Doc. N° 2269
Prof. Dr. A. A. Bispo, Dr. H. Hülskath (editores) e curadoria científica © 1989 by ISMPS e.V. © Internet-edição 1999 by ISMPS e.V. © 2006 nova série by ISMPS e.V. Todos os direitos reservados - ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501
110 - 2007/6
Tópicos multilaterais Inglaterra-Caribe-Brasil
História colonial inglêsa no Caribe e estudos da simbólica latino-americana
Trabalhos da A.B.E. e do I.S.M.P.S.. Estudos paralelos ao Seminário "Pesquisa da Cultura Musical e Política", 2007
A.A.Bispo
Momises. Pintura Mural em São Pedro dos Macoris, República Dominicana. Trabalhos da ABE. Foto A.A.Bispo A A.B.E. vem realizando há anos trabalhos de pesquisa e encontros em vários países do Caribe. O objetivo desses estudos é sobretudo o da elucidação de processos euro-americanos e interamericanos nas suas interligações e nas suas expressões culturais. A A.B.E. parte do pressuposto de que também os estudos culturais relativos ao Brasil não podem ser realizados adequadamente sem perspectivas mais amplas que englobem as outras regiões do continente. Sobretudo zonas de encontro entre a América Latina e a América não-latina ou em regiões que experimentaram ou vivem a interseção de esferas político-culturais européias distintas pela língua e pela religião predominante surgem aqui como especialmente produtivas para questionamentos e análises culturais.
Este é o caso de expressões culturais conhecidas de países latinos e vinculadas em geral a culturas de fundamentação católica que persistem em contextos culturais antilhanos protestantes e de língua inglêsa e que, singularmente, surgem até mesmo como expressões significativas da identidade cultural desses países.
A elucidação dos mecanismos que explicam esse fenômeno permitem aguçar a sensibilidade para uma compreensão mais diferenciada das relações entre as expressões culturais e a história política, contribuindo para a superação de hipóteses não fundamentadas, de visões superficiais e de afirmações estereotipadas.
Com base em estudos realizados e em encontros com especialistas locais efetivados em ilhas de língua inglêsa (St. Thomas, Sta. Lucia, Trinidad e Tobago, Jamaica, Bahamas, Virgin Islands, Grenada e outras) e em países do Caribe latino que apresentam algumas expressões culturais similares, desenvolveram-se, no âmbito do Seminário "Pesquisa da Cultura e Política", debates relativos às dimensões político-culturais de expressões designadas pelo termo genérico de "Mascaradas". Um dos principais estudos dessas expressões diz respeito às Virgin Islands: Robert W. Nicholls, Old-Time Masquerading in the U.S. Virgin Islands. St. Thomas, U.S. Virgin Islands 1998.
Deu-se, com esses debates. prosseguimento à discussão de questões tratadas no Museu del Hombre Dominicano, em Santo Domingo (2000). O Boletín do Museo del Hombre Dominicano, da Secretaria de Estado de Cultura da República Dominicana, publicou, naquele ano, textos de natureza explicitamente político-cultural (Boletín XXVII/28[2000]). Entre êles, salientou-se o de Juan Rodríguez e José G. Guerrero, dedicado ao tema "Cultura y política en los momises de San Pedro de Macorís" (págs. 227-240). Essa localidade foi visitada por estudiosos da A.B.E.em 2003.
As representações dos grupos denominados de "momises" e "guloyas" de San Pedro de Macorís são consideradas como importantes expressões do patrimônio cultural dominicano. Entretanto, esses grupos são de origem relativamente recente na região e se vinculam com a vinda de imigrantes de ilhas de língua inglêsa do Caribe em fins do século XIX e início do XX. Representações similares existem em várias partes das Antilhas inglêsas e nas Bermudas. Os autores salientam, com razão, que apenas estudos comparativos mais abrangentes das expressões respectivas nas diferentes ilhas podem levar a uma reconstrução do todo a partir de seus fragmentos e possibilitar um melhor entendimento de seu sentido e função. Na realidade, porém, os estudos dessa natureza deveriam ser ainda mais abrangentes, considerando tradições similares de outros países latino-americanos e europeus. Com base nos trabalhos realizados pela A.B.E. em vários contextos pode-se desde já abrir novas perspectivas para o entendimento do sentido dessas representações e, sobretudo, para a interpretação adequada de suas dimensões político-culturais.
