Doc. N° 2311
Prof. Dr. A. A. Bispo, Dr. H. Hülskath (editores) e curadoria científica © 1989 by ISMPS e.V. © Internet-edição 1999 by ISMPS e.V. © 2006 nova série by ISMPS e.V. Todos os direitos reservados - ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501
112 - 2008/2
Fontes para estudos indígenas sob enfoques supra-nacionais: Regiões austrais A. Pigafetta
Punta Arenas, Reflexões no Centro Antártico Internacional e Museu Maggiorino Borgatello. Trabalhos da ABE 2008
A.A.Bispo
Punta Arenas. Centro Antártico Internacional Jornadas da A.B.E.,março de 2008. Fotos A.A.Bispo Um dos problemas dos estudos indígenas e o das tentativas de reconstruções históricas a partir da perspectiva indígena deriva do fato de grande parte da literatura estar inserida na história do pensamento das diversas nações americanas. O passado indígena foi freqüentemente considerado sob o ponto de vista da integração dos nativos na sociedade que constituiu futuros estados nacionais. Considerações mais recentes, sobretudo em meios não-científicos, partiram e partem muitas vezes da identificação nacional de grupos indígenas como pressuposto a ser aceito sem discussões. As próprias expressões denotam essas concepções integrativas do ponto de vista nacional: por ex. índios do Brasil e não índios no Brasil. A projeção de concepções nacionais e nacionalistas nos estudos indígenas pode, porém, trazer problemas para a pesquisa e interpretação de fatos, sobretudo se projetadas de forma não refletida em passado remoto. Tais questões, que vêm sendo debatidas já há anos em encontros e publicações específicas, encontram hoje novas possibilidades para serem discutidas com a abertura de mentes incentivada pelo Mercosul. A procura de traços comuns na história cultural das nações que hoje procuram integrar-se, preconizada pelos teóricos, leva necessariamente à releitura das fontes documentais e à história daqueles que se encontravam nas respectivas regiões antes das fronteiras que se estabeleceram no decorrer dos séculos. A história indígena, nos seus contextos continentais, nas suas diferenças regionais mas, sobretudo, nos seus notáveis elos comuns adquire assim nova importância. A visão do indígena no Brasil é muitas vezes por demais limitada por perspectivas voltadas ao habitat tropical. O índio surge consciente-ou inconscientemente como o nativo dos trópicos por excelência e o homem das florestas. Esquece-se, nessa visão, dos elos que o ligam com o indígena das regiões frias, não só do distante Norte, os esquimos, mas sim também com o homem das regiões antárticas.
A primeira fonte histórica que coloca o indígena no Brasil ao lado do indígena do extremo Sul do continente é o relato da primeira viagem de cirumnavegação do globo de Antonio Pigafetta. Essa fonte, apesar dos significativos e pormenorizados dados de interesse etnohistórico que oferece, tem sido menos considerada na literatura específica do que outras obras de viajantes do século XVI, seja um Léry, seja um Staden.
Antonio Pigafetta
Escritor e navegante italiano, nasceu e faleceu em Vicenza (1491-1534). De estirpe aristocrática, com boa formação e espírito aventureiro, veio à Espanha em 1519, acompanhando o Mons. Francisco Chiericato, embaixador de Roma junto a Carlos V. Com permissão do rei, integrou acomo sobressalente a nave Trinidad, acompanhando Fernando de Magalhães às Filipinas. Continuando a viagem após a morte de Magalhães, esteve com Sebastião Elcano nas Molucas, retornando à Espanha em 1522. O seu relato, intitulado "Primeira viagem em torno do globo", oferece relatos de fundamental importância histórica para os países hoje constituintes do Mercosul e para história indígena da região. De particular significado são os vocabulários que incluiu na sua obra.
Os dados de interesse para os estudos do indígena no Brasil encontram-se no relato referente à estadia no Rio de Janeiro, no dia 13 de dezembro de 15.
"13 de dezembro.
