Tendo visitado várias regiões do Brasil por ocasião de eventos da A.B.E., e desejando manter vivos os contatos com aqueles com que travou contato no país e com os brasileiros que já estiveram no centro de estudos europeu da instituição, L. Mueller, membro do grupo de apoio da entidade, enviou impressões do Festival de Verona e uma vasta documentação fotográfica para os acervos da instituição. Os materiais deverão servir para estudos relativos à ópera en contextos internacionais da atualidade.

Verona situa-se a apenas 30 km de distância do lago de Garda. Aqui, une-se estória e história, da arena romana à casa e à sepultura de Júlia, da Piazza pitoresca Erbe à grandiosa Piazza dei Signori. Também não pode ser esquecido o teatro romano nas proximidades do Etsch, assim como o Castelo San Pietro e o terraço panorâmico de onde se avista a cidade. Dentre as cidades próximas, deve-se salientar Vicenza, a 70 km, a cidade de Palladio com as suas mais belas Villas, por exemplo a Villa Capra la Rotonda.

O Festival deste ano, o 85° da série, foi aberto com Nabucco de Verdi. Seguiu-se a execução de Aida, o principal atrativo do Festival. A nova cenografia da Aida é de autoria de Sergio Tramonti, sob a direção de Giampiero Solari. A ópera foi apresentada nos dias 15, 17, 22, 25 e 28 de julho, 5, 12, 15, 19, 23, 26 e 28 de agosto, assim como no dia 1 de setembro. Do programa constou também La Bohéme, dirigida pelo Mtro. Lü Jia e sob a regie de Arnaud Bernard e cenografia de William Orlandi, primeiramente aprresentada em 2005. Outo ponto culminante da programação foi o Barbiere de Siviglia, de J. Rossini, apresentado com uma nova cenografia, sob a direção de Hugo de Ana. A coreógrafa foi Leda Lojodice e a orquestra esteve sob a direção de Claudio Scimone. Os papéis principais estiveram a cargo de Leo Nucci e Franco Vassallo (Figaro), Francesco Meli (Almaviva), Bruno De Simone (Don Bartolo) e Yannick Massis (Rosina). A quinta das óperas apresentadas neste verão foi La Traviata. Ela apenas pode ser presenciada no mês de agosto, nos dias 4, 9,17,21 e 24. Foi representada com um cenário utilizado desde 2004 e com costumes de Paul Brown. A direção esteve a cargo de Graham Vick, a orquestra foi regida por Julian Kovatchev.

Observação: o texto aqui publicado oferece apenas um relato suscinto de trabalhos. Não tendo o cunho de estudo ou ensaio, não inclui notas e citações bibliográficas. O seu escopo deve ser considerado no contexto geral deste número da revista. Pede-se ao leitor que se oriente segundo o índice desta edição (acesso acima).