Doc. N° 2227
Prof. Dr. A. A. Bispo, Dr. H. Hülskath (editores) e curadoria científica © 1989 by ISMPS e.V. © Internet-edição 1999 by ISMPS e.V. © 2006 nova série by ISMPS e.V. Todos os direitos reservados - ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501
108 - 2007/4
Tópicos multilaterais
Espírito em processos culturais do Ocidente e noção de Espírito em aportes teórico-culturais histórico-genéticos
Halberstadt, Circuito de estudos euro-brasileiros da Saxônia-Anhalt da A.B.E., junho de 2007
A.A.Bispo
Halberstadt. Trabalhos da A.B.E. 2007. Fotos A.A.Bispo No âmbito do circuito de estudos euro-brasileiros da Saxônia-Anhalt da A.B.E., visitou-se a cidade de Halberstadt. Essa visita efetuou-se com base nas reflexões encetadas em Derenburg (veja o texto a respeito nesta edição). Tratou-se, nesse sentido, não da consideração de elos histórico-culturais que justificassem a realização de estudos relacionados com o Brasil nessa cidade, mas sim da consideração contextualizada de questões genéricas do pensamento teórico-cultural da atualidade que surgem como relevantes para o avanço dos estudos euro-brasileiros.
Escolheu-se, no caso, o problema do conceito de Espírito e das argumentações baseadas em tentativas de redefinição desse termo em aportes teórico-culturais contemporâneos. A cidade de Halberstadt pareceu oferecer condições particularmente favoráveis e sugestivas para a consideração dessa temática. Pelo fato de nela realizar-se uma exposição histórico-cultural sobre a Bíblia e a história de sua história, tornou-se possível um elo com o seminário da A.B.E. e da Universidade de Colonia em andamento dedicados à Hermenêutica Bíblica à luz dos estudos culturais.
Halberstadt
A história-cultural da região nas suas relações com a história do Cristianismo já havia sido considerada nos seus aspectos principais durante a visita a Magdeburg (veja número anterior desta revista). Se Magdeburg tornou-se uma diocese missionária em 968, por ação do imperador Otto I, Halberstadt já era bispado em 827. Também essa cidade tem a sua história mais antiga marcada pela expansão do Cristianismo nas regiões do Leste da Europa Central. Situada no cruzamento de caminhos (Halle-Braunschweig, e Magdburg-Goslar), tornou-se importante centro missionário para o território além dos rios Elbe e Saale. Pela sua arquitetura, Halberstadt representa hoje um dos pontos máximos para os estudos de história das artes e da cultura da Idade Média. Um de suas principais igrejas é a catedral gótica do protomártir Santo Estêvão, iniciada em 1239 e consagrada em 1491. Embora destruída em grande parte durante a Segunda Guerra, foi reconstruída segundo antigos modêlos. O museu de arte sacra anexo é um dos mais importantes do gênero na Europa, possuindo valiosos paramentos, tapeçarias e, entre outros objetos de elevado significado artístico. O centro da cidade é caracterizado espacialmente pelo expressivo confronto de duas igrejas: a catedral, de um lado da grande praça principal, contrapõe-se à Igreja de Nossa Senhora do século XII, uma das mais puras expressões do Românico do Ocidente.
"Espírito" e suas acepções em teorias culturais
Ao contrário do que se poderia inicialmente esperar, o conceito de Espírito surge, na atualidade, como de relevância não apenas em aportes filósofico-culturais de fundamentação teológica ou vinculados à tradição de pensamento cristão, ainda que secularizados. O conceito surge em propostas teórico-culturais que procuram superar direcionamentos ontológicos e/ou metafísicos do edifício de conhecimentos. Torna-se necessário, assim, emprestar particular atenção à conceituação do termo e ao significado a êle emprestado nas construções teóricas resultantes, uma vez que tal uso pode levar a mal-entendidos e a um não-reconhecimento do verdadeiro alcance e das conseqüências dos edifícios construídos.