Ponto de partida para a análise dessas representações é o período do ano em que ocorrem. Os grupos com costumes e máscaras que percorrem as ruas e executam danças e "juegos" apresentam-se na época natalina de 25 de dezembro a 6 de janeiro. Também se apresentam em festejos do carnaval ou em outras poucas ocasiões festivas. Já essa inserção das representações no período das Doze Noites e no Carnaval indica claramente a sua vinculação a um contexto simbólico de fundamentação teológica do ano eclesiástico.
Os próprios autores do estudo reconhecem a evidência da origem medieval européia dessas representações, não voltando a mencionar a hipótese de uma origem africana levantada em outros contextos e de natureza ideológica. Entretanto, salientam que essas expressões representariam reminiscências de antigos rituais agrícolas do solstício de inverno, e a sua adaptação às celebrações cristãs do Natal e da Epifania seriam apenas incidentais. Prova disso seria, por exemplo, o fato de poucos cantos ou villancicos mencionarem o nascimento de Jesus.
Essa premissa dos autores, porém, reproduzindo visões já superadas dos estudos de folclore, somente se explica por um desconhecimento dos fundamentos hermenêuticos da linguagem simbólica de expressões lúdicas do Catolicismo medieval. Como tratado em numerosos eventos e cursos da A.B.E., o caráter grotesco e os mecanismos de assimilação de diferentes elementos culturais nessas representações, que tanta perplexidade causa ao observador sem adequada formação histórico-teológica e tem dado margem a tantas hipóteses sem fundamentação, são características próprias de um sistema semiótico da cultura cristã baseado fundamentalmente no confronto de tipos e anti-tipos.
O que se representa nessas expressões festivas de uma época do ano em que se rememora a encarnação do Logos na Humanidade Carnal, são os Tipos superados pelos renascidos através do batismo, ou seja figuras representativas do homem carnal, cujas fraquezas são apresentadas de forma satírica. O próprio sistema possibilita assim a inclusão dos mais diversos elementos culturais de povos não-cristãos, pré-cristãos ou de situações e vultos do presente, desde que tragam o cunho negativo da humanidade Velha ou carnal.
O conjunto aparentemente complexo e paradoxal dessas expressões, não compreendido por pesquisadores sem conhecimentos teológicos, demonstra-se assim como sendo de fácil compreensão por aqueles imersos na respectiva visão do mundo. Com a integração de grupos populacionais indígenas e africanos em fase de missionação nessas expressões, possibilitou-se a assimilação de uma ordenação simbólica da cultura ocidental de forma festiva, tão profunda que os seus protagonistas se mantiveram através dos séculos nos principais mantenedores dessas expressões provindas da Europa medieval.
Os autores do respectivo estudo, citando sobretudo Nadal Walcot (Dagoberto Tejeda Ortiz, Los cocolos de Naal Walcot, Santo Domingo 1998) , Mota Acosta (Julio César Mota Acosta, Los cocolos en Santo Domingo, Santo Domingo 1974) e Fradique Lizardo (Danzas y bailes folklóricos dominicanos, Santo Domingo 1974) , mencionam descrições de danças originárias das ilhas barloventinas de Saint Kitts, Anguila, Tortola, Nevis, Anegada, Barbuda e Saint John.
