Doc. N° 2221
Prof. Dr. A. A. Bispo, Dr. H. Hülskath (editores) e curadoria científica © 1989 by ISMPS e.V. © Internet-edição 1999 by ISMPS e.V. © 2006 nova série by ISMPS e.V. Todos os direitos reservados - ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501
108 - 2007/4
Tópicos multilaterais Espanha-Brasil
Crítica musical, pensamento historiográfico nas relações hispano-americanas e conceituação de ciência A Ilustración Musical Hispano-Americana e Francisco Virella y Cassañes
Barcelona. Trabalhos do ISMPS/ABE
A.A.Bispo
Barcelona, Palau de la Música (Lluís Domènech i Montaner, obra figural de Miquel Blay e Lluís Brus, enre outros) - do Orfeó Català (Lluís Millet e Amade Vives, 1891). Trabalhos da A.B.E., 2006/7 Fotos A.A.Bispo Motivado pelos atuais esforços de revalorização do historiador da música português D'Almeida Carvalhais, promovida pelo Mtro. Dr. Manuel Ivo Cruz (veja texto nesta edição), e a extraordinária relevância do assunto para o debate referente à compreensão da assim-chamada "musicologia histórica", - um debate renovador que vem-se desenvolvendo não sem polêmica há anos nos grandes centros do estudo e da pesquisa musicológica da Europa -, levantou-se a questão da contextualização histórico-cultural mais ampla da posição teórica discutida em seminário do ISMPS à luz do trabalho de D'Almeida Carvalhais. Uma vez que o atual redescobrimento de Carvalhais se justifica com o valor nele reconhecido na sua época por um historiador da música espanhol, Adolfo Salazar, um pensador de importância para o estudo das relações hispano-americanas na primeira metade do século XX, as atenções se dirigiram priomordialmente ao estudo do panorama intelectual da Espanha pela passagem do século XIX e XX. No âmbito do seminário dedicado à Espanha, Portugal e à América Latina na pesquisa musical, promovido pela Universidade de Colonia na Academia Brasil-Europa, considerou-se em particular a personalidade e a época de Felipe Pedrell (1841-1922) e, nesse contexto, o seu artigo a respeito de uma personalidade hoje praticamente esquecida nos meios musicológicos: D.Francisco Virella y Cassañes (La Publicidad, 31 de maio de 1893). Tratou-se de detectar pontos comuns nas aspirações de conquista de conhecimentos e de possíveis vultos também aqui esquecidos da pesquisa musicológica e cujo estudo possam contribuir à elucidação de processos culturais e fases no desenvolvimento do pensamento teórico-musicológico até hoje pouco considerados. Francisco Virella y Cassañes, falecido em 1893, com apenas 37 anos de idade, foi um dos colaboradores da revista Ilustración Musical Hispano-Americana, órgão que mereceria estudos no âmbito da história do pensamento no contexto Europa-América Latina, e de outros periódicos. Foi assim, antes de mais nada, um crítico musical.
Em coletânea de artigos de Virella y Cassañes publicada por ocasião de sua morte prematura, salientou-se, como justificativa, que o trabalho do mesmo refletia "por manera especial el movimiento de una época y de una fecha de nuestra cultura". (Estudios de Crítica Musical: Colección de Artículos escogidos de Francisco Virella Cassñes, Barcelona: La Publicidad, de Ronsart y C.a, 1893)
Seguindo-se essa opinião da época, escolheu-se o vulto e o trabalho de Virella y Cassañes para uma análise de confronto com aquilo que se conhece a respeito de Carvalhais.