Um exemplo exponente dessa tentativa aparentemente contraditória de considerar o Espírito em perspectiva que renuncia à ontologia e à metafísica é a "teoria histórico-genética da cultura" do sociólogo Günter Dux, cuja discussão pormenorizada foi encetada pela A.B.E. em diferentes contextos (veja outros textos desta edição).
Esse autor oferece, como resposta à questão do que é Espírito, uma explicação lapidar: Espírito equivale ao Conhecer. Com essa identificação, segue, é verdade antigas tradições de pensamento, diferencia-se porém destas em considerar que o Espírito seria um Conhecer cuja capacidade e meios se formariam somente como competência cognitiva. O seu desenvolvimento teria como pressuposto a capacidade basal do cérebro. As formas de sua organização constituiriam-se em competência somente no processo de aquisicão da competência do agir e na construção do mundo.
Por essa razão, a Espiritualidade da forma existencial humana poderia apenas ser formada com o desenvolvimento das formas de organização sócio-cultural da existência na história. Pertenceria às idéias elucidadoras de um pensamento da prioridade da natureza na consideração teórica o fato de que a capacidade de pensamento do homem - como competência - se desenvolveria apenas com a realização da sua autonomia construtiva. Isso valeria sobretudo para a operatividade, para as relações formal-lógicas entre dimensões distantes.
Uma das questões que preocupam o autor é a de como o Homem pode conhecer algo do universo através dos meios do espírito humano, em particular da logicidade de seu pensamento. Essa questão, para êle, poderia ser respondida sob a condição de sempre se partir do fato de que as competências cognitivas se desenvolvem primordialmente na interação com uma realidade já existente. Como a capacidade de conhecimento se desenvolveria somente no processo construtivo, também seria vinculada ao desenvolvimento dos meios através dos quais se torna possível o processo construtivo: no desenvolvimento das formas de organização autocriadas do pensamento e da língua. Espírito seria, nessa argumentação, o resultado sinergético de Pensar e Falar. Isso, porém, não seria tudo. A espiritualidade da forma existencial humana teria um momento estratégico próprio: uma competência de solução de problemas. Ela tornaria compreensível a gênese de um processo de edificação de uma competência de ação na construção do mundo. Essa competência não seria possível se ela não desenvolvesse paralalemente um momento estragético que emprestaria à espiritualidade lógica e operatividade: a "reflexividade da operatividade".
A reflexividade, desenvolvendo-se com a competência de ação, como organização interna do sujeito, tornaria possível o processo evolutivo da cognição. Somente a partir da reflexividade da subjektividade poder-se-ia falar de um emprego estratégico da espiritualidade, o de ganhar e transformar o saber em situações. Nesse edifício teórico, reconhece-se, portanto, o sentido em manter o conceito de Espírito para a compreensão da forma de organizaçãoo de sua existência característica do Homem. Esse conceito teria o pêso da história, como o autor reconhece, entretanto, todos os conceitos reflexivos teriam esse lastro do passado filosófico. Dar-se-ia a ele porém um novo sentido, um outro daquele que teve no passado, unindo-o no desenvolvimento da forma de existência específicamente humana, em sequência à história natural. Como Espírito - e Espiritualidade - da forma de existência humana entender-se-ia a atividade mental pela qual o homem levaria a sua vida através de formas de organização simbólico-mediais por ele próprio criadas construtivamente. Considera-se aqui a aquisição de saber e a presentificação refletiva de si próprio no Universo. Também inclui-se aqui a aplicação dos processos de aquisição do saber e seu emprêgo na organização da prática quotidiana. A Espiritualidade da forma humana de existência seria expressão da disposição interna particular da condução de vida e que seria vinculada à organização simbólico-medial do mundo e das formas práticas da existência. A vinculação entre o pensar e o ser apenas poderia ser vista como uma ligação nas diferenças de formas de organização. Para compreendê-la, haveria necessidade de uma outra lógica do que aquela do pensamento atual.