Entramos neste porto no dia de Santa Luzia, 13 de dezembro.
Era então meio-dia, o sol no nosso zênite, e sofríamos com o calor muito mais do que ao passar o equador.
A terra do Brasil, abundante em toda classe de produtos, é tão extensa como Espanha, França e Itália juntas; pertence ao rei de Portugal.
Os brasileiros. - Os brasileiros não são cristãos, porém tampouco são idólatras, porque não adoram nada; o instinto natural é sua única lei. - Sua longetividade: Vivem muitíssimo tempo; os velhos chegam em geral haté os 125 anos, e algumes vezes até os 140. Seus costumes: Andam nús de todo, tanto as mulheres como os homens. Suas casas: Suas habitações consistem em cabanas, as que chamam boi, e se descansam em teias de fios de algodão chamadas hamacas, presas pelos dois extremos de grandes vigas. (...)Algumas desses bois albergam por vezes até 100 homens com suas mulheres e crianças, e, por conseqüencia, há nelas sempre muito barulho. Seus barcos: Os chamam canoas e são feitos e um tronco de árvore escavado por meio de uma pedra cortante, usada em vez de ferramentos de ferro, das quais carecem. São tão grandes essas árvores que em uma só canoa cabem de 30 a 40 homens, que remam com remos parecidos aos esteios de nossos padeiros. Ao vê-los tão escuros, completamente nús, sujos e calvos, teria os omado como marinheiros da lagoa Estígia.
De interesse é o trecho dedicado à antropofagia entre os indígenas do Brasil. Pigafetta transmite aqui uma explicação das origens dessa prática. Essa não seria originária mas teria nascido de circumstâncias especiais. Como êle próprio menciona, muitos dados foram-lhe relatados por Juan Carvajo, que havia vivido quatro anos no Brasil.
"Antropófagos. - Os homens e as mulheres são tão bem conformados como nós. Comem algumas vezes carne humana, porém somente de seus inimigos. Não é por apetite nem por gosto que o comem, senão por um costume que, segundo nos disseram, começou entre eles da seguinte maneira: Uma velha não tinha mais do que um filho, que foi morte pelos inimigos; algum tempo despós, o matador de seu filho foi feito prisioneiro e conduzido a sua presença; para vingar-se, a mãe se lançou como uma fera sobre êle, e a mordidas o destroçou os ombros; teve o prisioneiro a dupla sorte de escapar das mãos da velha e fugir e voltar para os seus, aos quais mostrou as marcas das dentadas em sua espalda, e os fêz crer (talvez também acreditava) que os inimigos haviam querido devorá-lo vivo. Para não ser menos ferozes do que os outros, se propuseram a comer de verdade os inimigos que aprisionavam nos combates, e os outros fizeram o mesmo; sem dúvido, não os comem no campo de batalha, nem vivos, mas sim os despedaçam e os repartem entre os vencedores; cada um leva a parte que lhe corresponde, a seca à fumaça, e cada oito dias come-se um pedaço assado. Isto me contou nosso piloto Juan Carvajo, que havia passado quatro anos no Brasil."
Pintura e tatuagem. Os brasileiros, homens e mulheres, pintam o corpo e sobretudo o rosto de um modo extranho e de diferentes maneiras. Têm os cabelos curtos e cheios e não têm pelo em nenhuma parte do corpo, pois se depilam.
Vestidos. - Usam uma espécie de jaquetinha tecida com penas de papagaio e disposta de forma que as penas maiores das asas e do pescoço formam um círculo, o qual lhes dá uma aparência pitoresca e ridícula. Adorno dos lábios. quase todos os homens têm o lábio inferior transpassado por três agulhões, pelos quais passam pequenos cilindros de pedra de duas polegadas. Nem as mulheres nem as crianças trazem esse incômodo adorno. Andam completamente desnudos. Sua cor é mais de azeitona do que negra. Seu rei se chama cacique.