Inserção na vida local, formação jurídica, interesses políticos e amor à música
O seus colegas de redação de La Publicidad, salientaram, por ocasião de sua morte, que Virella y Cassañes, após ter-se doutorado em Direito, havia laborado na seção política do órgão. como adepto da "doctrina posibilista". Distinguia-se porém pela sua vocação artística e competência em assuntos musicais, tratando dos mesmos nas páginas do diário e alcançando prestígio de indiscutível autoridade na matéria. Os seus interesses dirigiam-se sobretudo à história da arte cênica, às qualidades dos autores e cantores, aos temperamentos das diferentes escolas, ao canto e à declamação. Era um amador ou melhor, um amante da música que se deixava levar pela paixão, caracterizando-se pela acentuada emocionalidade com que defendia as suas opiniões e posições; era admirador incondicional de Gayarre, de Bretón e da Sociedad de concertos de Madrid. J.Roca y Roca, em La Vanguardia, de Barcelona, no mesmo ano, menciona a sua morte em conseqüência a um ataque cerebral sofrido no Teatro de Novedades, durante um concerto da Sociedad de Madrid por êle tão admirada. Tendo iniciado a carreira de advogado em Barcelona, havendo se doutorado em Madrid, fora impedido de exercer a profissão devido a um mal de vista. Essa trágica perda da visão teria favorecido a sua dedicação à música.
Apesar de sua atividade sobretudo periodística, Virella y Cassañes tinha ambições de cunho científico, dedicando-se a trabalhos históricos de acentuada precisão documental. Menciona-se também a sua intenção longamente acalentada em escrever um livro, e as dificuldades para isso decorrentes do grande acúmulo de dados que obtivera. Conseguiu, porém, publicar a sua obra magna, denominada La Opera en Barcelona, com grande riqueza de dados, fundamental para consultas no assunto.
A copiosidade das fontes que reunira levava-o a projetar uma outra obra, que deveria intitular-se "Nuestros conciertos" e tratar da história da música orquestral em Barcelona. A sua morte, porém, privou a bibliografia musical dessa nova obra de um autor que era conhecido pela sua atenção escrupolosa às informações transmitidas pelos documentos. Os artigos que publicou testemunhavam o seu respeito às fontes, aos dados ganhos em livros e em arquivos, e à sua correta citação. Um colega seu de La Dinastia, também no ano de sua morte, salientava o fato de que o livro La Opera en Barcelona continha "curiosísimas y raras noticias históricas acerca del curso de los espectáculos de ópera en nuestra capital, de las antiguas rivalidades entre liceistas y cruzados, de los nombres de cantantes, del repertorio de nuestros teatros líricos, etcétera, etc." (pág. X) O Diario del Comercio, de 24 de maio de 1893, salientava que, além de ser advogado, era membro da Sociedad Económica de Amigos del País e do Ateneo Barcelonès. O Diario de Barcelona, de 29 de maio de 1893, lembra que o seu interesse pela ópera na capital catalã derivava dos seus vínculos familiares com o Teatro de Santa Cruz. Sem dúvida, a voz mais significativa daqueles que louvaram Virella Cassañes foi Felipe Pedrell, em texto publicado em La Publicidad, a 31 de maio de 1893. No seu necrológio, salientou o fato de que o amante da ópera, sobretudo de Bellini, tornara-se "eclético", entusiasmando-se também por Wagner. Teria sido Pedrell que sugerira a êle escrever uma série de monografias relacionadas com o tema do estudo histórico La Ópera en Barcelona e que pensava em publicar numa segunda edição dessa obra. As monografias deveria versar sobre pontos que tinham sido apenas esboçados naquele seu primeiro livro, relativos à arte cênica, à dança, à comédia de magia, aos libretos de ópera e a outros temas. Já havia publicado o prólogo, o capítulo primeiro e parte do segundo em La Ilustración Musical Hispano-Americana. Dentre os artigos escolhidos publicados na coletânea em sua homenagem, - a única fonte de mais fácil acesso aos musicológos da atualidade -, encontram-se os seguintes títulos: Teatro Lirico (sobre a sociedade de concertos de Barcelona), Teatro del Tivoli (melodrama La Tempestad), Boito y su Mefistofele, Conciertos Cesi, El Centenario del Teatro Principal, Nuestros Wagneristas, La Reventa de Billetes, Balance Artístico, El Arte de Gayarre, D. Antonio Fargas y Soler, Nuestros Dilettanti, Por una Fermata!, La obra de Clavé, Don Mariano Obiols, En Defensa del Teatro Principal, La Sonnambula, Cartas á un Filarmónico, Un Drama Lirico Español, Antiguas practicas teatrales, La Zarzuela Española, El Liceo de Barcelona, Noticias de Antaño, El Teatro de Barcelona en 1816, Felipe Pedrell, La Sociedad de Conciertos de Madrid, Una Enseñanza Elocuente, El Teatro de La Ópera (La escenografia en Barcelona), Sociedad Catalana de Conciertos, Bretón y su Garin, En Pro del Arte Nacional, Los dos Otello, Pro Patria, En El Ateneo, Beethoven en El Principal, Nuestros Conciertos.