Reflexões críticas
Seguindo-se o pensamento e a proposição do autor, - partindo da evolução natural e do conectação da linha de desenvolvimento das formas de organização cognitivas nessa evolução -, e utilizando-se a concepção de uma identificação, ou pelo menos de uma estreita relação do conceito de Espírito com o Conhecimento, então tem-se de admitir que as formas de conhecimento alcançadas no passado, nas diferentes culturas, foram resultados desse processo.
Não se pode ao mesmo tempo considerar com atitude empírica o processo evolutivo natural e,- a seguir e em conexão com este -, o da "organização espiritual das formas de vida da existência humana" - e não aceitar a visão do mundo desenvolvida através do pensamento e da linguagem como resultado desse mesmo processo. Se espírito humano está estreitamente vinculado com o conhecimento, então um momento crucial no desenrolar processual deveria ser visto na aquisição da competência de abstração. Assim como o autor vê em outras situações de aquisição de competências, o seu pressuposto seria uma capacidade de abstração pré-existente na constituição antropológica. O processo de criação de conceitos genéricos, de designações de coletividades e multiplicidades, de nomes de espécies e gêneros, relacionado com o reconhecimento de similaridades, estabelecimento de relações e o descobrimento de fenômenos e estruturas comuns, abstraindo-os em forma de conceitos e concepções, ou seja, seguindo um caminho da diversidade das observações em direção a unidades conceituais, do particular ao geral, deve ser visto como o resultado de um desenvolvimento em direção a uma crescente abstração através do medium do pensamento e da linguagem.
Esses resultados da abstração, êles próprios abstratos, "imateriais", "espirituais", adquiridos no processo de aquisição de conhecimento a partir da interação do homem com o meio-ambiente, surgem como vinculados com esse mundo exterior imediatamente perceptível, uma vez que foram adquiridos através dele, por assim dizer epifenomenalmente. Este ponto crucial no desenvolvimento "da organização específica das formas de vida da existência humana" quanto à construção do mundo, teria sido alcançado em concepções que partem de uma união entre o céu e a terra, tais como se conhece de várias culturas da Antigüidade (união entre o Céu e a Terra expressas em símbolos filiais e maritais). Resultados do processo de abstração, de formação de conceitos permitem que se compreenda a acepção de intelectos como espíritos, imateriais e celestiais, porém pertencente a um Todo, da "terra". Como, seguindo ainda o caminho do pensamento do autor, esse processo de aquisição da competência de abstração ter-se-ia desenrolado no Medium do pensamento e da palavra, pode-se compreender outra constante da visão do mundo de várias culturas da Antigüidade e certamente da mais remota origem. Tratar-se-ia do fato de que, na organização da vida social humana, conceitos abstratos desenvolvidos por determinados membros da espécie ou utilizados e compreendidos por determinados grupos não seriam necessariamente entendidos por outros, pressupondo-se um processo de aprendizado, de reflexividade e, por fim, de "entendimento". O entendimento de conceitos abstratos, até então obscuros, significa que estes se tornam claros quando incorporados ao próprio pensamento na sua lógica. O alcance desse grau de conhecimento pode também ser visto como importante momento num desenvolvimento cognitivo em seqüência e em conexão com aquele evolutivo da natureza. No plano da construção do mundo, esse reconhecimento da possibilidade de abstrações, de imaterialidades poderem ser claras ou escuras, dependendo de estarem unidas ou não ao próprio pensamento na sua lógica; esse processo teria tido conseqüências para a interpretação da luz e das trevas, do dia e da noite, do céu iluminado e do céu