseado em estudos de Jaime Cortesão (1884-1960), defendia o ponto de vista de que o rei português necessariamente já tivera conhecimento da existência do Brasil antes de 1494. Caso contrário, não se poderia compreender a sua política quanto à linha de demarcação colonial no Tratado de Tordesilhas (1494). Zechlin havia tratado da questão de um pré-descobrimento luso-teuto-dinamarquês da América em publicação de 1933 ("Zur Frage einer deutsch-dänisch-portugiesischen Vorentdeckung Amerikas", Forschungen und Fortschritt, Berlin, 10 de maio de 1933).





Descobrimento do Brasil como consequência de um plano: Afonso IV como inaugurador


Para M.A. Hedwig Fitzler, o descobrimento do Brasil deu-se como uma consequência das viagens oceânicas dos portugueses, conduzidas em várias direções desde o século XIV de forma planejada, incentivada e financiada pelo Govêrno português.


Essas viagens haviam levado, sob Alfonso IV (1335-1357), aos empreendimentos dos anos de 1334 e 1341 nas Ilhas Canárias. Para Hedwig Fitzler não foi o Infante D. Henrique, o Navegador, mas sim Alfonso IV o inaugurador das grandes viagens marítimas dos portugueses. Esse fato podia ser reconhecido no escrito do rei de 12 der fevereiro de 1345, um documento de cuja existência se havia duvidado por muito tempo mas que havia podido ser finalmente comprovado nos registros arquivísticos do Papa Clemente VI.


Com esse conhecimento, o "problema das Antilhas" ganhava uma nova feição. Poderia ser desvendado o mistério das ilhas situadas ao Ocidente dos Açores, que segundo Pedro de Media, o autor do famoso compêndio marítimo, já estavam indicadas como descobrimento dos portugueses em mapa de propriedade do Papa Urbano IV; os mapas da primeira metade do século XV, em particular no de Weimar de 1424, traziam a indicação de ilhas "novamente descobertas".


Fitzler salienta também a continuidade desses empreendimentos ao Ocidente pelo Infante D. Henrique, que enviou um de seus navios à "Terra das Sete Cidades". Ao lado do plano da Índia, que o levou às viagens ao longo da costa ocidental da África, o Infante, segundo o testemunho de seu colaborador Diogo Gomes de Sintra, emprestara particular atenção à exploração da zona ocidental do Oceano Atlântico. Procurou, com as suas caravelas, verificar se ali existiam ilhas ou mesmo continente.


A questão das viagens de descobrimentos dos árabes


Hedwig Fitzler lembra, no decorrer da sua argumentação, a ação de agentes muçulmanos na Península Ibérica e nos países da África do Norte, a sua competência em línguas e a existência de um extraordinário serviço de comunicações no mundo árabe. Assim, não eram totalmente desconhecidas referências sobre tentativas de viagens ao Ocidente dos árabes em Portugal. Sobretudo, Hedwig Fitzler considera o fato de ter sido Lisboa o ponto de partida dessas viagens. Uma dessas expedições muçulmanas que teriam procurado descobrir terras novas era a mencionada por Idrist no seu livro escrito para o rei normano Roger.


Os portugueses também teriam conhecido o registro de Ibn Fabl al-Outari, escrito no Cairo, a respeito das duas grandes expedições realizadas no século XIII do soberano da Guinea, Mohammed Gao em direção aos limites ocidentais do Oceano, e no qual o próprio rei perdeu a vida. Aqui, a autora cita publicação Ahmed Zefl Pascha ("Une seconde Tentative des Musulmans pour découorir l'Amérique", in Bull. d'Inst. d'Egypte, Tom II-1919/20).


As reais dimensões do conhecimento dessas antigas referências a viagens dos árabes não podiam ser bem avaliadas, uma vez que os arquivos oficiais portugueses haviam sofrido severas perdas, mesmo antes da política secreta de D. João II. As valiosas crônicas escritas desde 1145 pelo primeiro cronista Pedro Alfarde e seus sucessores, até 1460, foram destruidas durante um roubo no Convento da Santa Cruz de Coimbra. Um destino semelhante tiveram os registros e documentos dos cronistas da importante época de Alfonso V (1438-1481). Irrecuperável foi a perda da Crônica de Alfonso Cerveira, que a autora supõe ter sido destruída pelo próprio Azurara, a dos registros do Bispo de Ceuta, Justo Baldino (+1487), assim como a dos documentos que guardava com notícias árabes dos portugueses. Felizmente, alguns dos documentos restantes permitiam, segundo a autora, que se tentasse uma solução da questão do pré-descobrimento do Brasil.