Os Momises (do inglês mummers) da República Dominicana equivalem às mascaradas conhecidas das ilhas das Antilhas Inglesas. A principal "lição" dessas representações seria o resgate de uma mulher raptada por um gigante. Aqui residiria a ação simbólica por excelência. Na República Dominicana, o principal grupo, também muito apreciado no carnaval, seria o que reproduz a estória de lenhadores da época do rei Jorge VI que regressam a seu povo após um período de ausência. Vestidos de saias, representam uma luta de paus e o combate de animais selvagens.
Tais representações são conhecidas nos seus elementos fundamentais de países europeus e latino-americanos, onde não podem remontar a tradições inglêsas. Tudo indica, portanto, que esses costumes das Antilhas foram introduzidos nos primeiros séculos da colonização por colonos ibéricos, transformados em características identificatórias de grupos assim integrados e por êles mantidos através dos séculos, apesar da assimilação da língua inglesa. Teriam sido posteriormente reintroduzidos pela imigração na esfera cultural do Caribe Latino. A menção à estória inglêsa de lenhadores deve ser assim considerada como uma atualização a partir das bases simbólicas do Todo. Haveria uma outra hipótese menos plausível, ou seja, a de que se tratasse de costumes inglêses remanescentes de período anterior ao Anglicanismo, elementos de um repertório comum europeu e introduzidos nas ilhas. Entretanto, seria pouco provável que tivessem sido assimilados de forma tão profunda por parcelas da população já missionadas e formadas na sua identidade cultural. Além do mais, expressões similares existem em outras regiões da área que não sofreram a influência inglesa.
Os "Guloyas" (do inglês good lawyers) representam em danças o combate entre David e Golias. Dois personagens (Yayí e Fadó) comentam jocosamente o enrêdo e distraem o público. O aparecimento dessas duas figuras, comuns a grande número de expressões culturais da América Latina e da Europa, os conhecidos "palhaços" ou "mateus" no Brasil, testemunham da forma mais clara a natureza jocosa, lúdica, grotesca dos eventos, salientando a necessidade de sua interpretação hermenêutica. Os bons trabalhadores indicam que os participantes do evento religioso eram elementos modelares da esfera mais simples da população. Também aqui a denominação indica a relatinização de uma denominação que tinha sido anglicizada no passado.
O Boi (bull) diz respeito ao enrêdo em torno a uma figura de um boi de propriedade de um rico fazendeiro. Adoecendo, chama-se um médico veterinário, que não consegue curá-lo. Apenas com a ajuda de um peão e de um feiticeiro é que o boi se recupera, correndo as ruas em movimentos de alegria. Da forma mais impressionante tem-se aqui um tema conhecido das representações do Boi no Brasil, testemunhando o fato da sobrevivência de tradições medievais relacionados com as figuras simbólicas natalinas, sobretudo do boi e do burro. Conhecida hoje na República Dominicana pelo termo Buey, visto como tradução do inglês bull, representa conceitualmente uma provável recuperação da sua denominação original espanhola.
A Aranha Gigante (giant spider) representa um gigante embriagado que persegue a sua mulher fugida com um policial. Cenas cômicas dessa natureza também são conhecidas de tradições brasileiras. O Baile dos Pavões Lutadores (peacock fighters) constitui-se de um combate de arcos, flexas e machados e parece ser de origem mais recente (1929), embora calcado em antiga simbologia. O pavão, símbolo de antigas origens nas tradições cristãs, usual no repertório simbólico da época dos Descobrimentos, relaciona-se com características negativas dos homens considerados carnais. A sua interpretação com elementos indígenas fala por si da conotação crítica que os primeiros cristãos emprestavam ao aborígene americano e a sua função no processo transformador de identidades.
O Baile dos índios selvagens (wild indians) mostra certa semelhança com o anterior, embora os seus protagonistas representem índios norteamericanos. O norteamericanização dos trajes dessa representação denota uma atualização relativamente recente da expressão cultural. O relevante no caso é a representação básica de índios selvagens, compreensível no conjunto global das tradições simbólicas do homem carnal do Natal e da Epifania. Corresponderia, no Brasil, à dança dos Caiapós e outras similares.