Referências ao universo camoniano
O autor tratou também de um assunto português, e isso no contexto de uma crítica a um cantor por êle admirado ("El Arte de Gayarre", La Publicidad 1888; republicado em Estudios de Crítica Musical, op.cit. pág.47 ss.). Considerando as qualidades vocais e dramatúrgicas necessárias a um cantor, coloca a questão do sentimento dominante do "Vasco" cantado por Gayarre. A luta de uma paixão amorosa entre a mulher civilizada e a condição selvagem, base do plano de Giacomo Meyerbeer (1791-1864) para a sua obra La Africana, levara, em sucessivas modificações do libreto, ao dramaturgo Eugène Scribe (1791-1861) a oferecer como sujeito de experimentação dessa luta apaixonada o almirante português Vasco da Gama. Virella Cassañes salienta que, para isso, Scribe teve de falsear a história e desvirtuar totalmente o tipo de Vasco da Gama, "reduciendo à representar asendereado y ridiculo papel al típico caudillo portuguès, a quien inmortalizara Camoens." (pág. 48)
Para êle, seria um contrasenso estudar um personagem histórico para reproduzí-lo em cena, fazendo-o representar ações nas quais nunca interveniu e que jamais sonhara. Meyerbeer, porém, pela suas qualidades de compositor, encontrara apesar disso possibilidades de criar uma "verdade dramática". Isso teria ocorrido no único momento da produção em que se teriam realmente fundido o músico e o libretista, a grande ária do quarto ato, na qual se põe "en boca de su Vasco conceptos que realmente representan el afán y la sed de conquistas del insigne Vasco da Gama".
Comparações com o caso D'Almeida Carvalhais
Essas referências de Virella y Cassañes a Vasco da Gama, embora testemunhando que o autor estava familiarizado com fatos da literatura camoniana, não representam o principal objeto da atenção no âmbito dos estudos comparativos de situações e processos à luz dos atuais esforços de redescoberta de D'Almeida Carvalhais. Nos debates realizados, apesar do muito pouco que se conhece a respeito de ambos, considerou-se os singulares pontos similares na atividade e na posição histórica dos dois idealistas. Sem deixar-se de constatar as diferenças que também podem ser encontradas nas parcas informações que deles o estudioso dispõe, dirigiu-se a atenção à análise de situações na história social e do pensamento musical da época e que permitem o delineamento de estruturas gerais, de reconhecimento de uma certa lógica no desenvolvimento de uma fase dos interesses musicológicos do passado e de suas repercussões no presente. Em ambos os casos, o musicólogo se defronta hoje surpreendentemente com nomes que praticamente não conhece, reconhecidos na sua época e que pouco deixaram publicado. Ambos foram amantes das artes, tiveram formação humanística, procuraram erudição e foram colecionadores de fontes documentais. Ambos foram movidos por ímpetos idealistas e ambos tiveram os seus anseios frustrados devido às circunstâncias: D'Almeida Carvalhais foi obrigado a dedicar-se à administração de sua propriedade rural, Virella y Cassañes pela doença e morte prematura. Os aspectos que os distinguem dizem respeito, pelo que tudo indica, sobretudo à posição que parece ter sido mais progressista de Virella y Cassañes voltada que era à renovação da vida musical através da superação do predomínio da ópera italiana e do fomento da música sinfônica; aqui, porém, apenas estudos posteriores que se esperam dos trabalhos do anunciado Instituto D'Almeida Carvalhais poderão oferecer dados precisos a respeito do autor português que permitirão comparações fundamentadas a respeito de sua posição relativamente a correntes estéticas de sua época.