Monumento Guttemberg. Frankfurt a.M. Foto A.A.Bispo


Fitzler: Brasil conhecido em Portugal desde 1474


Segundo a autora, poder-se-ia dizer que, em 1474, com o início da ação colonial do Príncipe e posteriormente Rei D. João II, iniciou-se uma nova era das viagens portuguesas ao Ocidente. Até esse ano, elas haviam tido objetivo determinado pela sua inserção no plano da Índia e servido à procura de uma passagem a Oeste do desejado caminho às terras das especiarias. Essa tentativa já havia sido feita pelos genoveses Vadino e Guido de Vivaldi em 1281, como demonstrado por Errara (L'Epoca delle grandi Scoperte geografiche, Milano 1902, 178), e que levara também que Genova observasse com atenção as viagens dos portugueses no século XIV.


Para Hedwig Fitzler, o plano da Índia foi desenvolvido, até 1474, em duas direções: pela navegação ao redor da África e pela tentativa de alcançar as terras de especiarias pelo Ocidente. O comércio do ouro na Mina africana possibilitou os meios, despertou porém a cobiça de Castela.  Um sistema de espionagem de grande estilo obrigara D. João II a uma política de manutenção de segrêdo única na História. Os mapas tornados públicos passaram a não incluir as viagens e os descobrimentos mais recentes dos portugueses. A manutenção de silêncio tornou-se rigorosa para pilotos e capitães de empreendimentos. Pilotos e marujos que se deixassem tentar pelas altas ofertas de Castela eram castigados com morte e mesmo além das fronteiras eram alcançados pelo braço do soberano.


Nenhuma viagem teria sido feita sem uma cuidadosa preparação. Tudo decorria segundo um sistema científico, que Pedro Nunes tentou mostrar na sua Defesa da Carta de Marear. Todos os empreendimentos tinham um objetivo determinado, apenas conhecido pelos iniciados do Rei. As concessões para viagens e descobrimentos no Ocidente, dadas a homens como João Vogado, Rui Gonçalves da Camera diziam, até 1473, que deviam servir ao descobrimento de alguma ilha ou terra não habitada. O mesmo objetivo tinha o privilégio concedido a Fernão Telles, a 28 de janeiro de 1474. Esse navegador recebeu, a 10 de novembro de 1475 (ou 1474?) um novo privilégio, que permitia que viajasse a uma terra povoada.


Ponto crucial da argumentação: mudança de privilégios a Fernão Telles


Nesses poucos meses, entre o primeiro e o segundo privilégio, aconteceu, assim, segundo a autora, algo de decidida importância. Tinha-se chegado, a Ocidente, a terra firme habitada, e assim, tinha-se que comprovar, sob severo silêncio, se essa terra era ou não a almejada terra de especiariais.


As expedições continuaram, e observações por espiões florentinos, genoveses e castelhanos chegaram a tal ponto que, em 1481/82, as Cortes portugueses aconselharam ao rei que tomasse medidas ainda mais severas de controle.


Em 1484, já se sabia,assim, na Corte portuguesa, que a Índia não podia ser alcançada pelo caminho do Ocidente. Os privilégios, que entre 1484 e 1486 haviam sido concedidos a Fernão Domingues de Arco, Fernão D'Ilinto e João Affonso de Estreito, falavam de uma terra firme, vista pelo rei não mais como India, mas sim como uma terra nova. Era aquela terra nova a que se referiu Vasco Fernandes, o orador do rei português junto ao Papa Inocêncio VIII, antes de 1485, quando mencionou novos reinos, novas ilhas e continentes novos e desconhecidos que o rei português dedicava ao nome de Cristo e da Igreja.


Teria sido por essa razão que D. João II negou três vezes propostas de viagens à Índia pelo caminho do Ocidente: primeiramente, a de Toscanelli, em 1474, a seguir, a de Colombo, em 1484, e, finalmente, a de Monetarius, em 1493. Ele já sabia que a Índia apenas podia ser alcançada, por caminho marítimo, contornando a África.


A questão da troca de correspondência entre Toscanelli e a autoridade da catedral de Lisboa, Fernão Martins, a respeito da possibilidade de se alcancar a Índia pelo caminho marítimo, de 1474, adquirira, segundo a autora, nova feição após exames de arquivistas portugueses. Após o achado sensacional de uma cópia da carta de Toscanelli, em latim, os mais peritos paleógrafos haviam chegado à conclusão que a abreviação ali contida não significava Fernão Martins, mas Fernão Noriz. Com isso, todas as dificuldades a respeito do nome teriam desaparecido, uma vez que um Fernão Noriz vivia em Lisboa e se encontrava em boas relações com Toscanelli.