O Baile de zancos ou macayombi é constituído por um dançarino que se movimenta sobre pernas-de-pau. Também essa expressão jocosa é conhecida de outras regiões latino-americanas, européias e africanas. Muito provavelmente refletem expressões culturais africanas, entretanto a partir do enfoque cultural cristão, ou seja, metamorfoseadas para a sua integração no contexto grotesco-satírico da crítica ao homem velho.
Os autores do referido estudo, reconhecendo e com razão a dimensão política dessas expressões culturais, procuram considerá-las no contexto da expansão açucareira na República Dominicana. Esse apogeu da economia do açúcar na ilha deu-se a partide meados do século XIX, particularmente na região de San Pedro de Macorís, até então pequena cidade de pescadores. A necessidade de mão de obra levou à vinda de trabalhadores de várias ilhas do Caribe e de vários países da Europa e do Oriente. Grande maioria dos imigrantes era proveniente das ilhas barloventinas.
Um empresário cubano, William Bass, organizou, em 1893, a imigração de trabalhadores de St. Thomas e Barbados. O seu apogeu foi atingido durante a ocupação norteamericana; em 1920, ali vivendo ca. de 10000 insulares inglêses. A anglicização da população local foi por muitos criticada, e por jornais se propagava a idéia de uma proibição da vida de "cocolos". Esse termo, ainda não bem elucidado, parece representar uma derivação de "congolos", ou seja, congos. Se essa hipótese puder ser fundamentada, então ter-se-ia aqui, a partir das tradições, uma denominação correspondente aos "congos" do Brasil e de outros países latino-americanos. Essa designação se relacionaria com africanos de identidade cristã, uma vez que o Reino do Congo foi, desde fins do século XV, um país influenciado pela cultura cristã de fins da Idade Média. Nesse caso, poder-se-ia levantar uma outra hipótese relativa à origem dessas tradições. Elas poderiam ter sido introduzidas por congoleses portadores de uma cultura cristã formada em fins do século XV, anterior à ação jesuítica, impregnada de expressões de cunho simbólico.
A situação da economia açucareira no Caribe de meados do século XIX apresentou traços altamente diferenciados nas diversas ilhas. Dependendo das condições locais, algumas delas experimentaram períodos de apogeu, outras de declínio. A falta de mão-de-obra levou também à imigração de trabalhadores da India para Trinidad e Guiana Inglesa. A política norte-americana de importação levou também a uma situação econômica que gerou desemprêgo em algumas ilhas, sobretudo Anguila, Saint Kitts-Nevis, Antigua e Tortola, causando a emigração de trabalhadores para a República Dominicana, assim como a Aruba, Curaçao, Cuba, Bermudas e países da América Central. Com os imigrantes vieram artesães, professores, mecânicos, instrumentistas, sobretudo de banda, pastores evangélicos e comerciantes.
As expressões dos mascarados (masqueraders) do período natalino foram documentadas em Saint Kitts em fins do século XIX e fotografadas primeiramente em 1908. Na República Dominicana, foram documentadas no ano de 1914. Pode-se constatar que os trajes em ambas as ilhas permanecem idênticos, testemunhando a sua comum origem. O principal elemento simbólico são as penas de pavão real colocadas numa armação de papelão e de um traje com capa decorada com pequenos espelhos. Os mesmos costumes se encontram nos gombeyes (gombeys) das Bermudas, aqui também surgindo as conhecidas fitas coloridas que caem de ambos os lados do corpo. Trata-se, assim, de um traje tradicional largamente documentado de costumes europeus e latino-americanos da época natalina.
O fato de que esses grupos também saem em outras épocas do ano, sem vínculo com o calendário religioso, é fácil de ser entendido. Assim, nas Bermudas, onde os grupos também estão fundamentalmente vinculados com o período do Natal, apresentam-se por ocasião das comemorações da emancipação dos escravos, em agosto. Esse fato fala da importância desses costumes para a identidade cultural dos descendentes de escravos, fato apenas explicável pela função que exerceram à época de sua conversão, ou seja da adoção da ordenação simbólica da cultura ocidental.