noturno. Ou seja, a distinção, constatada em diferentes culturas da Antigüidade e na própria tradição ocidental entre luz e trevas na sua relação de similaridade com o entendimento ou não de abstrações pode ser compreendida numa reconstrução de um processo de desenvolvimento cognitivo quando considerado em seqüência e em conexão com o evolutivo da história natural. Outro momento que deve ser considerado como de grande significado nesse processo foi aquele em que o Homem teria chegado ao conceito designativo de sua própria espécie. Qual seria a similaridade que poderia ser encontrada no mundo exterior? Se no céu se viu uma similaridade com noções intelectuais, se na luz a sua vinculação com o próprio pensar na sua lógica e na linguagem, então este surge, na construção humana do mundo, como correspondente ao Medium pelo qual a luz surge ou as trevas se iluminam. Ter-se-ia aqui, seguindo-se a lógica da argumentação decorrente do seu ponto de partida, uma elucidação do fato surpreendente de poder-se constatar, na concepção do mundo em várias culturas de remota antigüidade, a posição central de um Medium representativo do logos e da palavra, com todas as suas conseqüências para uma visão da criação do mundo através de um processo concebido em similaridade com o pensamento e a fala. Se, porém, os conceitos criados pelo ato de pensar, na sua imaterialiadade, surgem em correspondência aos céus, então o pensamento lógico em si, na sua abstração última, tem de se compreendido como Medium no qual tudo se criou. Como, também, o entendimento de conceitos depende do fato de esses serem ou não "claros", esse Medium surge não como luz, mas como iluminador, luz da luz. Também essas noções, de elevada abstração, podem ser constatadas em edifícios conceituais e na visão do mundo da mais remota antigüidade, como o demonstram, por exemplo, os estudos relacionados com o Mitraísmo. Decorrência desse processo de abstração seria também uma diferenciação na concepção da imaterialidade: assim como os conceitos criados pelo pensamento são imateriais, ou seja, espirituais, também o próprio Medium é imaterial, espiritual. A distinção entre criação e criador, a concepção da existência de um mundo espiritual criado e um não-criado, mas criador, surge como conseqüência desse caminho lógico. Poder-se-ia ir ainda mais longe. Se o Homem, no seu caminho de abstração, chega à noção de Homem que designa a espécie, e o seu pensamento e linguagem constituem o Medium, o Caminho para tal, então êle chega ao Homem somente através dêle. Este designa-o em si, ou seja, aquele que pensa. A refletividade daquele que pensa no seu próprio ser faz com que a noção que adquiriu surja como uma imagem do seu ser, e este, por sua vez, como aquele que o gerou. Compreende-se, portanto, que em culturas da mais remota antigüidade tenha-se chegado à noção de um deus-pai que, através do Medium do logos teria, nesse, tudo criado. O homem surge, nesse desenvolvimento do processo de abstração e reflexão, como imagem do Medium que é imagem do pai: imagem da imagem.
Todo esse processo de aquisição de conhecimento por meio do pensar baseia-se no critério da similaridade com o mundo externo. Esse similaridade, porém, pode ser considerada a partir de dois ângulos. Na perspectiva que parte do mundo interior, do pensamento e da linguagem, os conceitos, as estruturas e os processos cognitivos oferecem os meios para a interpretação do mundo exterior, ou seja, para o alcance de uma concepção do mundo e do homem ou construção humana do mundo. Como conseqüência porém da convicção de que o resultado do pensamento explica de fato o que se reconhece em similaridade, inverte-se a perspectiva: o mundo exterior, os seus epifenômenos, - ou as suas dimensões imateriais deduzidas -, tornam-se condutores na visão do mundo e do homem, e este é que surge como criado à imagem e semelhança.