Uma vez que Colombo não podia ter interesse em ter inventado essa carta, que punha em questão a originalidade do seu próprio plano e demonstrava que o rei português já possuía conhecimento do plano desde 1474, podia-se partir da autenticidade da carta de Toscanelli, que se inseria tão bem na política de manutenção de segredos de João II.


A questão das contas de vidro de Murano no Nordeste do Brasil


Para Fitzler, o achamento de contas Agri em túmulos do litoral do Nordeste do Brasil de época anterior a Cabral oferecia indícios de atividades comerciais dos precursores de Colombo nas terras americanas. Os achados seriam ainda mais interessantes pelo fato de serem semelhantes a outros na Argentina, e realizados na mesma técnica, assim como na costa do Pacífico (Fitzler citava aqui Aribu-Posnansky, "Precursores de Colón. Las perlas Agri", Nosotros, 1933).


Essas contas de vidro já no século XIII eram exportadas no século XIII em grande quantidade de Veneza, e buriladas na técnica secreta millefiori, sobretudo em Murano. Portugal era, devido às viagens africanas, um excelente local para a venda desses artigos. Essas contas Agri, tão apreciadas, eram levadas pelas expedições como artigos de troca, ao lado de aneis de cobre e bronze, as manilhas, em grandes quantidades.


Papel de D. João II nos planos de descobrimento do Brasil


A autora salienta que a D. João II não foi dado a sorte de ver concretizada a viagem de descobrimento ao Brasil, por êle preparada com tantas dificuldades, um plano que havia causado tantas dores de cabeça à Espanha e que havia desempenhado um papel importante no casamento do herdeiro português com uma princesa espanhola.


Colombo, que havia chegado a Portugal em 1476 como pobre náufrago, casando-se em 1478 com a filha do donatário da ilha de Porto Santo, Perestrello, e que tinha tido oportunidade, devido à excelente posição deste último, nos oito anos que esteve em Lisboa, de tomar conhecimento do novo caminho dos portugueses em direção ao Ocidente, possibilitou, com esses conhecimentos obtidos em Lisboa, que a Espanha desse o seu golpe decisivo no âmbito dos descobrimentos sem que tivesse realizado trabalhos anteriores. Chegou, assim, a anteceder a viagem oficial de descobrimento que D. João II provavelmente queria confiar a seu cosmógrafo Duarte Pacheco, que havia participado na concretização do Tratado de Tordesilhas.


As viagens de descobrimentos portuguesas oficiais começaram apenas após a morte de D. João II. Em 1498, o rei ordenou a Duarte Pacheco descobrir o quarto continente além do Oceano (Esmeraldo de situ orbis, edição de Lisboa, 1905). À sucessão do trono em Portugal, por ciúmes e ambições, desapareceram dos arquivos muitos documentos e registros dos anos 1485 e 1493 e 1495 que comprovavam a atuação do antigo rei.


A questão da descoberta acidental do Brasil por Pedro Álvares Cabral


Para Fitzler, historiadores, em particular brasileiros, com a intenção de demonstrar o descobrimento do Brasil na viagem de Pedro Álvares Cabral, levantaram a hipótese de que este, desviando-se do caminho tomado por Vasco da Gama, ter-se-ia dirigido a Ocidente após ter passado as Ilhas do Cabo Verde.


Esses argumentos pareciam ser consistentes à primeira veista; acreditou-se até mesmo poder encontrar-se um apoio para essa hipótese na quarta estrofe do quinto canto d'Os Lusíadas de Camões. Entretanto, a polêmica a respeito, que desde anos ocupava a Academia Portuguesa das Ciências, ainda não estava encerrada. Isso o demonstrava um estudo de 1934, de José Maria Rodrigues, membro da Academia.


Para Fitzler, porém, essa questão pouco interesse possuia, uma vez que via o problema do pré-descobrimento da América solucionado de outra forma.




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Indicação bibliográfica para citações e referências:
Bispo, A.A.."Mathilde Auguste Hedwig Fitzler Kömmerling (1896-1993) e o papel do Brasil no movimento feminino alemão. Da questão do 'pré-descobrimento português do Brasil'". Revista Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira 130/4 (2011:2). http://www.revista.brasil-europa.eu/130/Hedwig_Fitzler.html


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Revista Brasil-Europa - Correspondência Euro-Brasileira 130/4 (2011:2)
Prof. Dr. A.A.Bispo, Dr. H. Hülskath (editores) e Conselho Científico
da
Organização Brasil-Europa de estudos teóricos de processos inter- e transculturais e estudos culturais nas relações internacionais (reg. 1968)
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ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501

Doc. N° 2718




Mathilde Auguste Hedwig Fitzler Kömmerling (1896-1993)
e o papel do Brasil no movimento feminino alemão

Da questão do "pré-descobrimento português do Brasil"


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