Ensinamentos da Ilustración Musical Hispano-Americana
O ponto de partida para a consideração da posição de Virella y Cassañes na história das idéias e da musicologia encontra-se nas suas próprias expressões. No seu artigo "Nuestros conciertos", um "prelúdio" à sua grande, não terminada obra publicado na Ilustración Musical Hispano-Americana (127, 30 de abril de 1893), diz:
"Mis aficiones de toda la vida, fomentadas con la constante asistencia á los espetáculos líricos, lleváronme un dia á historiar La Opera en Barcelona, sin otro objeto que recoger los mil y un datos esparcidos por nuestros archivos y bibliotecas, con el fin de encuadrarlos dentro el margen de una monografia. Avivadas por el éxito de aquel ensayo mis inclinaciones, y resuelto á trabajar en la medida de mis fuerzas por el fomento del arte en esta ciudad, me decido á empezar hoy una segunda publicación con alcances más tendenciosos, como que se dirigen á procurar elo medio de satisfacer una necesidad imperiosamente sentida en los centros filarmónicos de Barcelona. Me refiero á la constitución de una orquestra modelo, que nos haga entrar de una vez en la verdadera comprensión de la música sinfónica."
Virella y Cassañes era, assim, como mencionado, antes de mais nada um "aficcionado", um amante da música que visitava assiduamente a espetáculos e concertos, procurando coletar todos os materiais possíveis que poderiam-lhe permitir uma melhor compreensão da vida musical e para a elaboração de suas crítica e artigos em jornais. A quantidade do material recolhido deu origem então à idéia de utilizá-lo para a criação de uma obra monumental sobre a vida musical da cidade, e isso segundo um critério específicamente documental, quase antiquário, de apresentar os dados obtidos, ou seja, sem maiores exames historiográficos e interpretações mais amplas. A atenção que recebeu a sua obra, repleta que era de fatos desconhecidos, deu-lhe coragem então de escrever um livro de maiores ambições. Aqui, porém, tornava claro a sua tendência claramente dirigida à prática: o fomento da vida musical na sua cidade.
O desenvolvimento de Virella y Cassañes como autor de obras de cunho músico-historiográfico apresenta assim características comuns a muitos outros nomes da história do pensamento musical de vários países do passado. Pessoas que obtiveram em geral quando crianças boa formação musical, experimentaram quando jovens paixão pela vida musical e fascínio pelo seu brilho, tornando-se assíduos freqüentadores de concertos e colecionadores de materiais, sentiram aos poucos aumentar a consciência de si através da publicação de artigos e críticas em jornais, até por vezes audaciosamente polêmicos, ganharam coragem para escrever um livro inicialmente exclusivamente documental e, daí, projetaram obras que deveriam ter a intenção de influenciar positivamente a vida musical prática segundo os seus ideais. Foi, assim, como muitos outros, um homem que veio da vida musical prática e que se dirigia à vida musical, não um cientista, não um musicólogo no sentido mais próprio do termo.
Os ideais de Virella y Cassañes eram amplos e orientados em grande parte segundo concepções wagnerianas. Significativamente, abre o prólogo de sua grande obra com uma frase tirada de leitura em tradução francesa de texto relativo à regência de Richart Wagner, em que se diz que a "iniciativa de um melhoramento sempre veio, até o presente, dos executantes". O progresso da vida e da cultura musical, assim, viria da prática musical, dos músicos de orquestra e suas associações. Para Virella y Cassañes, Barcelona encontrava-se atrasada quanto à música sinfônica: "Más de un siglo de fanastismo por la ópera, reforzado con el inconsiderado culto al intérprete, ha desviado por completo nuestros gustos y aficiones, apartándonos cada vez mas del camino del gran arte (op. cit. págs. 408-409).