Há nesse pais infinios papagaios; por um pequeno espelho nos davam oito ou dez. Também há gatos muito lindos, amarelos, parecidos a pequenos leões. O pão._ Comem um pão branco e redondo, que não apreciamos, feito da médura ou com a parte branca que há entre a cortiça e a madeira de certa árvore e que tem alguma semelhança com o leite coalhado. Animais. _ Há cervos, que nos pareceram ter o umbigo nas costas, e uns pássaros grandes cujo bico parece uma colher, porém não possuem língua. Libertinagem das moças. Algumas vezes, para conseguir um machado ou uma faca de cozinha nos ofereceram uma ou até mesmo duas de suas filhas como escravas. Castidade conjugal: Porém não nos ofereceram nunca suas mulheres; ademais, estas não consentiam entregar-se a outros homens que não fossem seus maridos, porque, apesar da libertinagem das moças, seu pudor é tal quando estão casadas que não toleram nunca que seus maridos as abracem durante o dia. Estão encarregados dos trabalhos mais penosos, e são vistas freqüentemente descer da montanha com cestos cheios de carga sobre a cabeça; mas jamais vão sozinhas; os seus maridos as acompanham, os quais são muito ciumentos, armados, com as flechas em uma mão e o arco na outra. Armas: Este arco é de madeira do Brasil ou e palmeira negra. Se as mulheres têm filhos, os levam suspenços do colo por meio de uma corda de algodão. Poderia dizer muias coisas acerca de seus costumes, porém as passarei em silêncio para não ser demasiado prolixo. Credulidade._ esses povos são extremamente crédulos e bons, e seria fácil convertê-los ao cristianismo. A casualidade fiz que conceberam por nós veneração e respeito. Reinava há dois meses uma grande sêca no país, e como no momento de nossa chegada o céu desatou em chuva, a atribuiram à nossa presença. Quando desembarcamos para dizer missa em terra, assistiram em silêncio e com ar de recolhimento, e vendo que púnhamos as nossas chalupas ao mar, que estavam amarradaas ao costado do navio, o que o seguiam, imaginaram que eram filhos do buque e que este os alimentava. Roubo estranho de uma moça. _ O capitão general e eu fomos um dia testimunhos de uma estranha aventura. As jovens vinham freqüentemente a bordo do navio a oferecer-se aos marinheiros para obter algum presente; um dia, uma das mais bonitas subiu, sem dúvida, com o dito objeto; porém havendo visto um prego de um dedo de pargura e crendo que nós não a víamos, o pegou e o introduziu rapidamente entre os dois lábios de suas partes naturais. Quis escondê-lo? Quis adornar-se? Não o pudemos adivinhar. (op.cit. 50)
27 de dezembro de 1519. Passamos treze dias nesse porto; em seguida empreendemos de novo nossa rota e costeamos o país até os 34° 40' de latitude meridional, onde encontramos um grande rio de água doce. Canibais: Aqui habitam os canibais ou comedores de homens. Um deles, de figura gigantesca e cuja voz parecia com a de um touro, se aproximou de nosso navio para dar ânimo a seus camaradas que, temendo que lhes quiséssemos fazer mal, se afastavam do rio e se retiravam com os seus para o interior do país. Para não perder a ocasião de falar-lhes e de vê-los de perto, descemos à terra 100 homens e os perseguimos para capturar alguns; porém davam tão grandes passadas que nem correndo nem saltando pudemos chegar a alcançá-los. (op.cit. 51)
(...)
Homens gigantes da Patagônia
Nos seus registros relativos ao dia 19 de maio de 1520, quando se encontravam no Porto de San Julián, Pigafetta relata o contato com um nativo de agigantadas proporções, fornecendo as bases para a idéia da existência de gigantes nessa região e que perduraria os séculos.