Os autores, ao concluir o seu estudo, procuram responder à seguinte questão:.Qual seria o segrêdo da persistência da cultura cocola, por que utilizariam o inglês no seu teatro dançante apesar do longo tempo de residência na República Dominicana? A resposta que dão é de natureza política e cultural. Salientam que "desgraciadamente, los investigadores solo han captado el aspecto festivo desligado del contexto social y político".(pág. 234)
Introduzindo um novo argumento, mencionam que o movimento de Marcus Garvey, o profeta jamaicano fundador da Universal Negro Improvement Association (UNIA 1916) e impulsionador do movimento Rasta, teria exercido uma grande influência no desenvolvimento cultural dos cocolos junto às irmandades de socorro mútuo. Ele próprio teria vivido em San Pedro de Macorís e teria organizado um protesto durante a ocupação norteamericana. Para Nadal Walcot, teria sido esse movimento que não permitira a tradução para o espanhol dos textos das representações. A UNIA, através da Sagua, instituição do Caribe inglês, iniciaria a sua ação na República Dominicana em 1918.
Assim para os autores, as representações dos cocolos não poderia ser considerada fora de sua organização político-cultural. No confronto entre David e Golias introduziam-se mensagens sociais e políticas, a tal modo que um Trujillo ordenaria que os diálogos fossem limitados a assuntos bíblicos. Para os autores, não se poderia compreender "la riqueza cultural de los momises y los guloyas de San Pedro de Macorís sin una visión integral caribeña y sin vincular estrechamente política y cultura. Se trata de un movimiento social y político que diverte pero también promueve la identidad y mantiene la resistencia cultural contra la opresión. Al final, David siempre vence a Goliat". (pág. 235)
Esta conclusão, porém, a partir dos trabalhos já realizados de análise de processos culturas transatlânticos e interamericanos necessita ser ampliada e, ao mesmo tempo, mais cuidadosamente refletida. Ela deve ser ampliada no sentido de exigir uma consideração mais ampla de contextos, superando até mesmo "a visão integral caribenha"que os seus autores tão bem salientam.
Manifestações similares da Europa e de outros países latino-americanos demonstram a esfera muito mais ampla na qual essas representações se inserem. A vinculação estreita entre política e cultura, que os autores também com tanta razão salientam, não pode se resumir à história econômica e político-social que justifica a imigração de operários das ilhas inglêsas à República Dominicana. Não se deve confundir a história social de difusão ou transplante de expressões culturais com a questão de origens e de sentidos. A dimensão política dessas expressões é muito mais profunda, é integrante da própria natureza da ordenação simbólica, de sua hermenêutica e de seus mecanismos transformadores. Ela foi agente da conversão e da performação cultural de africanos e indígenas no passado, de sua integração na cultura cristã-européia e, sob esse pano de fundo, a luta entre David e Golias assume um significado totalmente diverso daquele que os autores pretendem constatar. Não se trata de manutenção de uma resistência cultura contra a opressão, a não ser se essa for considerada do ponto de vista cristão-ocidental. Trata-se, sim, da persistência de uma organização simbólica que mantém, apesar de todas as atualizações e aspectos secularizadores, um conjunto de normas éticas profundamente vinculadas com a história da cultura ocidental. Seria, aqui, uma expressão de crítica social a partir de uma perspectiva fundamentalmente conservadora de valores.
Antonio Alexandre Bispo
Observação: o texto aqui publicado oferece apenas um relato suscinto de trabalhos. Não tendo o cunho de estudo ou ensaio, não inclui notas e citações bibliográficas. O seu escopo deve ser considerado no contexto geral deste número da revista. Pede-se ao leitor que se oriente segundo o índice desta edição (acesso acima).