Esse atraso poderia ser explicado sobretudo por duas razões. Uma delas seria a deficiência técnica do professorado em educação musical, resultado da falta de formação professional adequada. A classe dos músicos, porém, ela própria teria feito esforços a favor do melhoramento e avanço da vida musical, sobretudo no sentido de implantar "la bandera del arte sinfónico". A segunda razão seria a do próprio público, que nunca teria apoiado como se merecia o trabalho dos músicos. Teria vivido sempre divorciado de toda a idéia de progresso nessa que deveria ser outra esfera de sua cultura, sujeito que era à "idolatría hacia el cantante".
Singular atualidade
Esses conceitos e julgamentos divulgados pela Ilustración Musical Hispano-Americana, em 1893, surgem como singularmente atuais. Como já salientado, conhece-se numerosos nomes de jornalistas e críticos com formação musical e com o conhecimento alcançado pela freqüencia assídua a concertos que passaram a escrever obras mais alentadas, sendo considerados como musicólogos. Este foi naturalmente um caminho natural no passado, sobretudo em países ibéricos e latino-americanos, uma vez que não havia possibilidades de formação específica nessa área das ciências humanas. O problema, porém, é mais amplo e complexo. Não se trata apenas do fato de que, com a existência de cursos de graduação em musicologia, esse vir a ser profissional especificado na carreira de Virella y Cassañes já não se justifica hoje. Trata-se antes do problema mais complexo de uma inserção da musicologia, como área das ciências culturais em esfera determinada pela prática musical, uma vez que executantes, intérpretes e compositores possuem objetivos próprios, condicionados pela vida artística e seus ideais e interesses profissionais, não especificamente científicos.
A argumentação de Virella y Cassañes é certamente familiar para todos aqueles que seguiram o desenvolvimento orquestral e de movimentos corais das últimas décadas e a implantação de cursos de cunho musicológico em vários países, sobretudo em escolas superiores de música e em departamentos de artes nas universidades. Foram desenvolvimentos que partiram em geral de músicos práticos, de regentes, de compositores e de pianistas que procuraram a renovação de repertórios e se entusiasmaram com o descobrimento de obras e épocas e que, com grande empenho idealístico, convenceram a políticos e a opinião pública da necessidade de "melhoria" da vida musical. Tem-se aqui, de modo expressivo, quase que uma confirmação por meio de fatos daquilo que, no estudo de caso aqui considerado, Virella y Cassañes desejou em 1893, baseado em parte em concepções wagnerianas a respeito do motor que representaria o próprio executante no melhoramento da vida musical. Esse procedimento de criação de fatos, porém, a partir de determinações e condicionamentos da vida musical prática, ainda que possivelmente adequado em fins do século XIX para a Ilustración Musical Hispano-Americana, deveria ser repensado e os próprios fatos criados e os processos colocados em ação reorientados, apesar das dificuldades hoje maiores pelos interesses em questão. A revisão das relações entre a vida musical e a pesquisa torna-se necessária, e essa - ao contrário do passado - deveria partir de pontos de vista da Ciência, não daqueles que possuem interesse profissional direto no fomento da vida artística. As relações entre Teoria e Praxis, entre Ciência e Arte, entre Pesquisa Musicológica e Pesquisa em Música, são aspectos fundamentais que devem ser tratados, a sua perspectivação, porém, deveria ser outra. O aumento de conhecimentos teóricos, do saber geral e específico, do nível de informação e, sobretudo, da capacidade de reflexão daqueles que se formam para a prática e para a criação continuam a ser fatores de importância e dignos de particular atenção, o lugar específico da Ciência não deveria ser, porém, em cursos de pós-graduação em Escolas e Departamentos de Música e Artes, mas sim em cursos de Graduação em Faculdades de Filosofia e/ou de Ciências da Cultura.
Os debates tiveram e terão prosseguimento.
Observação: o texto aqui publicado oferece apenas um relato suscinto de trabalhos. Não tendo o cunho de estudo ou ensaio, não inclui notas e citações bibliográficas. O seu escopo deve ser considerado no contexto geral deste número da revista. Pede-se ao leitor que se oriente segundo o índice desta edição (acesso acima).