"Um gigante. - Trancorreram dois meses sem que tivéssemos visto nenhum habitante do país. Um dia, quando menos o esperávamos, um homem de figura gigantesca apareceu a nós. Estava na areia, quase desnudo, e cantava e dançava ao mesmo tempo, lançando pó sobre a cabeça. O capitão enviou à terra um de nossos marinheiros, com ordem de fazer os mesmos gestos, em sinal de paz e amizade, o que foi muito bem compreendido pelo gigante, que se deixou conduzir a uma pequena ilha onde o capitão havia descido. Eu me encontrava ali com muitos outros. Deu mostras de grande estranheza em nos ver, e levantando o dedo, queria sem dúvida dizer que acreditava que tínhamos vindo do céu. Sua figura: Esse homem era tão grande que nossa cabeça chegava apenas à sua cintura. De perfil bonito, sua cara era larga e tinta de vermelho, exceto os olhos, rodeados com um círculo amarelo, e dois traços em forma de coração nas faces. Seus cabelos, escassos, pareciam ser embranquecidos com algum pó. Seu trage: Seu vestido, ou, melhor dizendo, seu manto, era feito de peles, muito bem costuradas, de um animal que abunda nesse país, como veremos mais à frente."
Seus costumes. - Trazem o cabelo cortado em auréola como os frades, porém mais longos e presos por um cordão de algodão ao redor da cabeça, e no qual colocam suas flechas quando vão caçar. Se faz muito frio, atam estreitamente as suas partes naturais contra o corpo. Sua religião: Parece que sua religião se limita a adorar o diabo. Pretendem que quando um deles está morrendo, aparecem 10 ou 12 demônios cantando e bailando a seu redor. Um dos demônios, que faz mais estardalhaço que os outros, é o chefe ou diabo maior, e o chamam Setebos; os pequenos se chamam Chelele. Os pintam e representam como os habitantes do país. Nosso gigante pretendia haver visto uma vez um demônio com chifres e pelos tão longos que lhe cobriam os pés, e que lançava chamas pela boca e por detrás.
Julho de 1520. Usos. _ Esses povos se vestem, como já disse, com a pele de um animal, e com essa pele cobrem também as suas choças, que transportam aqui e ali, para onde mais lhes convém, não tendo ponto de residência fixo, estabelecidos, como os boêmios (...). Se alimentam ordinariamente de carne crua e de uma raíz doce que chamam capac. São muito glutões; os dois que pegamos comiam cada um um cesto de biscoitos por dia, e bebiam meio copo de água de um trago; devoravam as ratas cruas sem esfolá-las antes. Nosso capitão chamou esse povo de patagões. Passamos cinco meses nesse porto, ao qual chamamos de San Julián, durante os quais não nos sucedeu nenhum acidente (...). (op.cit. 60)
Pigafetta descreve no seu relato um animal que o acompanhava (guanaco), as suas armas, a troca de presentes, cerimônias, as mulheres, a caça e a chegada de outros gigantes, salientando o fato de se mostrarem amigos dos espanhóis. A seguir, porém, descreve a captura de dois gigantes de modo astucioso, com a finalidade de levá-los à Espanha. Oferece pormenores a respeito da medicina nativa, seus costumes e sua relicião. Essa descrição causa no leitor necessariamente indignação pela traição dos europeus para com os nativos, um procedimento que obscurece as qualidades por alguns tão decantadas de caráter de Fernando de Magalhães e lança uma sombra nesse primeiro contato de europeus com os indígenas do Sul.
Vocabulários indígenas
Pigafetta oferece em seu livro, séries de palavras que coletou no Brasil, na Patagônia e nas ilhas dos Mares do Sul (Filipinas, Molucas, Malaca e ilhas vezinhas) com os termos equivalentes em espanhol. Esses termos formam os mais antigos vocabulários conhecidos desses idiomais. Embora tendo-se criticado Pigafetta pelos critérios utilizados para coletar os seus dados e ordená-los, o seu trabalho não deixa de ter o mais alto interesse histórico-etnográfico e linguístico. Assim, no caso do Brasil, registra não apenas o termo para a maraca (Hanmaraca), mas a identifica com os cascavéis europeus, ou seja, faz a equivalência não pela aparência do instrumento mas sim pelo seu efeito sonoro ou pela sua função simbólica.. A disposição em seqüência de vocabulários de indígenas brasileiros, patagões e nativos dos mares do Sul adquire também um significado histórico-cultural comparativo.