Tratar-se-ia, portanto, somente de uma mudança de referenciais, uma mudança que tornaria compreensível o surgimento de religiões dentro de de um desenvolvimento de uma história do processo cognitivo e de construção do mundo considerado a partir e em conexão com a história evolutiva da natureza. Com essa mudança de sistemas referenciais, o processo de criação conceitual no Medium do pensamento e da linguagem passa a ser um processo de criação do mundo, uma Gênesis. Considerando-se que a existência de concepções de criação do mundo e de religiões se pode constatar em culturas de remota antigüidade, poder-se-ia chegar à conclusão de que essa mudança de referenciais - de antropocêntrico a teocêntrico - foi um resultado conseqüente da própria processualidade lógica da procura de conhecimentos, ou seja, inserido numa história de desenvolvimento cognitivo em seqüência e em conexão com uma história evolutiva natural. Com essa mudança de sistemas referenciais, a reconstrução do do desenvolvimento processual da perspectiva antropocêntrica teria passado a constituir tarefa de interpretações racionalistas de religiões e de mitos, assim como da filosofia. Para uma retomada, na atualidade, da perspectiva antropocêntrica, partindo-se do desenvolvimento da cognição na tentativa de compreensão de uma história do Homem em seqüência e em conexão com a história da natureza, dever-se-ia manter a consciência de que se trataria aqui primeiramente apenas de referenciações e focalizações, não necessariamente de revoluções.
Tentar superar concepções do mundo substancialistas ou essencialistas através da reconstrução de um processo de desenvolvimento cognitivo a partir de sua junção com a história natural não parece ser possível, sobretudo por ter-se que partir do pressuposto de que esse próprio desenvolvimento levou à essencialização de resultados do pensamento, resultado de uma co-desenvolvida convicção ou do credo do homem na certeza de sua própria capacidade lógica.
O alcance desse credo poderia talvez ser considerado como alcance de competência e como momento de grande significado no desenvolvimento histórico-cognitivo. O que não pode ser visto como solução para a superação desse impasse seria um intuito de reconstrução através de procedimentos incoerentes, ou seja, por um lado procurando compreender no sentido quase que empírico de desenvolvimentos da história cognitiva em conexão com a história natural e, por outro, não aceitando seus produtos ou co-desenvolvimentos, - inclusive a mudança de referencial na focalização do mundo como fenômenos e processos a serem considerados com o mesmo intuito. Na verdade, estes passam a ser vistos anacronicamente em projeção de concepções recentes, embora com a intenção de se procurar pegadas de um desenvolvimento que preparou e possibilitou o desenvolvimento dessas concepções.
Tal procedimento significa procurar reinterpretações ou reconstruções no sentido de reedificações sob critérios determinados e que somente podem ser legitimados através de análises da própria história do conhecimento. Como, porém, realizá-las de modo legítimo e adequado, se se recusa grande parte do desenvolvimento decorrente do próprio processo? A teoria histórico-genética da cultura, conforme proposta por G. Dux, pretende ser uma teoria na qual há uma prioridade da natureza. Constata-se, porém, que esse intuito diz respeito apenas ao ponto de partida das reflexões, ou seja, da conexão da história humana na história natural e a consideração do todo a partir desta.
O termo prioridade da Natureza pode levar porém a mal-entendidos. O edifício teórico proposto é centralizado no Homem, trata da construtividade do mundo e de sua convergência. Meio-ambiente é considerado no sentido daquilo com o qual o homem interage. Neste sistema referencial antropocêntrico, sem a mudança para um referencial externo, não há lugar para uma prioridade da Natureza no sentido real do termo. Ele se refere apenas a um ponto de partida da argumentação. Para uma teoria cultural de orientação ecológica, para o desenvolvimento de um edifício teórico no qual o respeito à vida direcione o pensamento e a ação, prementes necessidades do presente, a "teoria histórico-genética da cultura", como proposta, não pode ser vista como modêlo. A teoretização deverá partir aqui de conceitos de Espírito - e de Cultura - muito mais profundamente refletidos.
Observação: o texto aqui publicado oferece apenas um relato suscinto de trabalhos. Não tendo o cunho de estudo ou ensaio, não inclui notas e citações bibliográficas. O seu escopo deve ser considerado no contexto geral deste número da revista. Pede-se ao leitor que se oriente segundo o índice desta edição (acesso acima).