Doc. N° 2128
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104 - 2006/6
Sabedoria e cultura nos ideais monásticos em perspectivas interculturais
Rio de Janeiro: Mosteiro de São Bento, Natal de 2006
O tema "Sabedoria e Cultura", que marcou os trabalhos da Academia Brasil-Europa dos meses de novembro e dezembro de 2006, levou a reflexões concernentes à transmissão de conceitos correspondentes ao Brasil através da ação de ordens religiosas, em particular dos beneditinos e dos franciscanos.
No Rio de Janeiro, no Natal, época teologicamente adequada para o tratamento desse tema, visitou-se com essa intenção, entre outras, a Igreja do Mosteiro de São Bento. Essa visita serviu também para se comemorar os 25 anos dos Simpósios Internacionais "Música Sacra e Cultura Brasileira", série iniciada em 1981.
No primeiro evento dessa série, o Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro esteve representado na pessoa de D. João Evangelista Enout, teólogo e erudito musical que tratou por várias vezes a questão da Sabedoria e da Cultura na tradição monástica. Analisou mais uma vez esse complexto temático no simpósio da mesma série levado a efeito no Mosteiro do Rio de Janeiro, em 1992. No ano de 2002, o Mosteiro colaborou ativamente com o Congresso de Estudos Euro-Brasileiros, tendo-se efetuado uma visita ao centro de restauração de fontes históricas que ali se encontra modelarmente instalado.
Nas reflexões do ano de 2006, salientou-se mais uma vez a necessidade de uma consideração mais aprofundada da ação beneditina na transmissão de conceitos e valores na história cultural do Brasil. Os estudos se concentram até hoje sobretudo na Companhia de Jesus, em parte pela abundância de fontes proporcionada pela correspondência jesuítica. Torna-se necessário dar maior atenção à influência exercida na formação cultural do Brasil por outras tradições de vida religiosa, sobretudo monásticas.
Foram recordados alguns dados referentes à história do mosteiro do Rio de Janeiro, considerando-se o estado atual dos estudos. Partiu-se da sua localização, comparando-a com a de outros mosteiros na Europa e no Brasil à luz de concepções monásticas e dos trabalhos de D. Clemente da Silva Nigra. A construção - plano de Francisco de Frias de Mesquita (1617) e modificações do beneditino Frei Bernardo de São Bento (1668) foram considerados a partir de obras de teoria da arquitetura do século XVII, tratadas anteriormente em seminários da A.B.E.
Observação: o texto aqui publicado oferece apenas um relato suscinto de trabalhos. Não tendo o cunho de estudo ou ensaio, não inclui notas e citações bibliográficas. O seu escopo deve ser considerado no contexto geral deste número da revista. Pede-se ao leitor que se oriente segundo o índice desta edição (acesso acima).