Como intermediário nos contatos com os nativos, Fernando de Magalhães contara com Juan Carvajo, que havia passado quatro anos no Brasil e seu escravo Henrique, da Sumatra, e que falava o malaio. Para as partes mais ao sul da América e para as ilhas do mar do Sul, porém, não possuia palavras que pudesse auxiliar nos contatos. Esse trabalho de registro de termos coube a Pigafetta. Do Brasil, talvez por não ter tido necessidade maior, coletou apenas 12 palavras, do idioma patagão, porém, registrou muito mais palavras. Aqui podia contar com o auxílio do nativo que haviam capturado e levavam a bordo. Supõe-se que os viajantes tivessem sido mais bem recebidos nas Ilhas Marianas se soubessem algumas palavras da língua local. Pgafetta foi o encarregado de tratar com o rei de Chipit, na ilha de Mindanao, e com o de Borneo assim como os das demais ilhas, em especial das Molucas. Registrou, para tal, um vocabulário de 160 palavras em Zubu e outro de 450 nas Molucas.
Vocabulário brasileiro
Rey = Cacich Bueno = Tum Casa = Boi Cama = Hamac Peine = Chipag Cuchillo = Tarse Cascabeles = Hanmaraca Tijeras = Pirame Anzuelo = Pinda Barco = Canoe Mijo = Maiz Harina = Hui
Vocabulário patagão (partes)
Demonio (grande) = Setebos Demonio (pequeño) = Cheleule Núbil = Benibeni Casado = Babai Joven = Calemi Guía = Anti Tuerto = Calischen Cabeza = Her Ojo = Oter Cejas = Ochecel Párpado = Sechecel Nariz = Or Fosas nasales = Oresche Boca = Chian Labios = Schiaine Dientes = For Lengua = Scial Barbilla = Secheri Barba = Archiz Orejas = Sane Garganta = Ohumez Cuello = Scialeschiz Espaldaas = Pelles Pecho = Ochii Corazón = Tol Senhos = Otón Cuerpo = Gechel Partes del hombre = Sachet Pares de la mujer = Isse Culo = Schiaguen Nalgas = Hoii etc.
Museu Salesiano Maggiorino Borgatello
O principal centro de interesse para estudos indígenas comparados de Punta Arenas é o Museu Salesiano. Este é mais um museu missionário dos vários que os salesianos mantém em vários países. Esses museus, com os seus valiosos materiais colhidos de povos indígenas onde atuaram os religiosos, representam importantes centros para estudos indígenas. A A.B.E. já considerou coleções guardadas em vários desses centros salesianos, em particular do Museu D. Bosco de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, e do Museu do Índio de Manaus. Relatos a respeito podem ser consultados em números anteriores desta revista. O Museu de Punta de Arenas, denominado de Maggiorino Borgatello, em comparação com outros museus salesianos visitados, impressiona pelas suas excelentes instalações e pela técnica expositiva e museológica. Está localizado em vasto edifício anexo ao Santuário Maria Auxiliadora. Além de vasta documentação relativa à história missionária e das seções dedicadas às ciências naturais, com objetos expostos ainda de forma tradicional, o museu possui um amplo espaço dedicado às culturas indígenas, em particular da Terra do Fogo, onde os objetos e antigas fotografias são expostas de forma cuidadosamente refletida do ponto de vista científico e de pedagogia museológica. Uma sala é dedicada à Caverna de Mãos, em reprodução de proporções naturais de pinturaas rupestres de 11 mil anos.
Observação: o texto aqui publicado oferece apenas um relato suscinto de trabalhos. Não tendo o cunho de estudo ou ensaio, não inclui notas e citações bibliográficas. O seu escopo deve ser considerado no contexto geral deste número da revista. Pede-se ao leitor que se oriente segundo o índice desta edição (acesso acima).